O Ministério palestiniano da Saúde confirmou, em comunicado, as três mortes na cidade de Nablus.
Identificando-as como Moath Masri, Ibrahim Jabr e Hasan Qatanani, o Ministério afirma que as caras de duas das vítimas ficaram completamente desfiguradas devido à intensidade dos disparos, dificultando a sua identificação, refere a agência Wafa.
Testemunhas oculares e imprensa local disseram que forças israelitas à paisana se infiltraram, esta madrugada, no Bairro de al-Yasmina, na Cidade Velha de Nablus, precedendo um grande contingente militar, que cercou uma casa e começou a disparar.
As mesmas fontes, indica a Wafa, disseram que as forças israelitas utilizaram granadas anti-tanque Energa e que impediram equipas médicas de se aproximar do local.
Aviões israelitas bombardearam a Faixa de Gaza, esta quinta-feira, em resposta ao lançamento de seis rockets a partir do enclave cercado, como represália pelo assassinato de 11 palestinianos em Nablus. A aviação de guerra israelita voltou a atacar a Faixa de Gaza, esta madrugada, alegando que os alvos eram um local de fabrico de armas e um complexo militar do Hamas. Colunas de fumo ergueram-se dos locais atingidos pelos mísseis, que provocaram danos em várias casas mas não vítimas mortais ou feridos, segundo refere a agência Wafa. O ataque israelita seguiu-se ao lançamento de pelo menos seis rockets por parte de grupos da resistência palestiniana para os territórios ocupados em 1948, como retaliação pelo massacre de 11 palestinianos, perpetrado pelas forças de ocupação no Norte da Cisjordânia. Segundo refere o portal The Cradle, o lançamento dos rockets – que foram interceptados pela defesa anti-aérea israelita – foi assumido pela Jihad Islâmica da Palestina e, concretamente, como «retaliação» pelo massacre de quarta-feira em Nablus. As forças de ocupação mataram pelo menos nove palestinianos e feriram mais 20 num raide em Jenin, esta quinta-feira, depois de ontem terem matado outros dois jovens na Cisjordânia ocupada. Um grande dispositivo militar israelita invadiu, esta manhã, a cidade de Jenin e o seu campo de refugiados, colocando franco-atiradores nos telhados das casas, refere a agência Wafa. Dos confrontos que se seguiram com jovens que tentaram bloquear a sua passagem, resultaram pelo menos nove mortos e 20 feridos, informou o Ministério palestiniano da Saúde. As vítimas mortais ainda não foram todas identificadas. Durante o ataque, indica a Wafa, o Clube do Campo de Jenin foi completamente arrasado. A ministra da Saúde, Mai al-Kaileh, disse que os trabalhadores do Crescente Vermelho presentes nas imediações foram impedidos de evacuar os feridos pelas forças israelitas. Acrescentou que, inclusive, dispararam contra uma das ambulâncias e lançaram bombas de gás lacrimogéneo contra a ala pediátrica do Hospital Governamental de Jenin, provocando casos de asfixia entre as crianças e as mães ali presentes. Salah Muhammad Ali, com 17 anos de idade, foi atingido a tiro no peito e veio a falecer no hospital, esta quarta-feira, informou o Ministério palestiniano da Saúde. As forças de ocupação mataram, esta quinta-feira, dois palestinianos no Norte da Cisjordânia, elevando para 17 o número de mortos pelas tropas israelitas desde o início do ano. As vítimas mortais foram identificadas como Adham Mohammad Jabarin, de 26 anos, e Jawad Farid Bawaqta, de 57. Em comunicado, o Ministério palestiniano da Saúde informou que o primeiro foi atingido com um disparo no ventre e que o segundo foi atingido no peito. Fontes locais disseram à agência Wafa que um grande dispositivo militar entrou no campo de refugiados de Jenin esta madrugada, provocando trocas de disparos com forças da resistência palestiniana e violentos confrontos com os residentes. Revelaram igualmente que Farid Bawaqta, professor do Ensino Secundário e pai de seis, foi morto por um franco-atirador israelita quando estava a prestar os primeiros socorros a Jabarin. Um palestiniano de 45 anos foi morto por forças israelitas, este domingo, junto à localidade de Silwad. É o 13.º a ser morto por forças de Telavive desde o início do ano, no espaço de duas semanas. Em comunicado, o Ministério palestiniano da Saúde informou que Ahmad Hassan Kahla, de 45 anos, faleceu no hospital de Ramallah, depois de ser atingido por vários projécteis. As forças israelitas alegaram que Kahla foi morto ao tentar agarrar a arma de um soldado e ao resistir a uma inspecção. No entanto, tanto testemunhas oculares como a imprensa palestiniana dão conta de uma discussão verbal entre o palestiniano e as tropas israelitas, que o obrigaram a sair da viatura em que se encontrava, antes de o atingirem com vários disparos. Um filho de Ahmad Hassan Kahla, que também se encontrava no carro, foi atingido com gás pimenta, indica a PressTV. O Ministério palestiniano dos Negócios Estrangeiros referiu-se ao caso como uma «execução atroz» e, num comunicado emitido este domingo, denuncia que Israel tornou mais «fácil para os soldados matar qualquer palestiniano sem que estes representem qualquer perigo para a ocupação». O portal The Cradle afirma que a situação na Palestina está a «chegar a um ponto de ebulição», com o governo recém-eleito de Netanyahu a pedir a anexação do pouco que resta da Palestina ocupada e os seus ministros a tomarem medidas e a levarem a cabo acções cada vez mais extremistas. Com o status quo de Jerusalém sob ameaça e os palestinianos a serem alvo de violência crescente da parte do Exército e dos colonos israelitas, a resistência palestiniana está a aumentar e – destaca a fonte – espera-se que dispare ainda mais, sobretudo na Margem Ocidental ocupada. É nesta região dos territórios ocupados que, como consequência dos raides israelitas e de vários confrontos, 13 palestinianos foram mortos em 2023, o último dos quais ontem. Logo no dia 2, as forças israelitas mataram Mohammad Samer Houshieh, de 22 anos, e Fouad Mahmoud Abed, de 25, na aldeia de Kafr Dan. Um dia depois deste raide, as tropas israelitas lançaram outro no campo de refugiados de Dheisheh, em Belém, onde mataram a tiro Adam Ayyad, de 15 anos. As forças