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Na Cimeira dos Povos, Delcy Rodríguez sublinha a resistência do povo venezuelano

Em Bruxelas, a vice-presidente da Venezuela destacou a capacidade de resistência do povo venezuelano face às agressões económica, financeira e política que marcam este período histórico do seu país.

A vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, a intervir na Cimeira dos Povos, a 17 de Julho de 2023 
Créditos / @CumbrePueblos23

No final do primeiro dia da Cimeira dos Povos, que decorre na Universidade Livre de Bruxelas, teve lugar o Festival da Solidariedade Cultural entre os Povos Latino-americanos, Caribenhos e Europeus, que contou com muita animação musical e intervenções de dirigentes políticos de ambos os lados do Atlântico.

Do lado latino-americano, houve participação de peso, com a presença de chefes de Estado como Díaz-Canel (Cuba), Gustavo Petro (Colômbia), Luis Arce (Bolívia) e a vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez.

Ao intervir perante um auditório cheio, Rodríguez afirmou que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, «não está encurvado» e que «o povo venezuelano está de pé e erguido».

«Se vocês podem ter a certeza de alguma coisa, é que, digo-vos com humildade, não passarão, na Venezuela o fascismo não passará», frisou.

Auditório do Festival da Solidariedade Cultural entre os Povos Latino-americanos, Caribenhos e Europeus, na Universidade Livre de Bruxelas / @CumbrePueblos23

A vice-presidente lembrou que tentaram tudo contra a Revolução Bolivariana e chavista, que forjou as suas raízes históricas e anti-imperialistas na «autodeterminação do nosso povo em processo de independência nacional».

Em 2019, iniciou-se um perigoso processo de agressão contra o país sul-americano, como não se havia conhecido antes, com um «bloqueio criminoso sem precedentes», denunciou Rodríguez.

A este propósito, prestou homenagem a Cuba, que «há seis décadas se mantém firme e de pé face a esse mecanismo de extorsão e de chantagem para fazer render os povos», disse, em alusão ao cerco económico, comercial e financeiro imposto à Ilha pelos Estados Unidos.

Depois de recordar várias formas de agressão contra a soberania e a integridade territorial da Venezuela, para tomar o poder pela força, Delcy Rodríguez alertou que, actualmente, o fascismo está, nas novas versões do neofascismo, presente em todos os cantos do mundo.

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Com intenso programa, começa em Bruxelas a Cimeira dos Povos

De forma paralela à III Cimeira Celac-UE, a Cimeira dos Povos propõe encontros, conferências e debates em defesa da paz e da soberania. Vários chefes de Estado latino-americanos estarão na sessão de encerramento.

Sessão de apresentação da Cimeira dos Povos 2023  
Créditos / @CumbrePueblos23

No encontro de dois dias, que terá como sede a Universidade Livre de Bruxelas, irão participar representantes de movimentos populares, sindicatos, grupos de migrantes, partidos políticos progressistas, associações solidárias de ambos os continentes.

A Cimeira dos Povos, cujo intenso programa de actividades previstas para hoje e amanhã pode ser consultado na Internet, irá decorrer de forma paralela à III Cimeira União Europeia (UE)- Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribeños (Celac), como modo de afirmar que, em ambos os lados do Atlântico, os povos exigem aos seus líderes que apostem em relações de respeito e mutuamente benéficas.

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Pineda: «Os povos querem soberania, não submissão aos EUA»

Manu Pineda, deputado ao PE, disse que a Cimeira dos Povos, prevista para Bruxelas este mês, é uma oportunidade para reafirmar que os povos latino-americanos, caribenhos e europeus querem paz e soberania.

Manu Pineda 
Créditos / eldiario.es

«Andamos há meses a trabalhar numa agenda ambiciosa e confiamos no seu êxito e no objectivo de reforçar os laços que nos unem», disse o comunista espanhol à Prensa Latina, a propósito do encontro que terá lugar em Bruxelas a 17 e 18 de Julho, de forma paralela à Cimeira União Europeia (UE)-Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac).

Manu Pineda destacou este espaço de encontro, que permite que organizações políticas, culturais, sociais e sindicais de ambos os lados do Atlântico trabalhem juntas, enfrentando os desafios da humanidade sem qualquer subordinação a Washington.

Para o deputado espanhol ao Parlamento Europeu (PE), merece particular destaque o facto de que a América Latina e as Caraíbas constituam uma região de paz, assim declarada em 2014 na cimeira da Celac que decorreu em Havana.

