Na sequência do apoio esmagador (187 votos a favor) expressado a Cuba, o chefe de Estado afirmou sua conta de Twitter (X) que o «império vizinho, seguramente, ignorará com prepotência a exigência mundial, mas a dignidade deste povo e a solidariedade universal voltaram a derrotá-lo».
«O pequeno David voltou a vencer o gigante Golias», frisou.
Díaz-Canel notou ainda que, «à sua política de bloqueio contra o povo nobre e solidário de Cuba, o governo norte-americano junta uma infâmia adicional: faz-se acompanhar outra vez no voto negativo por Israel, o genocida de Gaza. Vergonhoso e duplo prontuário criminoso».
Também no Twitter (X), o primeiro-ministro cubano, Manuel Marrero, celebrou a «vitória contundente» do país caribenho na Assembleia Geral da ONU, tendo agradecido o vasto apoio manifestado à resolução apresentada pela Ilha e sublinhado que Cuba irá continuar a erguer a voz para exigir o fim do bloqueio.
Já o ministro dos Negócios Estrangeiros, Bruno Rodríguez, destacou o facto de o governo norte-americano ter ficado isolado mais uma vez, «face a esta condenação esmagadora para que ponha fim ao bloqueio genocida e obsoleto que tantos danos causa ao povo cubano».
A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou esta quarta-feira, por 187 votos a favor, dois contra e uma abstenção, a 32.ª resolução a exigir o fim do bloqueio imposto pelos Estados Unidos a Cuba.
Votaram contra os Estados Unidos e Israel, enquanto a Moldávia se absteve.
A resolução pede aos estados que se abstenham de promulgar e aplicar leis e medidas coercivas, de acordo com as suas obrigações ao abrigo da Carta das Nações Unidas e do direito internacional, que, entre outras coisas, reafirmam a liberdade de comércio e navegação.
Da mesma forma, insta à adopção das disposições necessárias para as revogar ou tornar nulas o mais rapidamente possível.
Pedra angular da agressão norte-americana contra Cuba
De acordo com a delegação cubana, o bloqueio é a pedra angular da política de máxima pressão contra a Ilha.
Esta política – lembra a Prensa Latina – mantém-se com o objectivo histórico de deprimir a economia e os salários, criar escassez de materiais e danos nos serviços públicos, causar insatisfação e desespero na população, e subverter a ordem constitucional legitimamente estabelecida.
«O bloqueio é um crime contra a humanidade, um acto de genocídio e uma violação flagrante, massiva e sistemática dos direitos humanos de mais de 11 milhões de cubanos. É uma política cruel de punição», denuncia o relatório apresentado por Cuba, que dá ênfase aos enormes danos causados ao país.
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