israelitas mataram dois palestinianos e feriram três num raide nocturno na localidade de Kafr Dan, no Norte da Cisjordânia ocupada, onde fizeram explodir três apartamentos. Em comunicado, o Ministério palestiniano da Saúde informou que Mohammad Samer Houshieh, de 22 anos, foi morto ao ser atingido pelas forças israelitas com um disparo no peito, e que Fouad Mahmoud Abed, de 25, faleceu ao ser atingido na barriga. Um dos três feridos encontra-se em estado grave, precisou ainda o texto do Ministério, a que a agência Wafa faz referência. De acordo com a fonte, um grande contingente militar israelita entrou ontem à noite em Kafr Dan, a oeste de Jenin, com o intuito de garantir a demolição das casas de familiares directos de dois palestinianos que haviam sido mortos em 14 de Setembro do ano passado, durante um ataque ao posto de controlo militar de Jalama, no qual foi também morto um soldado israelita. Recorde-se que as autoridades israelitas advogam a política de destruição de edificações pertencentes de palestinianos autores de ataques e seus familiares – uma prática que é condenada como «punição colectiva» tanto pelas autoridades palestinianas como por grupos de defesa dos direitos humanos. A Wafa refere que se registaram confrontos em Kafr Dan e que os soldados israelitas abriram fogo, matando os jovens palestinianos referidos e ferindo três, antes de fazerem explodir três apartamentos e de deixarem 13 pessoas sem tecto. De acordo com os dados recolhidos pela agência, as forças israelitas mataram 224 palestinianos em 2022 – 52 dos quais na Faixa de Gaza e os restantes da Margem Ocidental ocupada. No sábado, o portal Middle East Eye publicou uma peça em que afirma que 2022 foi o ano mais mortífero para os palestinianos desde a Segunda Intifada, que terminou em 2005. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. A 5 de Janeiro, Amer Abu Zaytoun, de 17 anos, foi atingido com uma bala na cabeça por tropas israelitas, quando estas realizavam uma incursão no campo de refugiado de Balata, perto de Nablus. No dia 11, Sanad Samamra, de 18 anos, que ferira com uma faca um colono israelita no colonato ilegal de Havat Yehuda, a sul de Hebron, foi morto pelo Exército israelita. No mesmo dia, Ahmad Abu Junaid, de 21 anos, foi morto a tiro no campo de refugiados de Balata, perto de Nablus. No dia seguinte, Abdul Hadi Fakhri Nazzal, de 18 anos, e Habib Kamil, de 25, foram mortos a tiro por soldados em Qabatia, perto de Jenin. Também nesse dia, Sameer Aslan, de 41 anos, foi morto a tiro quando tentava impedir que o seu filho fosse detido, no campo de refugiados de Qalandiya. No dia 13 de Janeiro, Ezzeddine Bassem Hamamra, de 24 anos, e Amjad Khaliliya, de 23, foram mortos a tiro quando confrontavam as forças de ocupação na localidade de Jaba, a sul de Jenin. Um dia depois, um dos palestinianos feridos no raide a Kafr Dan, a 2 de Janeiro, Yazan Samer al-Jaabari, não resistiu aos ferimentos e faleceu. De acordo com os dados recolhidos pela agência Wafa, em 2022 as forças israelitas mataram 224 palestinianos – 52 dos quais na Faixa de Gaza e os restantes da Margem Ocidental ocupada. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Outros três palestinianos ficaram feridos com fogo real e mais quatro foram detidos, refere a Wafa, denunciando que os soldados impediram que ambulâncias chegassem ao local onde os feridos se encontravam. Mohammad Jabarin e Farid Bawaqta foram declarados mortos pouco depois de chegarem ao hospital, para onde foram levados em viaturas particulares. O primeiro-ministro da Palestina, Mohammad Shtayyeh, condenou os «assassinatos criminosos» desta manhã em Jenin e voltou a pedir à chamada comunidade internacional apoio em defesa do povo palestiniano. Em Jenin, foi declarada uma greve geral. Só desta província palestiniana da Margem Ocidental ocupada são nove dos 17 palestinianos que as forças israelitas mataram desde o início do ano. De acordo com os dados recolhidos pela Wafa, em 2022 as tropas israelitas mataram 224 palestinianos – 52 dos quais na Faixa de Gaza e os restantes na Cisjordânia ocupada. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Depois de pronunciada a morte do adolescente, foi declarada uma greve geral de três dias no campo de refugiados de Shufat, na parte Nordeste de Jerusalém Oriental ocupada, onde o assassinato foi perpetrado. Segundo indica a Wafa, Mohammad Ali foi atingido a tiro durante confrontos com as forças de ocupação que invadiram o campo de refugiados ontem à tarde, para proceder à demolição punitiva da casa familiar de Udai Tamimi. Tamimi, de 22 anos, foi morto pelas forças de ocupação a 19 de Outubro do ano passado, tendo sido acusado de matar um soldado israelita num controlo militar em Shufat. Nas redes sociais, é possível ver imagens gravadas [imagens fortes] que mostram soldados israelitas armados a revistar Ali estendido e inanimado no chão e com parte das roupas rasgadas, antes de ser transferido para uma unidade hospitalar local. Mais tarde, indica a agência, os soldados invadiram o centro médico, localizado no bairro de al-Salam, e agrediram os paramédicos quando uma ambulância se apressava para levar o jovem para um hospital no centro da cidade. Algumas horas antes, Aref Abdul Nasser Lahlouh, um palestiniano de 20 anos do campo de refugiados de Jenin, foi morto a tiro pelas tropas israelitas perto da cidade de Qalqilya. As forças de ocupação alegaram que Nasser Lahlouh foi morto na sequência de um ataque com uma faca contra um soldado nas imediações do colonato ilegal de Kadumim. Fontes loecais revelaram que Lahlouh foi morto à frente da mãe e de um irmão, e que as forças israelitas o deixaram esvair-se em sangue. As forças de ocupação demoliram esta segunda-feira oito casas de palestinianos que ainda estavam a ser construídas na aldeia de al-Dyouk al-Tahta, nas imediações de Jericó. Issam Smeirat, representante da Fatah em al-Dyouk e activista contra os colonatos, disse à agência Wafa que as forças israelitas invadiram a aldeia e demoliram oito casas ainda em construção, na maioria dos casos pertencentes a palestinianos