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Palestinianos exigem a libertação de Khalida Jarrar para funeral da filha

Activistas de direitos humanos dizem que Israel deve permitir que Khalida Jarrar compareça ao funeral da sua filha Suha, que foi encontrada morta em sua casa em Ramallah.

Khalida Jarrar, dirigente da Frente Popular de Libertação da Palestina (FPLP) e ex-deputada ao parlamento palestiniano, é libertada das prisões israelitas após 20 meses de detenção sem culpa formada. Nablus, Cisjordânia, 28 de Fevereiro de 2019.
CréditosNedal Eshtayah / Anadolu Agency

Activistas palestinianos e grupos de direitos humanos pediram às autoridades israelitas que libertem Khalida Jarrar, militante da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), defensora dos direitos dos presos, dos direitos das mulheres e ex-deputada do Conselho Legislativo Palestiniano (Parlamento), que cumpre pena de prisão por «incitamento à violência» e pertença a «organização banida».

Os serviços penitenciários israelitas negaram, esta segunda-feira, o pedido de Jarrar para comparecer ao funeral, de acordo com os meios de comunicação locais.

Suha Jarrar, 31 anos, foi encontrada morta na noite de domingo em sua casa, na cidade ocupada de Ramallah, na Cisjordânia. De acordo com os relatórios, Jarrar morreu de um ataque cardíaco. A jovem Jarrar trabalhava como investigadora jurídica e oficial de defesa na Al-Haq, uma organização palestiniana de direitos humanos, com sede em Ramallah.

Alguns de seus trabalhos mais proeminentes debruçaram-se sobre os efeitos ambientais da ocupação israelita. Num relatório de 2019, ela argumentou que as políticas discriminatórias de Israel impedem que os palestinianos na Cisjordânia ocupada sejam capazes de se adaptar às alterações climáticas.

No seu obituário, Al-Haq disse que Suha era «uma defensora ferrenha dos direitos do povo palestiniano à auto-determinação, liberdade e dignidade». Al-Haq referiu ainda ter enviado um apelo urgente às Nações Unidas pedindo a libertação «imediata e incondicional» de Jarrar das prisões israelitas para se despedir da sua filha. Activistas palestinianos fizeram também circular uma petição online pedindo a sua libertação.

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