De acordo com a Sociedade de Prisioneiros Palestinianos (SPP), o estado de saúde de Halabiyah é crítico. Tal como os demais presos em greve de fome, recusa-se a comer e a beber, em protesto contra a sua detenção ilegal, sem julgamento ou acusação formada.
Huthayfa Halabiyah, de Abu Dis, localidade a leste de Jerusalém, encontra-se em regime de detenção administrativa há mais de um ano. Preso a 10 de Junho de 2018, foi colocado nesse regime de detenção por um período de seis meses, que foi renovado por mais seis meses e, posteriormente, por mais quatro.
A detenção administrativa, sem julgamento ou acusação, permite a Israel manter os palestinianos presos por períodos com a duração de seis meses, renováveis indefinidamente. Desde que Halabiyah entrou em greve de fome, as autoridades israelitas têm-no mudado constantemente de prisão como forma de castigo e para o «vergar», referiu a SPP, citada pela agência WAFA.
Também lhe proibiram as visitas familiares e, apesar da gravidade do seu estado clínico, quando foi visitado, no passado dia 12 de Agosto, por uma advogada da Addameer (Associação de Apoio e Direitos Humanos dos Presos), apareceu com as mãos e os pés amarrados à cadeira de rodas.
Além de Huthayfa Halabiyah, há mais sete presos palestinianos em greve de fome contra o regime de detenção administrativa. Inicialmente, foi revelado o protesto de seis deles: Huthayfa Halabiyah, há 50 dias em greve de fome, Ahmad Ghannam (37 dias), Sultan Khallouf (33), Ismail Ali (27), Wajdi al-Awawdeh (22) e Tareq Qa'adan (20).
Este domingo, a SPP revelou que havia mais dois prisioneiros em greve de fome: Nasser al-Jada, há 13 dias, e Thaer Hamdan, há oito dias. Estima-se que, neste momento, haja mais de 400 presos palestinianos em regime de detenção administrativa.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui