O Ministério palestiniano da Saúde informou que três pessoas faleceram devido a ferimentos graves no Hospital Rafidia e acrescentou que os demais feridos também tinham sido atingidos por fogo real, encontrando-se alguns em estado grave.
Os mortos foram identificados como Ibrahim al-Nabulsi, Islam Sabbouh e Hussein Jamal Taha – todos membros da resistência palestiniana.
Al-Nabulsi era um dirigente destacado da Brigada dos Mártires de al-Aqsa, o braço armado da Fatah, segundo refere o portal Middle East Eye, e já tinha sido alvo das forças israelitas em várias ocasiões.
Na operação desta manhã, em que participaram unidades do Exército, do Shin Bet (serviço de segurança interna) e do corpo de elite da Polícia israelita, as forças de ocupação enfrentaram grande oposição popular e das forças de resistência quando entraram na Cidade Antiga de Nablus e cercaram um edifício, refere a WAFA.
A casa acabaria por ser destruída pelas forças israelitas com disparos de mísseis, matando e ferindo quem se encontrava lá dentro.
As forças israelitas de ocupação levam a cabo estas operações, na Margem Ocidental, num registo praticamente diário, quase sempre à noite e de madrugada. Alegando que «procuram» palestinianos, invadem as casas sem mandado de detenção onde e sempre que lhes apetece.
Greve e protestos generalizados
Em protesto contra a acção das forças israelitas em Nablus, foi declarada uma greve comercial na Cisjordânia. Segundo refere a agência WAFA, as lojas fecharam em cidades como Nablus, Hebron (al-Khalil), Tulkarem, Jenin, Qalqilya, Belém, Ramallah, Salfit e Tubas.
Em Ramallah, realizou-se uma manifestação de protesto, a que se seguiram confrontos com as forças israelitas de ocupação num posto de controlo.
Também há registo de confrontos – e vários palestinianos feridos – em Tulkarem, Nablus, Belém, Salfit e Hebron.
Agressão mais intensa na Faixa de Gaza
Esta operação seguiu-se a três dias de intensos bombardeamentos aéreos e de artilharia contra a Faixa de Gaza cercada, de que resultaram 46 palestinianos mortos – incluindo 16 menores – e mais de 360 feridos.
De acordo com o Ministério das Obras Públicas e Habitação em Gaza, 1746 unidades habitacionais foram total ou parcialmente destruídas pelos ataques israelitas.
No domingo, o Egipto alcançou um cessar-fogo entre Israel e as forças de resistência palestiniana, que lançaram mais de mil rockets para território ocupado por Israel em 1948.
Numa reunião de emergência realizada esta segunda-feira, o Conselho de Segurança das Nações Unidas manifestou-se «profunda preocupação» pela situação no enclave costeiro e sublinhou-se a «fragilidade» da trégua alcançada.
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