A agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos (Unrwa) revelou que, desde o começo da operação militar israelita no Norte da Cisjordânia, a 21 de Janeiro, vários campos de refugiados «foram quase esvaziados dos seus residentes», levando à deslocação de 40 mil pessoas.
Num comunicado emitido na segunda-feira, o organismo advertiu que a operação militar em curso – a mais longa na Margem Ocidental ocupada desde a Segunda Intifada (2000-2005) – começou no campo de Jenin e expandiu-se para os campos de refugiados de Tulkarem, Nur Shams e El Far’a, que no total albergam cerca de 76 mil palestinianos.
A Unrwa manifestou grande preocupação com a deslocação forçada das comunidades, afirmando que «aumenta a um ritmo alarmante» e que «é o resultado de um ambiente cada vez mais perigoso e coercivo».
«O recurso a ataques aéreos, escavadoras blindadas, detonações controladas e armamento avançado por parte das forças israelitas tornou-se moeda corrente», declarou a Unrwa, apontando que esta forma de actuação parece ser um efeito colateral do conflito na Faixa de Gaza.
No mesmo texto, a agência reafirmou que os civis e as infra-estruturas civis devem ser sempre protegidos e que as punições colectivas nunca são aceitáveis.
Forças israelitas prenderam 580 palestinianos em Janeiro
Na Margem Ocidental ocupada, Israel deteve 580 palestinianos no mês passado, revela a agência Anadolu com base num comunicado conjunto da Comissão dos Assuntos dos Presos e da Sociedade dos Presos Palestinianos.
A maior parte deles foram presos na província de Jenin, que se encontra sob ataque militar israelita há três semanas, informaram os dois grupos de defesa dos presos, acrescentando que 60 detidos são menores de idade e 17 são mulheres.
De acordo com informações oficiais, entre 7 de Outubro de 2023 e 19 de Janeiro último (data da entrada em vigor do cessar-fogo em Gaza), as forças de ocupação prenderam 14 500 palestinianos na Margem Ocidental.
Além disso, desde 7 de Outubro de 2023, exército e colonos israelitas mataram pelo menos 910 palestinianos nesse território ocupado.
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