O jornal libanês Al-Akhbar, que dá conta da «liberdade de movimentos» dos jornalistas israelitas nas zonas controladas pelas milícias curdas e das visitas frequentes de representantes de Israel a essas zonas da Síria, revelou uma carta em que as FDS concedem ao empresário israelita Mordechai Moti Kahana o direito exclusivo de venda do petróleo saqueado à Síria pela milícia curda.
A carta, assinada por Ilham Ahmed, dirigente do chamado Conselho Democrático Sírio – braço político das FDS –, refere que a empresa do magnata israelo-norte-americano passa a ser a representante da milícia curda em tudo o que diga respeito ao petróleo por ela detido.
Desta forma, as FDS, que controlam 80% das reservas petrolíferas da Síria, na sua maioria localizadas a leste do rio Eufrates, não só saqueiam os recursos do país árabe como os põem nas mãos dos inimigos do governo sírio.
De acordo com a Prensa Latina, representantes das FDS, contactados pelo diário libanês, confirmaram estas notícias. Ao mesmo tempo, a grande maioria do povo sírio sofre de escassez de derivados de petróleo, o que em grande medida é resultado das sanções coercitivas impostas pelos EUA e seus aliados.
Damasco denuncia planos do Ocidente de enviar mais tropas para Síria
Numa entrevista concedida ao portal libanês Al-Ahd, divulgada pelo Al Mayadeen, o vice-ministro sírio dos Negócios Estrangeiros, Faisal al-Miqdad, afirmou que «aqueles que estão a pensar mandar novas forças para a Síria estão enganados» e irão sofrer «graves consequências».
As declarações de al-Miqdad têm lugar poucos dias depois de vários órgãos de comunicação ocidentais terem informado que Reino Unido e França tinham decidido reforçar os seus contingentes militares na Síria, no contexto de negociações com a administração norte-americana, que, alegadamente, pretende reduzir bastante o número de tropas no país árabe.
Al-Miqdad sublinhou que o governo do seu país continuará a lutar com todas as forças pela soberania e a integridade do seu território, face às intervenções estrangeiras.
Acrescentou que os países ocidentais, liderados pelos Estados Unidos e Israel, estão por trás daquilo que se passa actualmente na Síria e tentam impor uma nova realidade na região do Médio Oriente.
No entender do diplomata, o reforço das tropas europeias apenas serve os interesses da actual administração norte-americana e de Israel. Nesse sentido, al-Miqdad propôs a esses países que «parem de destruir a Síria» e que «salvem a vida dos seus militares».
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