Aos milhares de cubanos, juntaram-se presidentes, dirigentes e personalidade de todo o mundo, que prestaram homenagem ao «Comandante-em-Chefe da Revolução cubana», como Raúl Castro apelidou Fidel na intervenção com que encerrou a cerimónia.
Pela tribuna montada em frente ao monumento a José Martí, o herói da independência de Cuba face a Espanha, passaram chefes de Estado e de governo, e outros dignatários e dirigentes de 17 países, de onde lembraram o contributo de Fidel para a construção de Cuba socialista, mas também para os processos de libertação, particularmente em África e na América Latina.
Com a sua participação, os presidentes Rafael Correa (Equador), Salvador Sánchez Cerén (El Salvador), Evo Morales (Bolívia), Enrique Peña Nieto (México), Daniel Ortega (Nicarágua) e Nicolás Maduro (Venezuela) testemunharam o contributo de Cuba e de Fidel no combate ao imperialismo por todo o continente americano. «Seguiremos o caminho vitorioso» de Fidel, disse o presidente da Venezuela ao povo que enchia a praça e as ruas adjacentes da capital cubana.
O contributo de Cuba para as lutas de libertação em África não foi esquecido, com o testemunho do presidente da África do Sul, Jacob Zuma, e da Namíbia, Hage Geingob, país onde o cubanos lutaram contra o regime racista do apartheid sul-africano. Também o presidente do Conselho da Nação da Argélia, Abdelkader Bensalah, se referiu a Fidel, que considerou «uma das maiores personalidades da história contemporânea».
Raúl Castro: «Hasta la victoria siempre!»
O presidente do Conselho de Estado e do Conselho de Ministros de Cuba, Raúl Castro, utilizou as memórias de momentos marcantes dos últimos 57 anos naquela mesma praça para lembrar as batalhas e as conquistas da Revolução Cubana, de que Fidel foi protagonista e obreiro.
Da concentração camponesa de 1959, onde Fidel declarou «a Reforma Agrária já», à Tribuna Aberta da Juventude, dos Estudantes e dos Trabalhadores, em 2000, Raúl lembrou os contributos de Fidel para os avanços no âmbito da alfabetização, da resistência face ao bloqueio norte-americano e da afirmação do desenvolvimento soberano do país caribenho.
«Aqui mesmo, nesta praça, escutámos o Comandante-em-Chefe, em Outubro de 1967, para render tributo ao inolvidável Comandante Che Guevara, e a ela regressámos, 30 anos depois, durante a etapa mais dura do Período Especial», para nos comprometermos que seguiríamos o seu exemplo imortal», lembrou o dirigente cubano.
Raúl Castro referiu ainda a declaração de Cuba como «território livre de analfabetismo», menos de três anos após a tomada de Havana, em 1961. Num contexto em que milícias armadas atacavam as brigadas de alfabetização que mobilizaram centenas de milhares de professores e estudantes, Fidel afirmou: «Os jovens têm o futuro nas suas mãos».
«Aqui, onde nos reunimos durante mais de meio século, em momentos de extraordinária dor, ou para honrar os nossos mártires, proclamar os nossos ideiais, consultar o nosso povo sobre importantes decisões e comemorar as nossas vitórias, dizemos-te junto ao nosso povo heróico: Hasta la victoria siempre», concluiu.
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