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No Dia da Dignidade Nacional, Maduro denuncia novas manobras imperialistas

Nas comemorações da revolta cívico-militar de 4 de Fevereiro de 1992, o presidente da Venezuela revelou que um navio de guerra dos EUA tentou entrar recentemente em águas territoriais venezuelanas.

Nicolás Maduro destacou que, com a revolta cívico-miltar de há 28 anos, liderada por Hugo Chávez, a Venezuela conquistou a independência, a paz e a dignidade
Créditos / VTV

Ao discursar no Quartel da Montanha, em Caracas, no decorrer das cerimónias oficiais de comemoração do Dia da Dignidade Nacional e do 28.º aniversário da revolta liderada pelo comandante Hugo Chávez contra o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o imperialismo, Nicolás Maduro afirmou, esta terça-feira, que um barco de guerra norte-americano tentou entrar em águas venezuelanas.

No Bairro 23 de Enero, o chefe de Estado disse ainda que um grupo de mercenários financiados e treinados pelo governo da Colômbia foi enviado para a Venezuela com o objectivo de levar a cabo ataques terroristas contra unidades militares, indica a TeleSur.

A este propósito, mostrou-se confiante em que sejam capturados e punidos pela Justiça venezuelana, e exortou a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) a defender a soberania nacional.

Lamentou que a extrema-direita venezuelana insista em apoiar acções que põem em causa «a estabilidade do Estado e do sistema democrático». «Enquanto a direita continua a vender a pátria, nós, que amamos a Venezuela, temos de avançar na ofensiva», frisou.

Apesar de todas as dificuldades que o país enfrenta devido à perseguição económica, Nicolás Maduro destacou o facto de a Venezuela ser, hoje, um país diferente de há 28 anos: «Conquistámos a independência, a paz e a dignidade», disse, citado pela Prensa Latina.

Cabello: «Não nos vamos render»

Ao intervir na cerimónia que ontem teve lugar no Quartel da Montanha, o presidente da Assembleia Nacional Constituinte, Diosdado Cabello, sublinhou que a Venezuela é «uma referência na luta pela dignidade no mundo», acrescentando que são muitos os que no país estão unidos em torno «da defesa da pátria, da independência, da soberania, da liberdade». «Não nos vamos render», clamou.


Ao referir-se à revolta cívico-militar de 4 de Fevereiro de 1992, afirmou que se tratou de um «levantamento contra o imperialismo que de facto governava o país» e destacou as diferenças entre a Venezuela de então, sujeita aos ditames do FMI, e a de hoje, com a vigência da Revolução Bolivariana, depois de Chávez na presidência e com Maduro a assumir o seu legado, porque acabaram as privatizações e a repressão, e teve início o reconhecimento dos direitos do povo, que haviam sido negados durante tantos anos.

A revolta de 4 de Fevereiro de 1992 foi um levantamento cívico-militar liderado por Hugo Chávez, que travou o pacote de receitas neoliberais do FMI implementado durante a Quarta República e que mantinha o povo venezuelano numa situação de profunda crise social, política e económica. Foi o ponto de partida para o fim da Quarta República e para concretizar a Revolução Bolivariana.

Milícia Nacional Bolivariana passa a fazer parte da FANB

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, sublinhou que, a partir desta terça-feira, a Milícia Nacional Bolivariana se integra na FANB como elemento especial. Esta alteração faz parte da Lei Constitucional das Forças Armadas, aprovada pela Assembleia Nacional Constituinte, e visa reforçar o exercício da independência e da soberania, para garantir a integridade territorial do país sul-americano.

De acordo com a VTV, a nova legislação reforça o carácter popular e a união cívico-militar, e o sistema defensivo territorial; valoriza a formação integral e contínua dos militares venezuelanos, bem como os princípios e valores daqueles que integram a FANB, entre outros aspectos.

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