|Palestina

MPPM denuncia o «escolasticídio» na Faixa de Gaza

Um novo ano escolar começa em Portugal, mas tal não ocorre em Gaza, onde «Israel assassina alunos, professores e funcionários, e arrasa escolas comprometendo a educação de toda uma geração», lembra o MPPM.

Rescaldo de um mortífero ataque aéreo israelita a uma escola gerida pelas Nações Unidas no Centro de Gaza, a 6 de Junho de 2024 Créditos / MPPM

Na nota que emitiu este sábado – «Escolasticídio em Gaza: como Israel quer matar o futuro da Palestina» –, o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) sublinha que aquilo que está a acontecer na Faixa de Gaza «é um escolasticídio».

O organismo solidário lembra a grande preocupação expressa em Abril deste ano por peritos da ONU com «o padrão de ataques a escolas, universidades, professores e estudantes na Faixa de Gaza», tendo lançando um «sério alarme sobre a destruição sistémica do sistema educativo» palestiniano.

«Com mais de 80% das escolas em Gaza danificadas ou destruídas, pode ser razoável perguntar se existe um esforço intencional para destruir de forma abrangente o sistema educativo palestiniano, uma acção conhecida como "escolasticídio"», disseram então os peritos.

Escolasticídio, lembra o MPPM, é definido como «obliteração sistémica da educação através da prisão, detenção ou assassinato de professores, estudantes e funcionários, e da destruição das infra-estruturas educativas».

Dados sobre o «escolasticídio» na Faixa de Gaza / MPPM

«Todas as 12 universidades de Gaza foram bombardeadas e total ou parcialmente destruídas. 85% das escolas requerem reconstrução total ou parcial. Quase 10 mil estudantes e mais de 400 profissionais de ensino, incluindo pelo menos 95 professores universitários foram mortos», denuncia o texto.

A educação como grande património dos palestinianos

A educação dos filhos assume um papel especial para os palestinianos, num contexto em que, recorda o MPPM, Israel lhes rouba as terras, lhes derruba as casas, lhes destrói as colheitas, lhes coarcta a liberdade, lhes nega uma pátria.

«Para os palestinianos, a educação é uma forma de resistência. As crianças vão à escola ainda que tenham de passar horas nos checkpoints. Nas comunidades beduínas, as escolas que Israel destrói são reconstruídas dezenas, centenas de vezes. Na educação fortalece-se o sentimento nacional do povo palestiniano», sublinha o MPPM, acrescentando: «É isso que Israel não pode tolerar. Por isso arrasa escolas e universidades e chacina professores e alunos.»

De acordo com o Gabinete Central de Estatística da Palestina, a taxa de literacia em 2022 era de 98,2% na Faixa de Gaza e de 97,8% em toda a Palestina. A mesma fonte revelava que, em 2017, frequentavam a escola 98,1% das crianças entre seis e 11 anos, 97,0% dos 12 aos 14 anos e 84,3% dos 15 aos 17 anos.

Novo ano escolar em Portugal, não na Faixa de Gaza

Em 6 de Novembro de 2023, na sequência do ataque israelita, «as autoridades de Gaza foram forçadas a suspender o ano escolar, [e] não mais os 625 mil jovens e crianças do território voltaram à escola», recorda ainda o MPPM.

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Agressão israelita priva 630 mil estudantes do direito à educação na Faixa de Gaza

No espaço de 11 meses, mais de 85% das escolas no enclave palestiniano foram destruídas ou danificadas, refere a ONU. O que resistiu está a ser usado como refúgio por quem perdeu a casa.

Três crianças crianças escrevem em cadernos em Jabalia, no Norte da Faixa de Gaza, a 8 de Setembro de 2024 CréditosOmar al-Qattaa / Al Jazeera

Moataz, de 15 anos, devia ter começado hoje as aulas do 10.º ano. Em vez disso, lembra a Al Jazeera, acordou numa tenda em Deir al-Balah (região central da Faixa de Gaza) e teve de ir buscar água a mais de um quilómetro de distância.

Umm Zaki, a sua mãe, disse que, «habitualmente, um dia como este seria de celebração, ver as crianças a ir para a escola e sonharem em tornar-se médicos e engenheiros».

«Hoje, tudo o que esperamos é que a guerra acabe antes que percamos algum deles», frisou.

No dia do regresso às aulas do ano lectivo 2024-25, Moataz é um dos mais de 630 mil estudantes de Gaza que continuam a ser privados do direito à educação por causa da agressão israelita ao território.