«A Europa deve também caminhar nessa direcção; é urgente deixar de alimentar a guerra e abandonar a escalada geopolítica imperante», advertiu o membro do Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Nórdica Verde (GUE/NGL) no PE.

Manu Pineda disse ainda à Prensa Latina que a Cimeira dos Povos em Bruxelas será um ponto de encontro, tendo como meta a partilha de experiências de luta e de resistência.

«Constitui um fórum muito importante porque evidencia que há outra maneira de compreender o mundo, que os povos da América Latina, das Caraíbas e da Europa querem paz e soberania, e não submissão aos ditames norte-americanos», frisou.

cumbredelospueblos2023.com

Neste sentido, defendeu que o êxito da cimeira alternativa está garantido, tendo em conta «a altíssima participação que já temos confirmada».

«Nestes dias que antecedem o evento, o trabalho é árduo, sobretudo para ultimar detalhes, mas estamos optimistas e a desejar que chegue o momento», disse.

Um grande evento popular

No portal da Cimeira dos Povos 2023, informa-se que as actividades paralelas à Cimeira dos chefes de Estado e de Governo da Celac e da UE vão decorrer de 15 a 18 de Julho.

Trata-se de «um evento popular, de grande participação, aberto às mais variadas reflexões», explica o portal, acrescentando que as actividades propostas incluem debates, workshops, encontros, uma manifestação e um festival cultural musical.

Entre outras coisas, o encontro permitirá «promover um modelo alternativo de desenvolvimento, cooperação e integração mais justo, solidário e sustentável», bem como promover relações entre os povos e os governos assentes na não ingerência, na soberania e na autodeterminação.

Permite ainda partilhar experiências de luta e resistência, e estreitar laços entre movimentos populares, sindicatos, grupos de migrantes, partidos políticos, associações solidárias de ambos os contentes.

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A defesa da paz e da soberania será um dos temas em destaque, assim como o bloqueio imposto a Cuba, as sanções e outras formas de guerra suja, a descolonização, a ecologia, relações Norte-Sul mais justas, as migrações e a crise do capitalismo.

Em declarações recentes à imprensa, o deputado comunista espanhol ao Parlamento Europeu (PE) Manu Pineda afirmou que se trata de «um fórum muito importante porque evidencia que há outra maneira de compreender o mundo, que os povos da América Latina, das Caraíbas e da Europa querem paz e soberania, e não submissão aos ditames norte-americanos».

Por seu lado, a presidente do movimento Intal Globalize Solidarity, Paula Polanco, sublinhou que, na Cimeira dos Povos em Bruxelas, vão ser defendidos três princípios: «respeito pela soberania e autodeterminação, respeito pela decisão da Celac sobre a paz e apoio ao surgimento de um mundo multipolar».

Vários chefes de Estado na sessão de encerramento

Na sua conta de Twitter, Pineda informou que os presidentes da Argentina, Alberto Fernández, da Bolívia, Luis Arce, da Colômbia, Gustavo Petro, e de Cuba, Díaz-Canel, estarão presentes no acto de encerramento de amanhã.

«Os povos da Europa, América Latina e Caraíbas avançam juntos», expressou o comunista espanhol a propósito.

De acordo com a informação divulgada, estarão igualmente presentes na sessão de encerramento os ministros dos Negócios Estrangeiros da Venezuela, Yván Gil, e do México, Alicia Bárcena.

A sessão será moderada por Manu Pineda e por Sandra Pereira, deputada do PCP ao PE.

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Referindo-se aos anos de resistência da Revolução Bolivariana, a Chávez, a Fidel e a Daniel Ortega, disse que «protegemos a América Latina do fascismo, [impedindo] que com essas agressões chegue ao poder político», refere a Prensa Latina.

Guaidó, uma figura criada nos EUA

Sobre Juan Guaidó, figura da oposição agora a residir nos EUA, a vice-presidente afirmou que «nunca foi um plano político para a Venezuela, não o podia ser, porque, se alguém despreza o povo, é esse senhor que um dia disse "sou presidente da Venezuela porque tenho as calças de Donald Trump"».

Rodríguez sublinhou que a figura de Guaidó foi criada nos EUA como parte de um plano «para roubar o povo venezuelano, os seus activos, o seu dinheiro nos bancos e congelar as propriedades» do país caribenho no estrangeiro.

No festival solidário da Cimeira dos Povos, Rodríguez deixou ainda um abraço e uma mensagem de esperança enviados por Nicolás Maduro, por saber o que estão a viver os povos europeus apanhados pela crise económica, a inflação, a negação do direito à habitação e a falta de esperança – que se deve à falta de respeito pelo direito internacional.

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