Ao apresentar a proposta à Assembleia Nacional, em Hanói, o vice-primeiro-ministro, Le Thanh Long, destacou que a situação das substâncias ilícitas na região e nos países vizinhos se afigura «cada vez mais complicada e séria», afectando directamente os esforços de controlo das drogas no Vietname.
Long disse que a situação no país «se mantém bastante complicada e imprevisível», com uma tendência crescente no número de casos, pessoas envolvidas e volume de drogas apreendidas.
«O número de toxicodependentes e de consumidores de drogas ilícitas continua muito elevado, abrangendo todas as classes sociais, faixas etárias e localidades», frisou o governante, citado pela Vietnam News Agency (VNA).
Thanh Long acrescentou que o número de comunas, distritos e cidades que enfrentam problemas de droga não diminuiu, representado uma vasta maioria (83,7%).
O programa apresentado nesta oitava sessão legislativa visa, de um modo geral, reforçar a ligação entre o sistema político e toda a população no sentido de travar, prevenir e repelir o abuso do consumo de drogas e os seus efeitos nocivos.
Também pretende organizar a prevenção e a luta contra os crimes relacionados com os estupefacientes «de forma atempada e à distância», procurando assim evitar que o Vietname se torne uma zona de produção, tráfico e consumo de drogas, bem como melhorar a qualidade e a eficácia dos tratamentos de desintoxicação.
Comentando a proposta governamental, a presidente do Comité de Assuntos Sociais da Assembleia Nacional vietnamita, Nguyen Thuy Anh, disse que as verbas previstas para o programa eram bastante inferiores às destinadas a outros programas nacionais.
No entanto, também reconheceu que existe um grande esforço da parte governamental em destinar verbas ao desenvolvimento e a programas sociais, refere a fonte.
O comité a que Anh preside recomendou que a principal agência responsável pelo desenvolvimento do programa continue a rever os objectivos gerais, de modo a garantir que são «abrangentes e holísticos, combinando esforços de prevenção e controlo».
Sugeriu igualmente que se continue a verificar e a alinhar os objectivos com as tarefas principais e a capacidade de financiamento disponível para a implementação dos projectos.
Segundo indica a VNA, a presidente do Comité apelou «a planos específicos de alocação de capital, juntamente com investimentos direccionados, para evitar a fragmentação e o desperdício, dando prioridade a áreas difíceis e essenciais».
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