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Mais de dez mil estudantes mortos desde o começo da agressão israelita

O Ministério da Educação revelou que 10 043 estudantes foram mortos e 16 423 ficaram feridos nos territórios ocupados desde o início da agressão sionista contra a Faixa de Gaza, em Outubro último.

Créditos / PressTV

Na Faixa de Gaza, foram mortos 9936 estudantes e 15 897 ficaram feridos na sequência dos ataques israelitas, revelou esta terça-feira em comunicado o Ministério palestiniano da Educação e do Ensino Superior.

No mesmo período, desde 7 de Outubro de 2023, 107 estudantes foram mortos na Cisjordânia ocupada e outros 526 ficaram feridos, indica o documento divulgado pela agência Wafa.

De acordo com a tutela, em ambos os territórios palestinianos foram mortos por ataques israelitas pelo menos 504 professores e funcionários do sector, enquanto outros 3426 ficaram feridos e 117 foram detidos.

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Agressão israelita a Gaza com impacto devastador na educação

Mais de 625 mil estudantes e cerca de 22 500 professores em Gaza foram privados do acesso à educação e de um local seguro, devido à actual ofensiva israelita, afirmou a UNRWA.

Pessoas deslocadas no interior de uma escola da UNRWA transformada em centro de acolhimento 
CréditosAshraf Amra / unrwa.org

Num comunicado emitido a propósito do Dia Internacional da Educação, que ontem se assinalou, a UNRWA (Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina) informou que todas as suas escolas no enclave palestiniano permanecem encerradas e que a maioria alberga pessoas deslocadas – que o organismo estima em mais de 1,2 milhões.

Desde o início do massacre israelita à Faixa de Gaza, há mais de três meses, mais de 625 mil estudantes e 22 564 professores no território foram privados do acesso à educação e de um local seguro, alertou a UNRWA.

Três em cada quatro edifícios escolares foram atingidos na Faixa de Gaza, bem como inúmeras instituições do ensino superior, destaca a agência das Nações Unidas, que se refere igualmente às dificuldades crescentes de acesso à educação na Margem Ocidental ocupada.

De acordo com o documento, pelo menos 782 mil estudantes na Cisjordânia ocupada foram afectados por restrições de movimentos, aumento da violência e receio de ataques por parte dos colonos e das forças israelitas desde Outubro.

Por seu lado, o Ministério palestiniano da Educação refere, via Wafa, que 4551 estudantes foram mortos e 8193 ficaram feridos no contexto da mais recente agressão israelita aos territórios palestinianos, a grande maioria dos quais na Faixa de Gaza.

Imagem de uma das instalações da UNRWA em Khan Younis, na sequência de um bombardeamento israelita, a 24 de Janeiro de 2024 / PressTV

A tutela refere ainda que, no enclave costeiro, foram mortos 231 professores e administradores escolares, enquanto 756 ficaram feridos. Nesse mesmo período, desde 7 de Outubro, o ministério registou seis docentes palestinianos feridos e 71 detidos pelas forças de ocupação na Cisjordânia.

Alerta para a situação em Khan Younis

Num outro comunicado, já emitido esta quinta-feira, a UNRWA afirma que os «ataques persistentes a espaços civis em Khan Younis [Sul da Faixa de Gaza] são totalmente inaceitáveis e devem parar imediatamente».

A agência das Nações Unidas denuncia a situação de combate nas imediações dos hospitais e dos abrigos que acolhem os deslocados, com as pessoas presas lá dentro e as operações de salvamento impedidas.

Bombardeamentos israelitas a um centro da UNRWA, onde estão abrigadas milhares de pessoas deslocadas, provocaram pelo menos 12 mortos e 75 feridos, confirmou o organismo, que ontem, pela voz do seu comissário-geral, Philippe Lazzarini, classificou o ataque como um «desrespeito flagrante pelas regras básicas da guerra».

«O complexo é uma instalação da ONU claramente assinalada e as suas coordenadas foram partilhadas com as autoridades israelitas, tal como fazemos com todas as nossas instalações», sublinhou o responsável, de acordo com o qual pelo menos 30 mil pessoas se encontram no local.

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Além disso, 119 escolas públicas ficaram gravemente danificadas e pelo menos 62 unidades de ensino foram completamente destruídas, revela o Ministério, acrescentando que outras 191 escolas – públicas ou pertencentes à rede da agência das Nações Unidas para os refugiados palestiniano (Unrwa) – foram bombardeadas e vandalizadas.

O mesmo documento refere que 20 universidades foram destruídas, precisando que pelo menos 31 edifícios universitários foram completamente arrasados e 57 foram parcialmente destruídos.

No mesmo período, na Cisjordânia ocupada, 69 escolas foram vandalizadas e cinco universidades foram repetidamente sujeitas a raides e actos de vandalismo, sublinha igualmente o Ministério.

De acordo com o documento, as forças de ocupação israelitas impediram mais de 620 mil estudantes de frequentar as aulas, 39 mil dos quais no Ensino Secundário – sendo que a maior parte sofre traumas psicológicos e enfrenta outros problemas de saúde.

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Mais de 550 palestinianos mortos por Israel na Cisjordânia desde Outubro

Até 8 de Julho, os colonos judeus levaram a cabo mais de mil ataques contra palestinianos na Margem Ocidental, refere o gabinete de assuntos humanitários da ONU na sua mais recente actualização.

Escombros de uma escola primária demolida pelas forças israelitas a 8 de Julho de 2024 em Khallet Amira (al-Khalil/Hebron).Créditos / UNOCHA

No relatório de actualização, emitido esta quarta-feira, o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (UNOCHA, na sigla em inglês) destaca que entre 7 de Outubro e 8 de Julho último, 553 palestinianos foram mortos na Cisjordânia ocupada, incluindo Jerusalém Oriental. Destes, 131 são crianças.

O organismo das Nações Unidas precisa que 536 palestinianos foram assassinados por forças israelitas (militares ou policiais) e 11 por colonos, havendo ainda seis casos em que ficou por esclarecer se os perpetradores foram forças ou colonos israelitas.

No mesmo período, cerca de 5500 palestinianos foram feridos, 850 dos quais crianças. «Mais de um terço do total dos ferimentos foi causado por fogo real», lê-se no texto.

De acordo com a UNOCHA, desde 7 de Outubro até 8 de Julho passado, 14 israelitas foram mortos por palestinianos na Margem Ocidental: nove membros das forças de ocupação e cinco colonos judeus. No mesmo período, 105 israelitas ficaram feridos, 90 dos quais membros das forças de ocupação na Cisjordânia.

Mais de mil ataques por colonos registados

Até 8 de Julho, a UNOCHA confirmou 1084 ataques a palestinianos por parte de colonos judeus na Margem Ocidental ocupada, que provocaram 107 vítimas (mortos e feridos). Do total de agressões registadas, 859 provocaram danos em propriedades de palestinianos.

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Palestina pede protecção internacional urgente contra «terrorismo» dos colonos

O governo palestiniano instou a comunidade internacional a pressionar a potência ocupante, Israel, a travar os «actos de terrorismo» cometidos pelos colonos extremistas contra a população palestiniana.

Colonos e soldados israelitas atacam palestinianos que protestam contra os colonatos perto de Salfit, na Margem Ocidental ocupada (iamgem de arquivo) 
Créditos / PressTV

Num comunicado emitido sexta-feira à tarde, o Ministério palestiniano dos Negócios Estrangeiros pediu ao secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, que active prontamente o sistema de protecção internacional para os civis palestinianos sob ocupação israelita.

O ministério – noticia a agência WAFA – expressa grande preocupação com a escalada de ataques por parte de colonos israelitas contra a população palestiniana, referindo-se em particular aos que ocorreram nas aldeias de Qaryout e Burqa, no Norte da Cisjordânia, e no Bairro de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental ocupada, que provocaram dezenas de feridos.

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ONU alerta para aumento substancial da violência de colonos israelitas

A violência de colonos contra civis palestinianos na Cisjordânia ocupada aumentou de forma substancial nos últimos meses, numa «atmosfera de impunidade», afirmaram especialistas dos direitos humanos da ONU.

Colonos atiram pedras a palestinianos, na presença de tropas israelitas, em Turmusaya, a norte de Ramallah (imagem de arquivo) 
Créditos / PressTV

«Em 2020, o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA) documentou 771 incidentes de violência de colonos, que provocaram ferimentos em 133 palestinianos e danos em 9646 árvores e 184 viaturas, sobretudo nas áreas de Hebron (al-Khalil), Jerusalém, Nablus e Ramallah», disseram os especialistas da ONU, num comunicado publicado esta quarta-feira.

«Já nos primeiros três meses de 2021, foram registados mais de 210 incidentes violentos de colonos, provocando uma vítima mortal palestiniana», acrescentaram, citados pela WAFA, tendo sublinhado que as autoridades israelitas deviam «investigar e processar judicialmente estas acções violentas com vigor e determinação».

O grupo de especialistas que elaboraram o relatório incluiu Michael Lynk, relator especial da ONU sobre a situação dos direitos humanos nos territórios ocupados da Palestina desde 1967, Balakrishnan Rajagopal, relator especial sobre habitação e condições de vida adequadas, e direito à não discriminação neste contexto, e a especialista independente Claudia Mahler.

De acordo com o relatório, a violência dos colonos tem motivação ideológica e visa, antes de mais, apropriar-se da terra, mas igualmente «intimidar e aterrorizar» os palestinianos.

Além de vincar a presença e a expansão dos colonatos israelitas, para estabelecer pretensões ilegais da soberania de Israel, a violência dos colonos pretende tornar o dia a dia dos palestinianos insuportável, afirmaram.

Ataques a famílias, mulheres grávidas, crianças pequenas, idosos

Os especialistas destacaram que «os limites dos ataques contra todas as categorias de palestinianos estão a ser apagados», tendo registado casos de violência contra mulheres grávidas, crianças pequenas e pessoas idosas.

Referiram-se em particular ao incidente ocorrido em Hebron (al-Khalil) no passado dia 13 de Março, quando dez colonos israelitas, alguns dos quais armados, atacaram uma família palestiniana – pais e oito crianças. Estas ficaram «traumatizadas» e os pais tiveram de ser hospitalizados.

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Colonos estão a formar células terroristas, alerta funcionário palestiniano

De acordo com as autoridades palestinianas, os colonos israelitas estão a constituir células terroristas na Margem Ocidental ocupada para realizar ataques contra a população civil.

Ministros israelitas devem aprovar projecto de lei da «Grande Jerusalém»
Os colonatos israelitas na Margem Ocidental ocupada são considerados ilegais à luz do direiro internacional Créditos / ibtimes.com

Ghassan Daghlas, funcionário da Autoridade Palestiniana que monitoriza as actividades de expansão dos colonatos, alertou que os colonos extremistas que integram o grupo terrorista Price Tag [Preço de Etiqueta] estão a operar actualmente na província de Salfit, no Norte da Cisjordânia ocupada, noticiou a agência WAFA esta segunda-feira.

Acrescentou que as suas «acções de terror» têm lugar sobretudo em localidades da parte ocidental dessa província, como Kufr al-Dik, Deir Ballut, Broqin e Bidya.

No domingo à tarde, disse, um habitante de Kufr al-Dik foi atacado por um grupo de colonos. Há alguns meses, outros dois foram feridos a tiro quando se encontravam nas suas terras, na área de Khallet Hassan, a oeste de Bidya, acrescentou.

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Palestina condena aumento de ataques israelitas na Cisjordânia ocupada

O Ministério palestiniano dos Negócios Estrangeiros denunciou o aumento de ataques perpetrados por colonos israelitas contra terras e propriedades palestinianas na Margem Ocidental ocupada.

Colonos israelitas atacam palestinianos à pedrada na presença de forças militares israelitas (imagem de arquivo)
Colonos israelitas atacam palestinianos à pedrada na presença de forças militares israelitas (imagem de arquivo) Créditos / alwaght.com

«O aumento do número de ataques por organizações de colonatos contra os palestinianos é um resultado directo do encorajamento que recebem dos líderes políticos em Israel», afirmou o Ministério num comunicado emitido este domingo.

O documento, citado pela PressTV, acrescenta que «Israel procura intimidar os palestinianos e impedi-los de aceder às suas terras marcadas», em alusão às tentativas de Israel de se apoderar e anexar as terras palestinianas, com o objectivo de expandir os colonatos ilegais.

Neste contexto, a diplomacia palestiniana pediu à comunidade internacional que condene os crimes que estão a ser cometidos pelos colonos e as forças militares israelitas, e manifestou a necessidade de obrigar Telavive a obedecer às resoluções pertinentes da ONU, sobretudo a resolução 2334, aprovada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) em Dezembro de 2016.

Ataque de colonos em Huwara

O comunicado do Ministério palestiniano dos Negócios Estrangeiros foi emitido umas horas depois de um grupo de colonos israelitas ter danificado cerca de duas dezenas de viaturas – partindo-lhes os pára-brisas – na cidade palestiniana de Huwara, perto de Nablus, no Norte da Cisjordânia ocupada.

Ghassan Daghlas, funcionário da Autoridade Palestiniana que monitoriza as actividades de expansão dos colonatos, afirmou que os israelitas atacaram as viaturas com pedras e acrescentou que, quando os residentes tentaram defender-se dos colonos, estes dispararam de forma indiscriminada contra os palestinianos. Até ao momento, não há registo de feridos entre os civis palestinianos.

Cerca de 600 mil israelitas vivem em mais de 230 colonatos construídos desde 1967 nos territórios palestinianos ocupados da Cisjordânia e Jerusalém Oriental – todos eles considerados ilegais à luz do direito internacional.

A cerca de um mês da tomada de posse do actual presidente norte-americano, Donald Trump, o CSNU aprovou a resolução 2334, na qual se afirmava que «a criação por Israel de colonatos no território palestiniano ocupado desde 1967, incluindo Jerusalém Oriental, não tem validade legal e constitui uma violação flagrante do direito internacional».

Mas a agressividade expansionista de Israel tem-se intensificado nos últimos anos, sob o impulso de Netanyahu e com o apoio da administração dos EUA, que reconheceu Jerusalém como capital de Israel e para ali mudou a sua embaixada; deixou de classificar como «ilegais» os colonatos israelitas; e traçou o chamado «Acordo do Século» – em estreita cooperação com Israel.

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Colonos israelitas atacaram ainda uma família na aldeia de Broqin e destruíram a sua viatura, há algumas semanas, tendo também atacado agricultores na zona de al-Ras e al-Marhat, a oeste da cidade de Salfit. A isto, há que juntar provocações semanais em locais islâmicos em Kufl Haris, a noroeste da cidade, informa a agência.

«Os ataques dos colonos aumentaram desde o início do ano e tornaram-se diários, e isso exige aos residentes em Salfit e cidades envolventes que estejam vigilantes, atentos e formem comités de protecção nas cidades e nas aldeias», disse Daghlas.

O funcionário governamental acrescentou que «terrorismo recente em Salfit mostra que os colonos estão a planear acções criminosas contra civis», algo que, em seu entender, fica claro no padrão mais recente da violência, que «passou do vandalismo contra árvores e propriedades para ataques a pessoas».

Ainda na segunda-feira, foram registadas novas acções de vandalismo de colonos israelitas em zonas agrícolas próximas de Salfit. Já esta terça-feira, dezenas de colonos invadiram um sítio arqueológico perto de Nablus, com a protecção das forças militares israelitas, que vedaram o acesso dos palestinianos ao local. Estas invasões de colonos e soldados, nota o Palestinian Information Center, são frequentes, com base no argumento de se que trata de um local judaico.

Dia da Terra: Israel ocupou à força mais de 85% da Palestina Histórica

Até 1948, na época do mandato britânico, os judeus ocupavam ou exploravam 1682 quilómetros quadrados ou 6,2% das terras da Palestina Histórica. Desde então, Israel ocupou à força mais de 85% dessa área, revelou esta terça-feira o Gabinete Central de Estatísticas da Palestina, por ocasião do 45.º aniversário do Dia da Terra.

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Israel demoliu 89 estruturas palestinianas em 15 dias, desalojando 146 pessoas

Na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental ocupada, forças israelitas demoliram ou confiscaram 89 estruturas palestinianas em duas semanas, revelou o Gabinete para a Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU.

Crianças palestinianas têm aulas ao ar livre, depois de Israel ter destruído uma escola na Margem Ocidental ocupada (imagem de arquivo)
Crianças palestinianas têm aulas ao ar livre, depois de Israel ter destruído uma escola na Margem Ocidental ocupada (imagem de arquivo) Créditos / Sputnik News

No seu recente relatório quinzenal, o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (UNOCHA, na sigla em inglês) registou a demolição ou a apreensão de 89 estruturas, deixando 146 pessoas desalojadas, incluindo 83 menores, e afectando pelo menos mais 330.

Neste relatório sobre «Protecção de Civis», que abrange o período entre 2 e 15 de Fevereiro, o organismo das Nações Unidas diz que, nos dias 3 e 8, as autoridades israelitas demoliram 37 estruturas na aldeia de Humsa al-Buqaia, no Vale do Jordão, desalojando 60 pessoas,incluindo 35 menores, informa a agência WAFA.

Em Hebron (al-Khalil), as forças israelitas confiscaram sete estruturas nas comunidades de al-Rakeez, Umm al-Kheir e Khirbet at-Tawamin, afectando as condições de vida e o sustento de 80 pessoas.

Em Jalama, perto de Jenin, o Exército israelita demoliu 13 bancas para vender bebidas, afectando o meio de subsistência de cerca de 70 pessoas. Também nas imediações de Jenin, na aldeia de Tura al-Gharbiya, as forças israelitas demoliram uma casa, desalojando 11 pessoas. Tratou-se de um castigo contra a família de um preso palestiniano acusado de ter morto um colono israelita em Dezembro último.

