A segunda vítima mortal, Muadh al-Suri de 15 anos, faleceu esta madrugada em consequência dos ferimentos infligidos pela utilização de fogo real por parte das forças israelitas. O dia de ontem marcou a 19.ª semana consecutiva de protestos da população de Gaza junto à vedação construída por Israel contra o cerco e o bloqueio total ao território.
Ahmed Yaghi, de 25 anos, foi a outra vítima mortal dos protestos de ontem, atingido por um franco-atirador das forças armadas israelitas. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, mais de 200 palestinianos ficaram feridos.
Israel já matou, pelo menos, 157 palestinianos, incluindo 23 menores, dois jornalistas e dois profissionais de saúde, e feriu cerca de 17 mil desde que se iniciou a «Grande Marcha do Retorno», a 30 de Março. Só no dia 14 de Maio, o «dia da raiva», quando se realizou a cerimónia de transferência da embaixada dos EUA para Jerusalém para marcar o 70.º aniversário do Estado de Israel, foram assassinadas 66 pessoas em Gaza pelas forças israelitas.
Para além de fogo real, balas de borracha e granadas de gás lacrimogéneo, Israel respondeu aos protestos na faixa de território que está há mais de uma década sob bloqueio terrestre, marítimo e aéreo com o reforço das medidas punitivas. O abastecimento de gás e combustíveis foi recentemente cortado e duas embarcações que integraram a Flotilha da Liberdade 2018, que passou por Cascais em Junho, foram apresadas pela Marinha israelita.
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