de Jerusalém Oriental ocupada. Paralelamente, o Supremo Tribunal israelita rejeitou uma petição apresentada por residentes em Masafer Yatta, a sul de Hebron (al-Khalil), contra a demolição iminente de duas escolas e mais de três dezenas de estruturas habitacionais, revelou a agência. Desta forma, o Exército tem luz verde para avançar num local onde já procedeu à demolição de diversas casas em Maio último, deixando mil palestinianos desalojados. A decisão de transformar a zona num campo de tiro militar foi bastante contestada a nível local e internacional. Ao demolir as casas e estruturas palestinianas na Cisjordânia ocupada, as autoridades israelitas alegam que estas foram construídas sem licenças, que são praticamente impossíveis de obter. Por vezes, as forças de ocupação ordenam aos proprietários palestinianos que deitem abaixo as suas próprias casas ou que paguem os custos aos municípios, caso o não façam. No relatório que o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA) emite quinzenalmente, relativo ao período entre 2 e 15 de Agosto de 2022, afirma-se que as forças de ocupação israelitas deitaram abaixo 50 estruturas que eram propriedade de palestinianos, com isso levando a que 55 pessoas ficassem desalojadas – 28 das quais crianças. Cerca de 20 mil casas de famílias palestinianas em Jerusalém Oriental ocupada estão em risco de ser demolidas pelas autoridades israelitas, com o argumento de que não possuem licenças de construção. O alerta foi dado pelo assessor do Gabinete da Presidência palestiniana para os Assuntos de Jerusalém, Ahmad al-Ruwaidi, que confirmou a existência de mais de 20 mil casas propriedade de famílias palestinianas ameaçadas de demolição pela ocupação israelita em Jerusalém, com o pretexto de não terem autorização. O funcionário governamental explicou em comunicado que os residentes palestinianos apenas podem construir em 12% da área de Jerusalém Oriental, enquanto os colonos israelitas estão autorizados a construir em 42% desse território, informa o portal libanês al-Ahed. No documento, al-Ruwaidi alertou para o grave perigo que ameaça os residentes do Bairro de Sheikh Jarrah, perto da Cidade Velha de Jerusalém, caso aceitem os termos do acordo proposto por um tribunal, que serve os interesses de uma organização de colonos israelitas. Por comparação com igual período de 2020, o número de estruturas palestinianas visadas por Israel na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental ocupadas aumentou 90% nos primeiros 4 meses de 2021, revelou a ONU. As autoridades israelitas demoliram, forçaram os palestinianos a demolir ou apreenderam 23 estruturas propriedade de palestinianos na Margem Ocidental ocupada no mês de Abril, segundo um relatório publicado pelo Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA). Tal resultou na expulsão de 13 pessoas, incluindo nove crianças, e afectou o sustento e o acesso a serviços de outras 100, revelou a agência das Nações Unidas, sublinhando que todas as estruturas se encontravam na chamada Área C da Cisjordânia ocupada (sob total controlo de Israel) e que foram visadas devido à falta de autorizações de construção, quase impossíveis de obter pelos palestinianos. O número de estruturas visadas pelos israelitas só no mês Abril até é o segundo mais baixo deste ano; no entanto, indica a agência WAFA, no final do quadrimestre o número é 90% superior ao registado em igual período de 2020 (316 vs. 166) e 129% maior no que respeita a estruturas fornecidas como ajuda humanitária (110 vs. 48). As autoridades de ocupação israelitas emitiram, esta segunda-feira, ordens de demolição contra dez casas nas aldeias de Ni'lin e Deir Qaddis, nas imediações da cidade de Ramallah, apesar de os proprietários possuírem autorizações de construção, noticia a WAFA. Emad Khawaja, chefe do conselho da aldeia de Ni'lin, disse à agência que os proprietários das casas sob ameaça de demolição detêm autorizações de construção palestinianas e legais, uma vez que a terra onde a construção ocorreu está sob jurisdição civil da Autoridade Palestiniana. No entanto, revelou Khawaja, Israel alega que as casas foram construídas perto do muro de separação que aparta as terras dos palestinianos dos colonatos ilegais israelitas. Além disso, fontes locais disseram que Israel planeia construir um novo posto avançado para colonos judeus em terras que são propriedade de palestinianos. Pelo menos três colonatos ilegais israelitas foram construídos em terras expropriadas a habitantes destas duas aldeias e de outras na mesma zona, no Centro na Cisjordânia ocupada. Mais de 600 mil israelitas vivem em mais de 230 colonatos construídos nos territórios ocupados da Margem Ocidental e de Jerusalém Oriental desde 1967. Todos são considerados ilegais à luz do direito internacional. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Ahmad al-Ruwaidi acrescentou que a política israelita de demolições no Bairro de at-Tur e noutros pontos da cidade de Jerusalém se insere no quadro de expulsão da população local e de esvaziamento da cidade do povo palestiniano. No passado dia 1, o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (UNOCHA, na sigla em inglês) afirmou num relatório que a demolição de casas na Margem Ocidental e em Jerusalém Oriental ocupadas aumentou 21% este ano por comparação com o ano anterior. Ao demolir as casas e estruturas palestinianas na Cisjordânia ocupada, as autoridades israelitas alegam que estas foram construídas sem licenças, que são praticamente impossíveis de obter. Por vezes, lembra a PressTV, as forças de ocupação ordenam aos proprietários palestinianos que deitem abaixo as suas próprias casas ou que paguem os custos aos municípios, caso o não façam. Mais de 600 mil israelitas vivem em mais de 230 colonatos construídos nos territórios ocupados da Margem Ocidental e de Jerusalém Oriental desde 1967. Todos são considerados ilegais à luz do direito internacional. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. A destruição das estruturas, localizadas em Jerusalém Oriental e na Margem Ocidental ocupadas, afectou o sustento de quase 220 pessoas, noticiou a Wafa este sábado, citando o documento publicado pelo organismo das Nações Unidas. Doze das estruturas demolidas – revela a OCHA – eram projectos de assistência humanitária financiados por doadores. Desde o início de 2022, dez casas palestinianas foram demolidas por motivos de punição, quando, em 2021, foram três e, em 2020, seis. As demolições punitivas são uma forma de castigo colectivo e, como tal, são ilegais à luz do direito internacional, visando as famílias de atacantes ou alegados atacantes, referiu a OCHA. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Com estas 11 mortes, sobe para 29 o número de palestinianos mortos por forças israelitas em 2023. O ano passado, as tropas israelitas mataram 224 palestinianos – 52 dos quais na Faixa de Gaza e os restantes na Cisjordânia ocupada –, de acordo com os dados recolhidos pela Wafa. Também ontem, as forças israelitas levaram a cabo a demolição de seis casas de palestinianos na aldeia de al-Diyouk al-Tahta, a oeste de Jericó, alegando que não tinham licenças para as construir. A Wafa informa que, antes de procederem à operação, as tropas vedaram o acesso ao local, onde os residentes acusam o Exército israelita de querer correr com eles, para assim avançarem com as actividades ligadas aos colonatos. Perto de Hebron (al-Khalil), as forças israelitas demoliram várias estruturas de palestinianos em Masafer Yatta, que é há muito uma zona de conflito aceso devido à tentativa de expulsão da população palestiniana. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Ontem, num raide na cidade velha de Nablus, as tropas israelitas mataram 11 palestinianos, incluindo um menor de 14 anos e três pessoas mais velhas, e provocaram mais de cem feridos. O massacre de Nablus ocorre menos de um mês depois daquele que as forças de ocupação israelitas levaram a cabo em Jenin, onde, a 26 de Janeiro de 2023, mataram dez palestinianos e feriram pelo menos duas dezenas. No dia seguinte, a aviação israelita também bombardeou Gaza. Como resposta ao massacre de Nablus, como protesto contra outras medidas repressivas israelitas na Cisjordânia e em Jerusalém ocupadas e em solidariedade com os prisioneiros nas cadeias israelitas, os vários partidos palestinianos uniram-se na convocatória de uma greve. O Ministério palestiniano dos Negócios Estrangeiros criticou a reacção internacional «morna» ao massacre de Nablus. «As reacções internacionais foram tímidas e fracas, quase igualando a vítima e o carrasco», disse o ministério em comunicado, acrescentando que as acções de Israel estavam «ao nível dos crimes de guerra e crimes contra a humanidade». A declaração destaca ainda que o fracasso em responsabilizar Israel está a alimentar «tensões que ameaçam explodir». Ontem, a Palestina pediu ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que realize uma sessão de emergência para abordar o massacre cometido pelas forças de ocupação israelitas em Nablus, indica a Wafa. Também anunciou que solicitou uma reunião urgente da Liga Árabe para abordar os recentes ataques israelitas nos territórios ocupados, incluindo o massacre de Nablus. Esta manhã, o Ministério palestiniano da Saúde deu conta do falecimento de Mohammad Nabil Sabah, de 30 anos, que ficara gravemente ferido durante um raide israelita há duas semanas em Jenin. Desde o início do ano, pelo menos 61 palestinianos foram mortos na Cisjordânia ocupada por tropas e colonos israelitas, 13 dos quais menores. Trata-se do início de ano mais sangrento desde o ano 2000. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
Israel bombardeia Gaza após massacre de Nablus
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Tropas israelitas cometem massacre em Jenin
Um adolescente morto a tiro em Jerulém oriental, na quarta-feira
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Tropas israelitas matam dois palestinianos em Jenin
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Treze palestinianos mortos por Israel em 15 dias
Governo israelita ainda mais extremista e mais violência nos territórios ocupados
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Tropas israelitas matam dois palestinianos perto de Jenin
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Outra morte perto de Qalqilya
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Israel deita abaixo mais casas na Cisjordânia ocupada
Cinquenta demolições em duas semanas
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Milhares de casas palestinianas enfrentam risco de demolição em Jerusalém Oriental
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Demolição de estruturas palestinianas aumentou 90% até ao fim de Abril
Israel quer demolir dez casas perto de Ramallah, mesmo havendo autorizações
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Casas e estruturas de palestinianos demolidas
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Reacção internacional «morna»
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De acordo com a Al Mayadeen, registaram-se confrontos entre as forças da resistência e as tropas israelitas e ouviram-se explosões. Ahmed Jibril, porta-voz do Crescente Vermelho Palestiniano, referiu-se a vários feridos, alguns em estado crítico. A agência Wafa aponta dois.
Tanto a Al Mayadeen como a PressTV se referem à informação veiculada por fontes israelitas, de acordo com a qual a operação desta quinta-feira visava matar dois palestinianos responsáveis pela operação do Vale do Jordão, levada a cabo a 7 de Abril último, em que foram mortos três colonos.
Mulher palestiniana morta em Huwara
Num contexto de elevada tensão nos territórios ocupados – nomeadamente por via da expansão dos colonatos e o aumento do número de colonos, que intensificam os ataques a populações e propriedades palestinianas –, em vários pontos da Cisjordânia as tropas israelitas realizam incursões e raides.
Segundo refere a Wafa, uma rapariga palestiniana de 26 anos, identificada como Eman Ziyad Odeh foi atingida a tiro, esta quinta-feira, pelas forças israelitas na localidade de Huwara (a sul de Nablus).
