Citando uma fonte militar, a agência estatal SANA informou que o ataque aéreo israelita ocorreu «exactamente à 1h10 da madrugada» de quarta-feira, dia 13, contra posições na cidade de Deir ez-Zor e em al-Bukamal, junto à fronteira com o Iraque. A SANA disse ainda que os «resultados da agressão estavam a ser verificados», mas não houve mais informação sobre possíveis baixas e danos materiais.
Por seu lado, a cadeia libanesa Al Mayadeen revelou, com base em «fontes de confiança», que o ataque provocou pelo menos a morte de um sírio e deixou feridas mais 14 pessoas.
As mesmas fontes acrescentaram que o ataque israelita teve como alvos armazéns, depósitos de armas, um edifício de segurança militar e várias posições militares em Deir ez-Zor, al-Bukamal e ao longo do rio Eufrates, incluindo a cidade de al-Mayadeen e a aldeia de al-Hri.
Este ataque – um dos muitos perpetrados por Israel em território sírio ao longo da guerra de agressão contra o país levantino – ocorre numa altura em que o Exército Árabe Sírio e os seus aliados se preparam para lançar uma ofensiva no deserto contra terroristas do Daesh, que recentemente aumentaram os ataques contra civis e militares.
As autoridades sírias denunciaram que os EUA, Israel e a chamada coligação internacional apoiam directamente os grupos terroristas que operam na Síria, nomeadamente o Daesh, com o objectivo de desestabilizar as zonas que foram libertadas e onde se procura avançar com a reconstrução.
Agressão conjunta EUA-Israel
As «fontes de confiança» disseram ainda à Al Mayadeen que se tratou de uma «agressão conjunta norte-americana-israelita», uma vez que «as forças dos EUA afirmaram levar a cabo operações de reconhecimento a partir das suas posições no Iraque, enquanto os caças israelitas realizavam o ataque».
Disseram, além disso, que os aviões de guerra israelitas «atravessaram a base [ilegal] norte-americana de al-Tanf», no Sul da Síria, junto à fronteira com a Jordânia e o Iraque, para seguir em direcção a al-Bukamal e Deir ez-Zor.
A este propósito, um alto funcionário da CIA revelou à Associated Press, sob anonimato, que estes últimos ataques em território sírio foram levados a cabo com informações secretas facultadas a Israel pelos Estados Unidos.
O funcionário revelou que o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, discutiu o ataque na segunda-feira passada, num restaurante em Washington, com Yossi Cohen, chefe dos serviços secretos israelitas (Mossad).
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