De acordo com o comando das tropas russas no país árabe, nas últimas 24 horas as operações militares conjuntas russo-sírias eliminaram mais de 320 terroristas em vários pontos do Noroeste do país, na sequência da ofensiva da Frente al-Nusra na passada quarta-feira.
A TV estatal síria informou que, nos últimos quatro dias, pelo menos 1350 terroristas foram mortos em bombardeamentos e combates travados com o Exército.
Depois de reposicionar as suas tropas na província de Alepo na passada sexta-feira, na sequência da potente ofensiva terrorista, o Exército Árabe Sírio formou uma linha defensiva de 150 quilómetros no Norte da província da Hama.
Fontes no terreno e o correspondente da Al Mayadeen deram conta, ontem, do grande avanço realizado pelas tropas sírias, com o apoio da aviação russa, nas províncias de Hama e Alepo, bem como de múltiplos bombardeamentos sobre posições terroristas na província de Idlib.
Ao comentar a situação, o presidente sírio, Bashar al-Assad, disse que o terrorismo só entende a linguagem da força e sublinhou a determinação do povo sírio, que nos últimos anos teve de fazer frente ao terrorismo, em o erradicar de uma vez por todas.
Assad, que valorizou o papel dos aliados e amigos na luta contra as operações terroristas apoiadas por forças estrangeiras, disse ainda que desmantelar a estrutura e secar as fontes do terrorismo na Síria beneficia toda a região, indicam a Al Mayadeen e a Prensa Latina, em referência a declarações efectuadas à Sana.
Solidariedade e apoio internacional
Cuba, Nicarágua, Venezuela, Rússia, China, Palestina, Irão, Iraque, Emirados Árabes Unidos, ALBA-TCP e Liga Árabe são alguns dos países e organismos internacionais que declararam apoio e solidariedade ao governo de Damasco no contexto da maior ofensiva terrorista que o país enfrenta nos anos mais recentes.
Responsáveis políticos e militares iranianos têm repetido que Israel e os EUA estão por trás da ofensiva extremista da semana passada no Norte da Síria, e declarado a disponibilidade do país persa para ajudar o governo e o exército sírios.
Um general iraniano declarou este domingo à Al Jazeera que esta ofensiva foi «um grande erro político», depois do cessar-fogo estabelecido em 2020 entre o governo de Bashar al-Assad e grupos extremistas em Idlib.
«Esta acção é a extensão da guerra no Líbano e em Gaza à Síria e [assim] apoiamos a Síria, o seu governo e exército», disse o general Rezaei.
Por seu lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araghchi, deslocou-se ontem a Damasco, onde se reuniu com o presidente sírio e lhe declarou o apoio total na luta contra o terrorismo e na defesa da segurança e da estabilidade regionais.
O diplomata destacou a ligação de Israel aos grupos terroristas e afirmou que estes servem para implementar os «objectivos sinistros do inimigo de espalhar a insegurança na região», refere a PressTV.
Numa conversa telefónica, também o primeiro-ministro do Iraque, Muhammad Shia al-Sudani, disse que a ofensiva terrorista no Norte da Síria faz parte da tentativa israelita de minar a segurança na região e desintegrar o país levantino, tendo apelado aos países da região e à chamada comunidade internacional para que tomem medidas contra a disseminação do terrorismo.
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