A mesma fonte refere que sete estruturas foram demolidas em Jerusalém Oriental ocupada, quatro das quais foram deitadas abaixo pelos próprios proprietários, para evitarem pagar multas e custos de demolição impostos por Israel. Uma família de quatro ficou sem tecto.

As autoridades israelitas costumam demolir as casas e estruturas de palestinianos nos territórios ocupados argumentando que foram construídas sem a autorização necessária, que é praticamente impossível de obter.


Fontes do Ministério palestiniano da Agricultura são citadas no relatório ao apontarem que as forças de ocupação arrancaram mil rebentos de árvores perto da cidade de Tubas, que tinham sido plantados depois de o Exército israelita ter cortado milhares de árvores na mesma região.

Ainda de acordo com o relatório, 71 palestinianos ficaram feridos, no período referido de Fevereiro, em confrontos com as forças de ocupação em toda a Margem Ocidental ocupada, e 172 foram foram detidos em 186 raides levados a cabo pelas forças israelitas.

Apelo à presidência portuguesa do Conselho da União Europeia pelo reconhecimento do Estado da Palestina

Em resposta a uma iniciativa do Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM), personalidades representativas de diversos sectores da vida portuguesa subscreveram um apelo à presidência portuguesa do Conselho da União Europeia para que reconheça o Estado da Palestina, «nos termos do direito internacional e das resoluções relevantes das Nações Unidas, e para que desenvolva uma acção junto dos outros estados-membros para que ajam no mesmo sentido», lê-se no portal do MPPM.

O texto do «Apelo», com as reivindicações colocadas ao Governo português no sentido de reconhecer o Estado da Palestina e de denunciar a política sistemática de violação do direito internacional por parte de Israel, e a lista dos primeiros subscritores estão igualmente acessíveis no site do organismo solidário português.

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De acordo com o Gabinete, no final de 2020 o número estimado de palestinianos era de 13,7 milhões. Destes, 5,2 milhões viviam no Estado da Palestina e 1,6 milhão nos territórios de 1948 (Israel). Além disso, 6,2 milhões de palestinianos vivem em países árabes, e 738 mil noutros países, revelou a entidade estatística, citada pela WAFA.

Na Palestina assinala-se a 30 de Março o Dia da Terra, evocando dessa forma os seis palestinianos que foram mortos pela Polícia israelita, bem como os cerca de cem que ficaram feridos, em 1976, quando protestavam contra os planos do governo israelita de expropriar 21 quilómetros quadrados das suas terras.

O Dia da Terra serve igualmente para mostrar a tenacidade do povo palestiniano em preservar a sua história e defender a terra como elemento essencial da sua identidade e da sua própria existência.

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«Estamos profundamente preocupados com a atmosfera de impunidade com que estes ataques estão a ser levados a cabo», alertaram, tendo afirmado que, «em muitos casos, as tropas israelitas estiveram presentes, ou nas imediações».

Os especialistas de direitos humanos também se mostraram preocupados com a situação de dezenas de famílias residentes no Bairro de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental, que estão sob ameaça de despejo, para que ali surjam novos colonatos.

«Sete famílias já receberam ordens de despejo e têm de deixar as suas casas até dia 2 de Maio. Estas expulsões forçadas que levam à transferência de população são estritamente proibidas pelo direito internacional», denunciaram.

Os relatores apelaram à comunidade internacional que exija à potência ocupante para pôr fim imediato ao seu empreendimento dos colonatos. «Os palestinianos têm de ser protegidos da violência dos colonos e os perpetradores têm de ser responsabilizados pelas suas acções», defenderam.

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Ao executivo israelita, liderado por Naftali Bennett, são apontadas «responsabilidades completas e directas» pela «violência e terror» dos colonos, bem como pelas «perigosas consequências e repercussões da situação para a região».

No mesmo dia, a Presidência palestiniana emitiu um comunicado em que apela à «intervenção rápida da comunidade internacional para travar o terrorismo dos colonos israelitas contra palestinianos indefesos».

O texto sublinha que as autoridades israelitas «encorajam e protegem» a violência dos colonos, que aumenta diariamente, refere a fonte.

Dezenas de colonos israelitas atacaram, sexta-feira de manhã, a aldeia palestiniana de Qaryout, nas imediações de Nablus, deixando várias pessoas feridas e provocando danos materiais.

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Ataques dos colonos israelitas na Cisjordânia ocupada são mais violentos

Em 2019, foram documentados na Cisjordânia ocupada 256 actos de violência contra palestinianos, perpetrados por civis israelitas. As autoridades palestinianas classificam estas acções como «terrorismo».

