A «International Week of Action to Free Ahmad Sa'adat», que se insere numa campanha internacional mais ampla pela libertação do secretário-geral da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), é organizada, tal como em anos anteriores, pela Samidoun – Rede de Solidariedade com os Prisioneiros Palestinianos.
A data de início desta «Semana Internacional» – que se prolonga até ao próximo dia 22, com iniciativas já programadas em vários pontos do globo – não é um acaso: foi a 15 de Janeiro de 2002 que a Autoridade Palestiniana, num contexto de «cooperação de segurança» com o inimigo sionista, prendeu o dirigente histórico da FPLP.
A 14 de Março de 2006, as forças de ocupação israelitas levaram a cabo um ataque contra a prisão de Jericó, onde o secretário-geral e vários camaradas da FPLP se encontravam aprisionados, à guarda da Autoridade Palestiniana, e levaram-nos para Israel – onde, lembra o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM), Ahmad Sa'adat, deputado eleito ao Conselho Legislativo Palestiniano (parlamento), viria a ser condenado a 30 anos de prisão por um tribunal militar israelita, que o acusou de dirigir uma «organização terrorista ilegal», ou seja, de «ser um dirigente da resistência palestiniana à ocupação e repressão sionistas».
Numa nota em que saúda a Semana Internacional pela Liberdade de Ahmad Sa'adat – e a ela se associa –, o MPPM recorda que, «mesmo dentro das prisões, Ahmad Sa'adat prosseguiu a luta, participando em todas as greves da fome, protestos e lutas do movimento dos presos políticos palestinianos».
«Ahmad Sa'adat e outros destacados militantes e dirigentes da causa da libertação do povo palestiniano encarcerados, como Marwan Barghouti, Khalida Jarrar e Karim Younis, são um símbolo da firmeza e heroísmo na resistência ao criminoso regime sionista, que há longas décadas ocupa a terra e oprime o povo palestiniano, ao arrepio do direito internacional e das resoluções da ONU», sublinha o MPPM.
Actualmente, encontram-se nas cadeias de Israel, em virtude da «sua acção de resistência à ocupação israelita, 5500 presos políticos palestinianos, incluindo 540 cumprindo prisão perpétua e 480 em detenção administrativa», um regime ao abrigo do qual Israel pode manter os palestinianos presos por períodos de seis meses indefinidamente renováveis, sem julgamento nem culpa formada e sem sequer justificar os motivos da detenção.
Destacando «as duras e indignas condições de encarceramento e as violências» a que os presos políticos palestinianos são sujeitos – frequentemente denunciadas por organizações de direitos humanos – o MPPM afirma que a exigência da sua libertação das cadeias israelitas é não só «uma questão humanitária da mais elementar justiça», mas também uma questão política central «para uma solução justa da questão palestiniana» – «a par do fim da ocupação da Cisjordânia e do cerco da Faixa de Gaza, do estatuto de Jerusalém e da questão dos refugiados».
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