De acordo com o The Intercept, as estimativas oficiais que apontam para cerca de 3 mil mortes através de ataques conduzidos por aviões não tripulados (drones), em quatro países (Afeganistão, Iémen, Paquistão e Somália), representam apenas cerca de 20% do total de vítimas mortais na última década.
A Clínica de Direitos Humanos da Columbia Law School (EUA) e o Centro de Estudos Estratégicos de Saná (Iémen) apontam para a falta de transparência que envolve a divulgação do número de vítimas.
As estimativas oficiais reconhecem apenas 2935 vítimas mortais, enquanto o The Bureau of Investigative Journalism (TBIJ), uma organização de jornalistas de investigação sem fins lucrativos, aponta para entre 6382 e 9240 mortos por ataques com drones desde 2004.
O número de civis vitimados é estimado pelo TBIJ entre 739 e 1407, a que se somam entre 240 e 308 crianças. De acordo com o The Intercept, os dados podem esconder um número ainda superior de vítimas civis, já que os EUA têm conduzido ataques com drones sobre «homens em idade militar» nas zonas onde operam – inclusivamente durante «casamentos, funerais e outras ocasiões comunitárias».
A frequência dos ataques com drones norte-americanos tem aumentado nos últimos meses – quatro vezes superior à média dos últimos oito anos. Apesar de a maioria dos ataques e das vítimas mortais se registarem no Afeganistão, o número de ataques no Iémen tem vindo a crescer desde 2011.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui