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Posição pública em defesa da Palestina

O Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) apresentou o manifesto «Justiça para a Palestina», numa altura em que se cumpriram 100 anos da Declaração Balfour, que apoiou a criação de um país para os judeus na região.

Foto de Arquivo: parentes de Saad Salah durante os funerais de Saad e Aws Salame, palestinianos que foram mortos a tiro durante confrontos com o exército israelita no campo de refugiados de Jenin, 12 de Julho de 2017, Jenin, Cisjordânia, Palestina.
CréditosJaafar Ashtiyeh / AFP / Getty Images

O manifesto foi apresentado pelo MPPM na passada quinta-feira, dia em que se assinalaram os 100 anos em que Arthur Balfour, então chefe de diplomacia britânico, redigiu uma carta em que prometia ao movimento sionista «o favorecimento por parte de Inglaterra do projecto de fixação de emigrantes da Europa na Palestina, prometendo uma terra que não controlava, nem administrava, a um povo que não vivia nela e ignorando a secular existência de uma sociedade fortemente enraizada nessa terra», explicou à Lusa, citado pelo Diário de Notícias, o historiador Carlos Almeida, vice-presidente do movimento.

O diário informa ainda que este ano também se assinalam os 70 anos do plano de partilha da Palestina, com a adopção de uma resolução pela ONU em 1947 que deu origem ao Estado de Israel, e os 50 anos do início da ocupação por Israel da margem ocidental, de Jerusalém oriental e da faixa de Gaza, na guerra de 1967.

«E é em nome da justiça que a comunidade internacional deve a este povo que nós decidimos em Portugal suscitar a voz da opinião pública nacional para que, numa tomada de posição, digamos que é tempo da comunidade internacional assumir as suas responsabilidades relativamente à causa nacional do povo da Palestina», afirmou ainda Carlos Almeida, defendendo que Portugal deve dar o seu contributo para o reconhecimento «dos direitos legítimos do povo palestino a ter um país independente, livre, soberano».

O historiador destacou, sobre a situação vivida pela Palestina, «a continuação da colonização e o avanço dos colonatos», o «aprofundamento das medidas de descriminação e segregação da população palestina por parte do Estado de Israel», assim como a persistente impunidade que  este vai tendo no plano da comunidade internacional.

Segundo Carlos Almeida, este manifesto é subscrito por uma centena de individualidades da vida pública portuguesa, entre os quais se encontram professores universitários, deputados, cantores, escritores, sindicalistas e jornalistas, e será entregue nos próximos dias a todos os órgãos de soberania em Portugal.

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