No Dia da Terra Palestiniana, o MPPM exige o fim imediato da repressão israelita e reclama ao governo português que a denuncie e actue no sentido de fazer valer os direitos dos palestinianos. Ao assinalar o 47.º Dia da Terra Palestiniana, que se celebra a 30 de Março, o MPPM – Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente lembra em comunicado que nessa data, em 1976, «os palestinianos da região de Nazaré – a norte, no território da Palestina ocupado pelo Estado de Israel – organizaram uma greve geral de um dia». «Os protestos foram motivados pelos intentos do governo de Israel de expropriar terras palestinianas para nelas instalar povoações judaicas. Os protestos pacíficos terminaram num banho de sangue: forças do Exército e da polícia de fronteira israelitas mataram seis palestinianos cidadãos de Israel», explica o movimento solidário. Desde então, a data é celebrada como o Dia da Terra Palestiniana, «um dia de resistência e comemoração da terra para todos os palestinianos», numa região onde a questão da terra e da sua posse sempre foi central: para os sionistas e para os palestinianos. «Os sionistas procuraram, desde o início, apropriar-se do máximo de terra, expulsando os palestinianos que nela viviam. É esse o sentido do crime fundacional de Israel, a limpeza étnica de mais de 700 mil palestinianos que acompanhou a criação do Estado sionista, em 1948: a Nakba (catástrofe), de que este ano se assinalam os 75 anos», afirma o MPPM. «Para os palestinianos, os seus proprietários ancestrais, a terra representou sempre não só um meio de subsistência, mas também um elemento central da sua identidade», acrescenta, lembrando as expropriações que sofreram e os afastamentos coercivos dos seus territórios naquilo que é hoje o Estado de Israel. Nos territórios ocupados em 1967, a colonização avança em grande ritmo, incrementada agora pelo actual governo de Netanyahu. Ali, onde hoje vivem hoje cerca de 700 mil colonos israelitas, o governo israelita promete a construção de mais dez mil unidades habitacionais nos colonatos, tendo sido recentemente aprovada uma lei que permite o regresso a colonatos que anteriormente tinham sido evacuados. «O processo de limpeza étnica e colonização é particularmente violento em Jerusalém, visando bairros como Sheik Jarrah e Silwan, na tentativa de alcançar o objectivo de judaização da cidade, isolando-a do território da Cisjordânia», denuncia o MPPM, alertando que os territórios ocupados em 1967 estão retalhados «pelos colonatos e pelas estradas exclusivas para judeus, pelo Muro do Apartheid, por uma rede capilar de postos de controlo». Quarenta e seis anos após os acontecimentos que motivaram a celebração do Dia da Terra, o povo palestiniano enfrenta uma renovada campanha de expropriações, com grande incidência em Jerusalém Oriental. A 30 de Março de 1976, no Norte dos territórios ocupados em 1948, seis palestinianos foram mortos e cerca de cem ficaram feridos, na sequência da brutal repressão do Exército israelita sobre quem protestava contra a expropriação de terras entre as aldeias de Sakhnin e Arraba. Além disso, várias centenas de pessoas foram presas durante a greve geral e as grandes manifestações de protesto que, nesse dia, tiveram lugar contra o roubo de terras. A partir de então, os palestinianos passaram a comemorar o Dia da Terra a cada 30 de Março. Nesta data, o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) «reafirma a sua solidariedade de sempre com a luta do povo palestiniano, contra a ocupação, o regime de segregação e a limpeza étnica», lê-se numa nota ontem publicada. A Nakba, a mudança da Embaixada dos EUA para Jerusalém e a resistência do povo palestiniano face à ocupação e repressão israelitas marcaram o acto público que reuniu centenas de pessoas em Lisboa. A brutal repressão dos militares israelitas sobre os milhares de palestinianos que se mobilizaram esta segunda-feira na Faixa de Gaza cercada, junto à vedação que separa o enclave de Israel, provocou mais de cinco dezenas de mortos e deixou feridos mais de 2700. Isto foi motivo de conversa entre os presentes, ontem, no Largo de Camões, antes das intervenções, e questão a que nenhum dos intervenientes escapou, enquanto repudiava a inauguração da Embaixada norte-americana em Jerusalém. Tiago Santos, a quem coube a apresentação dos intervenientes, saudou as mais de 50 organizações que se juntaram às quatro que promoveram o acto público no Largo de Camões, destacando o seu significado e o que representava a presença dos muitos que ali se juntaram. «Aqui estamos para apoiar os protestos legítimos e vigorosos do povo palestiniano. Aqui estamos para denunciar a violenta e a criminosa repressão contra os que, na Palestina, estão neste momento a lutar pelos seus direitos e pela paz, contra a violenta repressão que, só hoje e de acordo com números de há momentos, já provocou 52 mortos e mais de 2000 feridos [números conhecidos na altura]. Aqui estamos para dizer bem alto "não à agressão" e "fim à ocupação"», clamou. Seguiu-se a intervenção de Filipe Ferreira, em nome do Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), que classificou o acto público como «imprescindível», na sequência do «provocatório reconhecimento, pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de Jerusalém como capital de Israel» e de ter mudado para essa cidade a Embaixada do seu país. Trata-se, em seu entender, de uma «clara afronta» e de uma «provocação», que visa «desestabilizar e incendiar ainda mais a situação na martirizada Palestina e em todo o Médio Oriente». A transferência da Embaixada norte-americana para Jerusalém põe também em evidência a «cobertura desde sempre dada pelos EUA à política sionista de ilegal ocupação de territórios da Palestina por parte de Israel, incluindo a ocupação total da cidade de Jerusalém», afirmou, acrescentando que a cumplicidade dos EUA com Israel é responsável pela política de ocupação e repressão a que os palestinianos são submetidos. Reafirmou a exigência às autoridades portuguesas para que reconheçam o Estado da Palestina. «Portugal deve estar do lado da paz e não da guerra; tem de estar do lado da liberdade e não da opressão; tem de estar do lado da soberania e não do colonialismo; tem de estar