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|Reino Unido

Enfermeiros declaram «emergência nacional» no serviço de saúde britânico

Num relatório agora publicado, o Royal College of Nursing alerta para a degradação do serviço público de saúde, afirmando que há doentes a ser tratados e a morrer nos corredores dos hospitais.

Créditos / wirralglobe.co.uk

«Os profissionais de enfermagem são regularmente obrigados a prestar cuidados aos pacientes nas cadeiras dos corredores, comprometendo a segurança e a dignidade dos pacientes», afirmou o sindicato Royal College of Nursing (RCN) esta segunda-feira no seu portal, pedindo aos seus filiados que denunciem estas situações e se juntem à luta para erradicar estas práticas.

Um relatório do RCN agora publicado – «Cuidados nos Corredores: Inseguros, Indignos, Inaceitáveis» – revela que mais de um terço (37%) dos enfermeiros «prestou cuidados em locais inadequados, como corredores, no seu último turno».

No inquérito que abrangeu quase 11 mil profissionais de enfermagem em todo o Reino Unido, evidencia-se até que ponto «os cuidados nos corredores foram normalizados», com pacientes a serem ali tratados de forma regular e por longos períodos de tempo, por vezes dias seguidos.

O sindicato afirma que estes casos devem agora ser apontados como «Eventos Nunca» nos serviços do NHS (Sistema de Saúde Nacional), tal como já o são «a operação a um membro errado ou a permanência de um objecto estranho no interior do corpo de um paciente».

Aquilo que devia ser uma «medida de emergência é agora uma rotina», denuncia o RCN, que alerta para situações como falta de espaço, falta de acesso a oxigénio ou a realização de exames que comprometem «a dignidade e a privacidade» dos pacientes, em espaços apinhados.

«O horror desta situação não pode ser subestimado»

Ao apresentar o relatório a delegados sindicais numa conferência no País de Gales, a secretária-geral do RCN, Nicola Ranger, declarou uma «emergência nacional» num contexto de necessidade imperiosa de «maior financiamento», depois de mais de uma década de «subfinanciamento crónico» do sistema por parte dos governos, indica o Morning Star.

«Os nossos serviços, outrora líderes mundiais, estão a tratar pacientes em parques de estacionamento e despensas», disse.

«Os idosos definham em cadeiras horas a fio e os pacientes morrem nos corredores», alertou, sublinhando que «o horror desta situação não pode ser subestimado; é uma emergência nacional para a segurança dos pacientes e hoje estamos a dar o alerta».

A organização que luta no Reino Unido pelo carácter público do sistema nacional de saúde – Keep Our NHS Public (Mantenham o Nosso NHS Público) – disse que os atrasos na assistência a acidentes e emergências estavam a provocar 300 mortes evitáveis ​​por semana, sendo um «sinal claro» da crise.

O co-presidente da organização, John Puntis, disse ao Morning Star que «o impacto nas famílias e parentes é imenso, enquanto os danos morais aos funcionários estão associados ao stress, que provoca graves problemas de saúde mental».

«Pior ainda é a recusa do governo em reconhecer o problema, escondendo-se atrás da alegação de "financiamento recorde", em vez de investir na reconstrução do NHS e garantir a capacidade de prestar cuidados seguros e atempados a todos», afirmou.

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