Colonos israelitas atacam palestinianos à pedrada na presença de forças militares israelitas (imagem de arquivo)
Créditos / alwaght.com

Este número, revelado pelo diário Haaretz com base em fontes oficiais israelitas, refere-se a casos registados este ano. Muitas outras acções de colonos judeus, que atacam e aterrorizam a população civil palestiniana nos territórios ocupados, «ficaram por documentar», destaca num comunicado, hoje emitido, o Ministério palestiniano dos Negócios Estrangeiros.

Fontes isrealitas contactadas pelo Haaretz afirmaram que houve uma diminuição do número de incidentes violentos relativamente 2018, tendo-se registado, no entanto, um ascenso contínuo dos chamados ataques de «price tag» («etiqueta de preço»), que consistem em vandalizar bens de palestinianos ou pintar graffiti com inscrições de ódio, refere o MPPM no seu portal.

Este aumento, associado à maior «gravidade da violência» e à maior «audácia dos responsáveis», faz lembrar a atmosfera que precedeu o fogo posto por colonos israelitas na aldeia de Duma (Cisjordânia ocupada), em Julho de 2015, em que perderam a vida três membros da família Dawabsheh, incluindo um bebé de 18 meses. Nesse ataque, o único sobrevivente foi o filho mais velho, Ahmed, de quatro anos.

Um ataque perpetrado recentemente, lembra o MPPM, foi o que ocorreu no bairro de Shoafat, em Jerusalém Oriental ocupada, em que 160 carros apareceram com os pneus furados. «Os veículos foram vandalizados em cinco zonas diferentes, o que implica um grande número de participantes e muito de tempo para perpetrar o crime», explica o organismo solidário português, acrescentando que, em Novembro, diversos carros foram cobertos de inscrições e incendiados em quatro aldeias palestinianas.

Os ataques à população palestiniana incluem o corte e a queima de árvores, a apreensão de terras à força, o corte de pneus, acções violentas contra as casas com o propósito de ferir os seus ocupantes, vandalismo de estruturas e equipamentos, destruição de sistemas de água e de estradas, lançamento de pedras contra carros que circulam nas estradas da Margem Ocidental perto dos colonatos, disparos contra pessoas, sobretudo nos pontos de controlo (checkpoints) e com os mais «fracos» pretextos, entre muitas outras coisas, refere o comunicado hoje emitido pelas autoridades palestinianas e citado pela agência Wafa.

Conivência das forças israelitas e impunidade

Dos 256 incidentes violentos documentados em 2019 pelo Haaretz, cerca de 200 dizem respeito ao arranque de árvores e a outros ataques não letais, e um quarto dos ataques foram realizados por elementos do colonato de Yitzhar, que é descrito como «o coração pulsante da extrema direita».

O MPPM sublinha que «os colonos atacantes sabem que não têm razões para se preocupar», sendo que muitos dos ataques contra «propriedades agrícolas palestinianas, nomeadamente olivais, são realizados sob os olhos de soldados israelitas, que defendem os atacantes e reprimem os palestinianos que tentam proteger os seus bens».

Nos raros casos em que são alvo de uma acção judicial, os judeus que vivem nos colonatos ilegais são julgados ao abrigo do direito israelita. Já os palestinianos, presos às centenas e mortos a tiro ao mínimo pretexto, são acusados de terrorismo e vivem sob a alçada do regime militar israelita em vigor desde a ocupação da Cisjordânia, em 1967.

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Ghassan Daghlas, funcionário da Autoridade Palestiniana que monitoriza as actividades de expansão dos colonatos, disse à WAFA que os colonos entraram em muitas casas e atacaram as famílias que lá viviam. Os feridos – alguns com gravidade – tiveram de ser levados para diversos hospitais em Nablus.

Entre quinta e sexta-feira, a WAFA registou ainda ataques de colonos extremistas em Burqa, al-Khalil (Hebron) e Jenin.

Mais de 600 mil israelitas vivem colonatos só para judeus, construídos desde 1967, em Jerusalém Oriental e na Margem Ocidental ocupada. Todos os colonatos israelitas são considerados ilegais à luz do direito internacional.

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No mesmo período, refere o organismo das Nações Unidas, 1392 palestinianos, incluindo 663 crianças, foram deslocados devido à violência dos colonos e a «restrições de acesso».

Recentemente, a 6 de Julho, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos destacou que a nova onda de ataques por parte de colonos «se enquadra nas tendências de longa data de violência organizada contra os palestinianos, cometida com impunidade e com o apoio» das forças israelitas.