do lado da legalidade internacional e não do arbítrio e da violência», frisou. Ana Souto, do Movimento Democrático de Mulheres (MDM), leu o poema «Quero contar ao Mundo», de uma poeta palestiniana, onde ficam plasmadas as «vivências diárias, difíceis» de um povo «sujeito a práticas de terror, a uma violenta ocupação e colonização por parte de Israel». Falou das duras condições de vida na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, da pobreza que ali impera, «onde há condições sanitárias deficientes, onde o acesso à água, aos cuidados de saúde é quase inexistente». É uma «prisão de escombros a céu aberto, onde os ataques de Israel não param», afirmou, para denunciar que «tudo isto acontece com a protecção cúmplice dos Estados Unidos da América e a complacência e o silêncio da União Europeia». Referindo-se à transferência da Embaixada norte-americana, a dirigente do MDM afirmou que «os EUA reconhecem Jerusalém como capital de Israel, apoiam de forma incondicional a ocupação ilegal que Israel fez de Jerusalém Oriental, encorajam e apoiam a violenta ocupação dos territórios palestinianos, as criminosas políticas de Israel que violam e desrespeitam o direito internacional e as resoluções da ONU». No final da intervenção, aludiu ao poema que lera no início, para lá ir buscar os versos: «na Palestina há uma obstinada bandeira que se recusa a ser retirada e persiste uma esperança que não pode ser derrotada.» «Um dia, 52 mortos, 2420 feridos. Não nos falem duma guerra, que há guerras em que não se morre assim. Não nos falem em confrontos. Do que estamos a falar é de genocídio, barbárie.» Foi assim que Carlos Almeida, vice-presidente do Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM), deu início à sua intervenção. Evocando a Nakba («catástrofe»), iniciada há 70 anos, que hoje se assinala e que persiste, Carlos Almeida disse: «Há 70 anos, a Palestina também estava a ferro e fogo. Até ao dia 15 de Maio de 1948, cerca de 400 mil pessoas já tinham sido expulsas das suas casas, expulsas das suas terras. Cerca de metade do total de refugiados palestinianos provocados pela Nakba já tinha sido lançada nos caminhos do exílio, da diáspora, da fuga perante o avanço da onda criminosa das milícias sionistas. Um caminho que foi pontuado por massacres» – e enumerou alguns deles. O dirigente do MPPM explicou depois, com algum detalhe, episódios de saques a aldeias e vilas palestinianas, perpetrados em 1948 pelas milícias e brigadas sionistas do Exército israelita, cujos nomes listou e disse estarem «gravados a ferro e fogo na memória do povo palestiniano». Lembrando as responsabilidades do imperialismo britânico – de quem «aprenderam bem a lição» –, afirmou que «esta campanha foi cuidadosamente planeada em nome de um objectivo: a limpeza étnica, a expulsão de toda a população palestiniana das terras, dos lugares onde sempre viveu». Aludindo à falsidade do mito sionista da «terra sem povo», destacou: «Estes 70 anos são a história desta guerra de extermínio, são a história da resistência ao extermínio, ao genocídio, à barbárie, à aniquilação, à negação de que existe um povo e de que esse povo fala árabe e vive na Palestina há muitas gerações.» Caracterizou Israel como «guarda avançada dos interesses do imperialismo e das potências ocidentais no Médio Oriente», salientando que as «suas guerras, que nos tentam vender como guerras defensivas, foram sempre guerras de agressão». «É preciso denunciar a ocupação e a repressão israelitas, todos os dias; denunciar e condenar o cerco à Faixa de Gaza», disse, apontando esse território como «exemplo de resistência» e «lugar de todos os exílios». Pese embora os «tempos sombrios que vivemos», destacou a presença de todos no Largo de Camões como «um acto de confiança no futuro» e lembrou que da «Palestina vem um exemplo heróico de um povo que resiste, com a sua vida, a sua luta, a sua determinação». Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP-IN, sublinhou a necessidade da «solidariedade com o povo palestiniano, que continua a ser massacrado por um país que é apoiado pelo imperialismo e que continua a pôr em causa direitos e liberdades». Disse «não aceitar o que se está a passar na Palestina, que um povo seja refém no seu próprio país; um povo que é impedido de trabalhar, que é impedido de produzir, que é impedido de desenvolver o seu país». Como consequências da violenta ofensiva de que os palestinianos são alvo, destacou dados referentes ao emprego: «dois em cada cinco jovens estão desempregados; 40% da população em Gaza não tem emprego; e há milhares e milhares de trabalhadores palestinianos que, trabalhando em Israel, recebem metade do que auferem os israelitas», denunciou. Em nome da CGTP-IN, passou a mensagem de que o povo palestiniano não está sozinho, e declarou: «O que é cada mais revelevante e fica aos olhos de todo o mundo é como um povo que sofre há 70 anos não se resigna, acredita e continua a ter uma juventude que continua a impulsionar a resistência e a acreditar ter nas suas mãos os destinos do seu país, que continua a lutar.» Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. O MPPM lembra que, nos dias de hoje, o povo palestiniano enfrenta «uma extensa e renovada campanha de expropriações, com particular incidência em Jerusalém Oriental, prolongando a limpeza étnica […] concomitante com a criação do Estado de Israel, em 1948». A acompanhá-la, estão os anúncios de construção de novos colonatos e a intensificação dos processos de alargamento dos já existentes, bem como a intensificação da «acção violenta de grupos de colonos que, com a cobertura e o apoio do Exército israelita, semeiam o terror nas comunidades palestinianas em toda a Cisjordânia, destruindo árvores, campos de cultivo e propriedades, humilhando e agredindo homens mulheres e crianças», denuncia o movimento solidário. Por seu lado, na Faixa de Gaza cercada – um território em que, «desde 2020, de acordo com as Nações Unidas, a vida humana é ecologicamente insustentável» –, «cerca de dois milhões de pessoas continuam submetidas a um bloqueio cruel e criminoso». Entretanto, Israel «acentua a sua condição de Estado de segregação, conforme tem sido amplamente denunciado por organizações de direitos humanos, palestinianas