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Forças israelitas voltam a bombardear a Faixa de Gaza

O exército israelita voltou a bombardear a Faixa de Gaza este domingo. O ataque decorreu um dia após fortes protestos onde morreram quatro adolescentes e mais de 300 palestinianos ficaram feridos.

As forças israelitas iniciaram um bombardeamento na Faixa de Gaza, ferindo, até ao momento, sete pessoas. 25 de Março de 2019, Faixa de Gaza, Palestina
CréditosAhmed Zakot

De acordo com as forças israelitas, o ataque realizado durante a manhã de hoje foi uma resposta contra «posições do Hamas» após o lançamento de cinco foguetes proveniente de Gaza, que caíram em terreno aberto sem terem provocado qualquer dano.

A retaliação decorre uma semana depois de, durante vários dias, o exército israelita ter realizado intensos bombardeamentos sobre Gaza. Além disso, decorre após os sangrentos protestos de ontem junto à fronteira, onde as forças de segurança de Israel dispararam sobre as manifestações que assinalaram o primeiro ano da Grande Marcha do Retorno.

Segundo a PressTV, o Ministério da Saúde de Gaza confirmou que os tiros disparados provocaram a morte de quatro palestinianos, com idades entre os 17 e 20 anos, bem como ficaram feridos mais de 316 pessoas. Por sua vez, a agência Ma'an relatou que sete jornalistas também foram atingidos, apesar de estarem identificados e de cumprirem todas as normas de segurança.

As tensões na Faixa de Gaza têm estado altas há meses, mas a retórica e as acções militares têm aumentado consideravelmente à medida que a data das eleições em Israel (9 de Abril) se aproxima.

As mobilizações da Grande Marcha do Retorno tiveram início em 30 de Março de 2018 e, desde então, o Exército sionista matou mais de 250 palestinianos e feriu 26 mil, dos quais 500 se encontram em estado crítico, segundo dados do Palestinian Information Centerdivulgados pelo Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM).

Uma das reivincações primordiais destas manifestações prende-se com o levantamento do bloqueio imposto pelos israelitas à Faixa de Gaza há quase 12 anos, com consequências humanitárias tremendas para os cerca de 2 milhões de habitantes do enclave costeiro.

Nos protestos da Grande Marcha do Retorno, os manifestantes afirmam ainda o direito de os refugiados palestinianos – e seus descendentes – regressarem às terras de onde foram expulsos, em 1948, no âmbito da campanha de limpeza étnica levada a cabo por Israel, por ocasião da sua fundação.

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