Prevê-se que o cessar-fogo unilateral, anunciado pelas forças militares russas, se prolongue até às 19h (hora local). A iniciativa, que foi concertada previamente com as autoridades sírias, tem como objectivo permitir aos civis e aos militantes armados saírem do lado oriental da cidade. Para esse efeito, foram criados diversos corredores humanitários, revela a RT.
Dois soldados russos que guardavam um destes corredores foram atingidos por fogo inimigo, indica também a RT, referindo-se a uma nota do Ministério russo da Defesa. Os militares, feridos, foram levados de imediato para uma parte segura da cidade e tratados. Cerca de 50 jornalistas que faziam a cobertura do cessar-fogo unilateral foram também evacuados. A agência SANA acrescentou que um deles, trabalhador do canal sírio Al Ekhbariya, foi ferido numa perna pelos disparos jihadistas.
O general russo Valery Gerasimov sublinhou, na quarta-feira, que, com esta pausa nas hostilidades, se procurava «evitar baixas desnecessárias», tendo acrescentado que os militantes «rebeldes» não têm qualquer hipótese de escapar. Para eles, foram criados dois corredores, um dos quais vai dar à fronteira com a Turquia e o outro a Idlib (região sob controlo das forças que, na Síria, combatem com o apoio do Ocidente e de estados do Golfo).
Nas últimas horas, os militantes islamitas intensificaram os ataques contra Alepo Ocidental, sob controlo do Governo sírio. Mísseis lançados contra bairros nesta zona fizeram pelo menos 15 mortos na quinta-feira, elevando para 70 o número de vítimas civis nos últimos dias.
O enviado especial das ONU para a Síria, Staffan de Mistura, acusou os militantes takfiris, que contam com o apoio das «democracias ocidentais» e das «ditaduras do Golfo», de terem matado inúmeros civis em Alepo Ocidental, informa a PressTV.
Não é a primeira vez que Moscovo e Damasco lançam uma pausa nas hostilidades e criam corredores que possibilitem a evacuação da população civil e de militantes. No mês passado, uma trégua de três dias na grande cidade do Norte da Síria terminou sem que os propósitos fossem alcançados. Moscovo acusou as forças terroristas de impedirem a saída dos civis, dos feridos e dos militantes da região leste de Alepo.
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