e internacionais» e, tal como no passado, mantém uma repressão brutal sobre «os protestos legítimos contra as espoliações e contínuas arbitrariedades». É neste contexto que quase 5000 palestinianos, incluindo 180 menores e 34 mulheres, estão presos. Destes, 490 estão submetidos a um regime de prisão conhecido como «detenção administrativa», que é renovada indefinidamente por um tribunal militar, sem acusação nem culpa formada, sem assistência de um advogado, sem contacto com a família, muitas vezes sem paradeiro definido. Uma ONG publicou um relatório que documenta o «sistema de opressão e dominação» imposto por Israel aos palestinianos. «Isto equivale ao apartheid, proibido pelo direito internacional», sublinha. No seu portal, o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) atribuiu esta terça-feira grande relevância ao extenso relatório publicado pela Amnistia Internacional, no qual confirma que «o regime de Israel contra todo o povo palestiniano configura o crime contra a humanidade de apartheid». A acusação agora formulada – que é feita há décadas e tem sido sustentada em anos recentes por personalidades e organizações de defesa dos direitos humanos – foi apresentada numa publicação que culmina investigações levadas a cabo entre 2017 e 2021, e tem por base a recolha de provas de violações dos direitos humanos internacionais e do direito humanitário na Palestina histórica, bem como em publicações de diversa índole. De acordo com a investigação, «Israel impõe um sistema de opressão e dominação contra os palestinianos em todas as áreas sob seu controlo, em Israel e nos territórios palestinianos ocupados, e contra os refugiados palestinianos, a fim de beneficiar os israelitas judeus. Isto equivale ao apartheid, proibido pelo direito internacional». Uma estudante palestiniana de Arquitectura partiu do presente de opressão e injustiça e concebeu o futuro sem apartheid e ocupação israelitas, transformando uma conhecida estrutura de opressão num espaço público. Na universidade também se resiste – e pensa, pesquisa e recria a libertação da Palestina. Um exemplo disso é o projecto de final de curso apresentado pela estudante Saja Imad al-Barghouti, de 22 anos, que redesenhou o posto de controlo de Qalandiya, desmantelando uma estrutura do apartheid erigida pela ocupação israelita e convertendo-a num espaço público de jogos, brincadeira, diversão e vida. O projecto, intitulado «Galeria de Qalandiya» e concebido como «reciclagem do checkpoint de Qalandiya depois da libertação da Palestina», foi apresentado como trabalho de final de curso à Universidade de Al-Quds, em Jerusalém, e, sublinha o canal libanês Al Mayadeen, dá corpo ao «imaginário colectivo de milhões». Barghouti sublinhou que «o conceito do projecto se baseia na realidade palestiniana, mergulhada em opressão, injustiça e separação», devido ao principal checkpoint entre Ramallah e Jerusalém, e ao Muro do Apartheid. Com o projecto, são demolidos o apartheid, a discriminação, a privação de direitos a que os palestinianos são sujeitos em Qalandiya, e o espaço, «reciclado», torna-se habitável, assume funções culturais e sociais, com balouços, escorregas, campos de basquetebol, zonas para fazer compras, ver arte e conviver. A jovem estudante afirmou que a ideia fundamental subjacente ao projecto é pôr fim ao «carácter colonial» do Muro do Apartheid e transformá-lo numa peça arquitectónica que «restaure os sentidos», quando os palestinianos ali foram privados da sua utilização. Estruturas como o checkpoint de Qalandiya, explicou, «visam limitar a mobilidade dos palestinianos, suprimir os seus sentidos e desintegrar o seu tecido social, geográfico e nacional». O design do projecto pretende transformar o muro num «local de paz, sem opressão e humilhação», com «liberdade de movimentos» – o oposto do que acontece agora –, e num «museu de arte», que também passe «uma imagem revolucionária do povo palestiniano» e guarde o simbolismo do muro como parte da história de ocupação sofrida pelos palestinianos, sublinhou. Saja Barghouti disse que a ideia do projecto lhe surgiu da própria «realidade quotidiana vivida pelos palestinianos na Cisjordânia, o cansaço e a tensão que sentem quando têm de passar pelo posto de controlo». O checkpoint militar israelita de Qalandiya fica perto da localidade palestiniana homónima, a sul de Ramallah, na Cisjordânia ocupada. Ali, milhares de palestinianos são obrigados a esperar horas para poderem passar e são submetidos a humilhações pelas forças israelitas. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. «As leis, políticas e práticas destinadas a manter um sistema cruel de controlo sobre os palestinianos deixaram-nos fragmentados geográfica e politicamente, frequentemente empobrecidos, e num estado constante de medo e insegurança», refere ainda o relatório. O apartheid pode ser entendido como um sistema de tratamento discriminatório prolongado e cruel por parte de um grupo racial sobre membros de outro grupo, com a intenção de controlar o segundo grupo racial, entende a organização não governamental, que afirma: «O apartheid não é aceitável em parte nenhuma do mundo. Então porque é que o mundo o aceitou contra os palestinianos?» A ONG, que faz um vasto conjunto de recomendações a Israel e a outros intervenientes com vista ao «desmantelamento deste terrível sistema de apartheid», afirma que, desde a criação do Estado de Israel, em 1948, sucessivos governos têm criado e mantido um sistema de leis, políticas e práticas destinadas a oprimir e dominar os palestinianos com a intenção de privilegiar os israelitas judeus. Acusado de eliminar a Palestina da sua app Maps, o Google acabou por admitir, após um protesto mundial, que este território nunca foi assim designado, apesar de 136 membros da ONU o reconhecerem como Estado independente. O Google Maps está novamente envolvido em polémica, afirma o Middle East Monitor. Desta vez, a questão prende-se com o Muro do Apartheid de Israel – eufemisticamente designado como «barreira de separação» e que serpenteia pelas terras palestinianas da Margem Ocidental ocupada. O muro, que pode ser visto do espaço, não é visível no Google; não aparece em nenhum dos mapas fornecidos pelo motor de busca. A