Fontes locais afirmaram temer que o número de vítimas mortais desta acção venha a aumentar; até ao momento, o ataque não foi reivindicado por nenhum grupo ou indivíduo, referem PressTV e HispanTV.
Este ataque ocorre pouco tempo depois de um camião-bomba ter explodido numa zona comercial do bairro de Karrada, também em Bagdade, levando a que quase 300 pessoas perdessem a vida. O Estado Islâmico (EI) reivindicou a autoria do atentado, perpetrado no dia 3 de Julho, e considerado o mais mortífero numa cidade martirizada por acções deste tipo desde que uma coligação liderada pelos EUA invadiu o Iraque, em 2003.
Na quinta-feira, pelo menos 37 pessoas morreram e 62 ficaram feridas na sequência de um ataque, também reivindicado pelo EI, perto de um santuário xiita localizado a norte de Bagdade. Primeiro, um carro-bomba explodiu no local; depois, homens armados dispararam sobre os peregrinos ali reunidos por ocasião das celebrações do Eid al-Fitr, que marcam o fim do Ramadão.
De acordo com a Missão de Assistência das Nações Unidas para o Iraque, só no mês de Junho «662 iraquianos foram mortos e 1457 ficaram feridos em acções de terrorismo, violência e conflito armado», informa a PressTV. Uma grande parte das ocorrências mortais registou-se Bagdade, onde 236 civis foram mortos.
«Relatório Chilcot»
No dia 6, foi conhecido o informe encomendado em 2009 pelo governo britânico para avaliar as decisões que levaram à invasão do Iraque, em 2003. O «relatório Chilcot» concluiu que, então, o Iraque não constituía uma «ameaça imediata» no que respeita ao desenvolvimento de «armas de destruição massiva» – o principal argumento para justificar a invasão, em Março de 2003.
As informações dos serviços de inteligência tinham falhas e o governo liderado por Blair nunca as questionou. Pelo contrário – afirma o relatório –, o ex-primeiro-ministro britânico «exagerou o nível de ameaça» do Iraque de Saddam Hussein e ignorou o risco de desestabilização do país e da região, apesar dos alertas da época, que se vieram a confirmar.
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