Estes ataques «ocorrem num momento em que o governo de Israel toma medidas evidentes que poderiam facilitar a anexação de terras palestinianas, em violação do direito internacional», acrescentou.

Demolições e confiscos

No seu relatório de actualização, a UNOCHA afirma ainda que, entre 7 de Outubro e 8 de Julho, as autoridades israelitas demoliram – ou obrigaram à demolição – e confiscaram 1117 estruturas palestinianas por toda a Cisjordânia ocupada.

Destas, 38% eram casas habitadas. Em resultado disso, 2524 pessoas foram deslocadas, incluindo 1113 crianças, precisa o texto.

Das pessoas deslocadas, 43% (1093) foram-no devido à falta de autorizações de construção (caras e difíceis de obter); 7% (170) foram-no no contexto de demolições punitivas.

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Em Março deste ano, a organização não governamental Save the Children e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) já tinham alertado para os sistemáticos bombardeamentos israelitas contra as infra-estruturas educativas na Faixa de Gaza, contribuindo para «agravar uma situação humanitária já por si grave».

De acordo com o Ministério palestiniano da Saúde, pelo menos 39 653 palestinianos foram mortos na Faixa de Gaza desde 7 de Outubro, enquanto 91 535 ficaram feridos.

No mesmo período, mais de 615 palestinianos foram mortos pelas forças de ocupação sionistas na Margem Ocidental, 12 dos quais ontem, em raides contra Jenin, Aqqaba e Kafr Qud, indica a Al Jazeera.

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De acordo com o Ministério palestiniano da Educação, outras 58 mil crianças foram afectadas – aquelas que deviam começar hoje a frequentar as aulas do primeiro ano do ensino básico.

A tutela revelou ainda que 39 mil estudantes foram impedidos de realizar os seus exames de nível secundário desde 7 de Outubro último.

A isto, acresce o facto de 11 500 menores em idade escolar terem sido mortos, entre os 25 mil menores que foram mortos ou feridos no contexto da agressão israelita, refere a Al Jazeera.

Ainda segundo o Ministério da Educação, 90% das 307 escolas públicas no território foram destruídas, mais de 750 trabalhadores do sector foram mortos e milhares ficaram feridos devido aos ataques aéreos e de artilharia israelitas.

«Quanto mais tempo as crianças se mantiverem fora da escola, mais difícil será para elas recuperarem a aprendizagem perdida e mais se arriscam a tornar-se uma geração perdida, sendo vítimas da exploração, incluindo o casamento infantil, o trabalho infantil e o recrutamento para grupos armadas», declarou a propósito Juliette Touma, directora de comunicações da UNRWA (agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos).

Entretanto, mesmo num contexto de elevada tensão e agressões sionistas crescentes, o novo ano escolar começou hoje na Margem Ocidental ocupada, envolvendo mais de 806 mil estudantes e 51 400 professores, refere a Wafa.

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No contexto da «brutal agressão militar» lançada por Israel contra a Faixa de Gaza «com o pretexto de silenciar a resistência» palestiniana, foram mortos mais de 41 220 palestinianos (estimando-se que pelo menos 15 mil sejam crianças) e mais de 95 410 ficaram feridos – uma grande parte dos quais são também crianças.

As instalações escolares têm sido particularmente visadas por Israel, que «alega que albergariam resistentes palestinianos», refere a nota, na qual o MPPM sublinha que tal alegação «não se coaduna com o facto de muitas das vítimas serem crianças e que não pode ser validada porque Israel recusa a presença de comissões de inquérito independentes».

«Escolas e hospitais têm servido de abrigo temporário para a maioria dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza que Israel mantém em permanente deslocação forçada», afirma.

O povo palestiniano não está só

O organismo solidário português destaca a solidariedade internacionalista que tem sido expressa pelo mundo fora ao povo palestiniano, para afirmar: «Mas é preciso mais.»

Neste contexto, declara a necessidade de «denunciar todas as formas de cooperação com o governo genocida de Israel» e de «suspender os programas europeus de financiamento de projectos que Israel desvia para alimentar a sua máquina de guerra».

Também diz ser preciso «cortar os laços com as universidades israelitas instaladas em colonatos ou envolvidas em projectos militares» e pôr fim a transacções de material militar com Israel».

«É preciso que cada pessoa se informe e se abstenha de contribuir para a economia de guerra de Israel ao adquirir produtos israelitas ou de empresas que beneficiam economicamente do sistema de colonização e de apartheid israelita», defende o MPPM.

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