«A atitude do governo é profundamente escandalosa e portanto vai ter uma reacção à altura», afirmou Philippe Martinez, secretário-geral da CGT.
No décimo terceiro dia de debates na Assembleia Nacional, o primeiro-ministro francês, Édouard Philippe, subiu à tribuna para anunciar que obteve luz verde dos ministros para avançar e impor a reforma das pensões, sem mais discussão.
Com esse dispositivo, permitido pelo artigo 49-3 da Constituição, o primeiro-ministro encerra os debates e o projecto será adoptado, salvo se for aprovada em 24 horas uma moção de censura ao governo.
Foram já apresentadas duas: uma pelos três grupos de esquerda (PS, a França Insubmissa e o PCF) e outra pelos deputados do partido de direita Os Republicanos. Essas iniciativas, que devem ser objecto de debate na próxima terça-feira, não têm, contudo, hipótese de levar à queda do governo, dada a correlação de forças no Parlamento.
Na noite de ontem, centenas de pessoas concentraram-se em Paris e em várias cidades francesas para dizer «não ao 49-3». A mobilização dos sindicatos é esperada a partir da próxima semana para responder a esta medida.
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