Grande Muralha da China e a Muralha de Adriano (no Norte de Inglaterra) aparecem no Google Maps, e o mesmo se passa com o relativamente modesto Muro Ocidental, de 500 metros, em Jerusalém. Já o muro de betão de 700 quilómetros de comprimento e oito metros de altura que atravessa a Palestina desaparece do sistema de mapas electrónicos do Google. Em virtude desta situação, o deputado europeu Alyn Smith (Partido Nacional Escocês) lançou uma petição em que se insta o Google a mostrar o Muro do Apartheid na sua totalidade, incluindo postos de controlo, torres de vigia e outros elementos instalados pelo Estado sionista. O Google, insiste Alyn Smith, deve ser obrigado a mostrar o muro e a entender que a sua prática actual é inaceitável. O muro foi iniciado em 2000, com o argumento de que protege os cidadãos de Israel de bombistas suicidas. No entanto, esta estrutura configura-se como uma violação do direito dos palestinianos a deslocarem-se sem entraves na sua terra histórica, sublinha o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM), acrescentando que «o muro é inteiramente construído bem dentro da terra palestiniana» e que «se trata de um roubo de terra em grande escala». O Tribunal Internacional de Justiça classificou o muro como ilegal e a Assembleia Geral da ONU instou Israel a respeitar a sentença (com 150 votos a favor e seis contra). Mas o Estado de Israel é especialista em desprezar resoluções das Nações Unidas (cerca de 180), e esta foi, como as demais, ignorada ou violada, refere o MPPM. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. De acordo com o organismo, as autoridades israelitas têm feito isto recorrendo a quatro estratégias principais: 1. a fragmentação em domínios de controlo (manter os palestinianos separados uns dos outros em domínios territoriais, legais e administrativos distintos); 2. a despossessão de terras e propriedades (décadas de apreensões discriminatórias de terras e propriedades, demolições de casas e expulsões forçadas); 3. segregação e controlo (um sistema de leis e políticas que mantêm os palestinianos confinados a enclaves, sujeitos a várias medidas que controlam as suas vidas, e segregados dos israelitas judeus); 4. privação dos direitos económicos e sociais (o empobrecimento deliberado dos palestinianos, mantendo-os em grande desvantagem em comparação com os israelitas judeus). No documento, o organismo denuncia que «as autoridades israelitas gozam há demasiado tempo de impunidade», afirmando que Israel comete de forma sistemática, há décadas, graves violações dos direitos humanos dos palestinianos. Entre outras, refere a transferência forçada, a detenção administrativa, tortura, assassínios ilegais e ferimentos graves, negação de direitos e liberdades básicos, que se inserem no «ataque generalizado e sistemático contra a população palestiniana» e que constituem «crimes contra a humanidade de apartheid». Israel pediu à Amnistia Internacional que não publicasse o relatório, com o argumento estafado do «anti-semitismo» (o mesmo que é usado em França ou no Reino Unido para restringir a solidariedade com a Palestina) e afirmando que as conclusões são «falsas e tendenciosas», segundo referem o MPPM e outras fontes. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Tudo isto ocorre «perante a complacência, quando não com a cumplicidade e a participação activa, da comunidade internacional», afirma o MPPM, sublinhando que, quando «se mobilizam recursos para acorrer e minorar o sofrimento das populações atingidas pela guerra na Ucrânia, é particularmente chocante observar o silêncio que é imposto sobre o drama secular do povo palestiniano, que suporta como nenhum outro a condição de refugiado, muitas vezes dentro da sua própria terra». Neste sentido, o MPPM chama a atenção para a urgência da solidariedade com o povo palestiniano e relembra as responsabilidades de Portugal de promover uma política que defenda «os direitos inalienáveis do povo palestiniano, decorrentes do imperativo constitucional de reconhecer o direito dos povos à autodeterminação e à independência». Na base destes chamamentos está a consideração de que «também os palestinianos têm direito a um futuro de paz e liberdade, nas fronteiras de um Estado viável, independente e soberano, com capital em Jerusalém», da mesma forma que têm direito ao «retorno às casas e lugares de onde foram expulsos, eles e os seus antepassados». Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. «As recentes declarações do ministro fascista israelita Bezalel Smotrich de que "os palestinos não existem" são uma nova ameaça de limpeza étnica, mas constituem, ao mesmo tempo, uma manifestação da consistência e continuidade da política sionista ao longo do tempo: o mesmo afirmara já em 1969 a primeira-ministra trabalhista Golda Meir», lembra o movimento solidário. Reafirmando a sua «solidariedade indefectível com a luta do povo palestiniano pela sua causa nacional», o MPPM lembra, a propósito deste Dia da Terra, que, «nas quase cinco décadas decorridas desde aquele dia 30 de Março de 1976, o povo palestiniano nunca deixou de ser vítima da ocupação, da violência e da espoliação», continuando a ser sujeito a «um tratamento discriminatório que várias organizações israelitas e internacionais não hesitam em qualificar de apartheid». Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
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O Crescente Vermelho informou que Odeh se encontrava em estado crítico e que tinha sido levada para um hospital, onde veio a falecer. O Ministério da Saúde confirmou o óbito, elevando para quatro o número de palestinianos mortos por forças israelitas esta quinta-feira.
Desde o início do ano, as tropas e os colonos israelitas mataram pelo menos 108 palestinianos, refere a Wafa.
Uma dezena de feridos com fogo real
A mesma fonte indica que, ontem à noite e esta madrugada, as forças de ocupação levaram a cabo vários raides na região de Ramallah, nas localidades de Beit Rima e Nabi Saleh.
Pelo menos nove pessoas foram atingidas a tiro nos confrontos que se seguiram e dezenas sofreram efeitos de asfixia devido às bombas de gás lacrimogéneo lançadas pelas forças israelitas.
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