«Essa inaceitável acção confirma o descrédito e a natureza pouco transparente dessa lista e demonstra a intenção de intensificar o criminoso cerco económico a Cuba para dificultar as suas operações financeiras e comerciais e provocar maiores carências ao povo cubano», refere declaração pronunciada esta terça-feira.
Os defensores da Carta das Nações Unidas sublinharam que a «injusta inclusão» de Cuba reforça o impacto negativo do «criminoso bloqueio económico, comercial e financeiro sobre a realização dos direitos humanos do povo cubano.
«O Grupo recorda os reiterados apelos realizados ao governo dos Estados Unidos por vários titulares de mandatos de procedimentos especiais, numerosos estados, organizações internacionais, sociedade civil e outros agentes, para que retire Cuba da lista e levante o bloqueio», refere a declaração, citada pela Prensa Latina.
Além disso, repudia energicamente a manipulação política da luta contra o terrorismo, reafirma a sua «inabalável solidariedade com o povo e o governo cubanos», e insta a administração norte-americana «a pôr fim imediato e incondicional» ao bloqueio.
Também pede que sejam cumpridas as 32 resoluções aprovadas a este respeito pela Assembleia Geral da ONU e a excluir Cuba da «lista arbitrária».
Na sequência da declaração, que foi apresentada perante o Conselho de Direitos Humanos em Genebra (Suíça), o ministro cubano dos Negócios Estrangeiros, Bruno Rodríguez, agradeceu ao Grupo de Amigos em Defesa da Carta das Nações Unidas.
O Grupo, fundado em 2021, é uma iniciativa de vários estados-membros que tem como objectivo principal proteger e promover os princípios fundamentais consagrados na referida Carta.
É integrado por Argélia, Bielorússia, Bolívia, China, República Popular Democrática da Coreia, Cuba, Eritreia, Guiné Equatorial, Irão, Laos, Mali, Nicarágua, Palestina, Rússia, São Vicente e Granadinas, Uganda, Venezuela e Zimbabwe. A Síria pós-Bashar, onde governa a Al Qaeda, mantém-se no grupo.
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