|Palestina

Cerca de 800 mil palestinianos privados do direito à educação na Faixa de Gaza

Pelo menos 800 mil estudantes dos vários níveis de ensino foram privados do direito à educação desde o início da ofensiva israelita contra o enclave costeiro, denunciaram as autoridades palestinianas.

Crianças palestinianas inspeccionam uma escola da ONU a funcionar como abrigo para deslocados, danificada durante os bombardeamentos israelitas a Khan Younis, no Sul da Faixa de Gaza, a 21 de Junho de 2024 Créditos / PressTV

Num comunicado emitido este sábado, o Ministério palestiniano da Educação afirma que, desde 7 de Outubro, Israel «atacou deliberadamente crianças, mulheres e civis, matando, ferindo e detendo dezenas de milhares, incluindo milhares de estudantes e trabalhadores da educação».

No sábado de manhã, cerca de 50 mil estudantes realizaram o exame final do Ensino Secundário (Tawjihi) nas diversas províncias da Margem Ocidental ocupada e em escolas palestinianas no estrangeiro, mas, na Faixa de Gaza, «a guerra genocida de Israel» impediu os estudantes de fazer o mesmo.

De acordo com as autoridades, este ano 40 mil estudantes das várias áreas do Ensino Secundário não poderão participar nas sessões de exame, o que constitui «uma violação sem precedentes que ameaça o seu futuro e mina as suas possibilidades de avançar para universidades locais e internacionais».

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França forneceu a Israel armas para bombardear civis em Gaza, afirma investigação

França aprovou a venda de equipamento bélico utilizado por Israel para bombardear alvos civis na Faixa de Gaza, incluindo um hospital, revelou esta semana o meio francês sem fins lucrativos Disclose.

Crianças palestinianas numa zona destruída co campo de refugiados de Nuseirat, na região central da Faixa de Gaza, em Junho de 2024 Créditos / PressTV

Dezenas de documentos confidenciais obtidos pelo meio de comunicação revelaram que a empresa francesa Thales entregou recentemente a Israel componentes electrónicos que foram usados ​​para construir os drones armados Hermes 900.

França detém uma participação de 26% na empresa, afirma a reportagem de investigação, de acordo com a qual «a empresa francesa entregou a Israel equipamento de comunicação durante 2024», apesar das repetidas afirmações por parte do ministro francês da Defesa de que «as exportações de armas [para Israel] estavam limitadas a equipamento militar defensivo, usado na Cúpula de Ferro [Iron Dome] para confrontar os rockets da resistência palestiniana».

O Disclose citou o chefe do Esquadrão 166 de Israel, que pilota drones de assalto Hermes 900, a admitir ter atacado um hospital em Khan Younis em Fevereiro, depois da entrega, por parte de França, do equipamento de reconhecimento, vigilância e aquisição de alvos.

«Pelo menos oito desses transponders deveriam voar para Israel entre Dezembro de 2023 e o final de Maio de 2024», afirma o meio. «Isso é vários meses depois dos primeiros bombardeamentos aéreos. Dois transponders foram entregues em 2024… Os outros seis terão sido parados na alfândega francesa», acrescenta.

De acordo com o Disclose, a Direcção-Geral de Relações Internacionais do Ministério das Forças Armadas francesas afirmou que os oito transponders TSC 4000 IFF não podiam ser «vendidos, doados, alugados ou transformados sem o acordo prévio do governo francês».

O meio de comunicação francês sem fins lucrativos afirma que a licença de exportação para este equipamento de guerra foi «aprovada pelas altas esferas do poder» no país europeu.

Desde 7 de Outubro, as forças de ocupação israelitas atacaram de forma incessante a Faixa de Gaza cercada há 17 anos, provocando a morte a pelo menos 37 396 pessoas e ferindo 85 523.

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O texto, citado pela agência Anadolu, destaca que «85% das instalações educativas ficaram fora de serviço» no enclave «devido a ataques directos e deliberados, colocando um desafio de monta aos esforços para retomar o processo educacional após o fim da guerra».

Passando ao largo de uma resolução aprovada no Conselho de Segurança da ONU a exigir um cessar-fogo imediato, Israel tem enfrentado críticas crescentes por dar continuidade à brutal ofensiva que lançou contra Gaza há mais de oito meses.

Unrwa: atingidos 69% dos edifícios escolares usados como abrigos

A agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos afirmou que as forças israelitas atingiram 69% dos edifícios escolares usados como abrigos para pessoas deslocadas na Faixa de Gaza

Na sua conta de Twitter (X), a Unrwa indicou, este domingo, que os edifícios referidos «foram directamente atingidos ou danificados», vincando que «este desprezo flagrante pelo direito humanitário tem de parar». Afirmou ainda: «Precisamos de um cessar-fogo já».

Na sexta-feira, o mesmo organismo já havia referido que pelo menos «76% das escolas na Faixa de Gaza necessitam de uma grande reconstrução ou reabilitação para voltarem a funcionar».

Com a ofensiva israelita a prosseguir de forma incessante, este domingo, as autoridades de Saúde em Gaza revelaram que, desde 7 de Outubro último, 37 598 palestinianos foram mortos no enclave como resultado dos ataques sionistas (dados confirmados). No mesmo período, 86 032 pessoas ficaram feridas em resultado desses ataques.

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