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Presidente da Síria em visita oficial «histórica» à China

Bashar al-Assad iniciou, esta quinta-feira, uma visita «histórica» à China, a convite do seu homólogo chinês. Além da cimeira bilateral com Xi Jinping, prevê-se que mantenha outras reuniões de alto nível.

Bandeiras da República Árabe da Síria e da República Popular da China no topo dos mastros e raparigas com flores, no Aeroporto Internacional de Hangzhou, China, a 21 de Setembro de 2023, à chegada de Bashar al-Assad, que irá assistir à abertura dos XIX Jogos Asiáticos e realizar uma visita oficial 
CréditosHuang Zongzhi / Xinhua

À chegada ao Aeroporto Internacional de Hangzhou, al-Assad foi recebido pelo ministro chinês do Comércio, Wang Wentao, o vice-presidente do Conselho da província de Zhejiang, Gong Xiwei, e o embaixador chinês em Damasco.

Segundo refere a agência estatal Sana, os presidentes de ambos os países asiáticos vão realizar uma cimeira bilateral, estando ainda programada a participação de Bashar al-Assad em várias actividades nas cidades de Hangzhou e Pequim.

Analistas políticos e órgãos de comunicação social classificaram esta visita como «importante» e «histórica», tendo em conta que é a primeira do género desde o início da guerra imposta ao país árabe, em 2011, e responde à vontade de Damasco de se virar para o Leste, reforçando a cooperação com países que ajudaram o país levantino a lidar com as consequências da guerra, do bloqueio e das sanções impostas pelo Ocidente.

Reforço da cooperação, numa nova fase histórica

Especialistas chineses afirmaram ao diário Global Times que a visita representa um contributo para o reconhecimento do Médio Oriente ao conceito chinês de «desenvolvimento regional pacífico».

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Síria e China apostam no reforço da cooperação bilateral

Em encontros mantidos com as autoridades sírias, o ministro Wang Yi deixou clara a oposição do seu país à ingerência nos assuntos internos da Síria, bem como ao bloqueio e sanções que lhe são impostos.

O presidente sírio, Bashar al-Assad (D), e o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi (E), no encontro que mantiveram este sábado em Damasco   
Créditos / CGTN

O ministro dos Negócios Estrangeiros da China reuniu-se este sábado, em Damasco, com o seu homólogo sírio, Faisal Mekdad, e o chefe de Estado, Bashar al-Assad, com o intuito de consolidar as boas relações que ambos os países asiáticos mantêm há 65 anos e de as levar para uma nova fase, em todos os domínios.

No encontro mantido entre Wang e al-Assad, este último destacou «a posição importante da China na arena internacional», acrescentando que «a Síria deseja ampliar as áreas de cooperação com Pequim a todos os níveis, tendo em conta a sua forte presença e as suas políticas morais, que favorecem a maior parte dos países e povos do mundo», informa a agência SANA.

Bashar al-Assad agradeceu à China o apoio dado ao povo sírio em várias áreas, bem como os posicionamentos adoptados em fóruns internacionais em defesa da soberania, da integridade territorial e da livre decisão do país árabe.

O presidente sírio pediu ainda a Wang que transmitisse as suas mais fraternas e calorosas saudações ao presidente Xi Jinping pelo centenário da fundação do Partido Comunista da China, refere a Xinhua.

Relações históricas vão ser reforçadas

«Desde o estabelecimento dos laços diplomáticos, há 65 anos, a China e a Síria sempre confiaram uma na outra e apoiaram-se mutuamente», disse na reunião o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, que deixou clara a disposição do seu país para aprofundar «a amizade tradicional e promover uma cooperação para o benefício dos dois povos».

A continuidade do apoio da China à Síria na luta contra a Covid-19, por via do abastecimento de vacinas e de outros materiais médicos, foi uma das questões sublinhadas.

O chefe da diplomacia chinesa declarou igualmente que o seu país irá continuar a apoiar a Síria na guerra contra o terrorismo e na luta contra o bloqueio e as sanções desumanas que lhe são impostos.

Reafirmou, além disso, a oposição à ingerência nos assuntos internos do povo sírio e em tudo o que afecta a soberania e integridade territorial do país levantino.

Da parte do chefe de Estado chinês, Xi Jinping, transmitiu a Bashar al-Assad as felicitações pela vitória recente nas eleições presidenciais, destacando que «o êxito deste processo demonstra a vitória do povo e a sua firme determinação em resistir a todos os desafios e tentativas de o dominar».

Durante o encontro, o ministro chinês abordou ainda participação da Síria na Iniciativa Cinturão e Rota, que considerou de especial interesse devido à localização geográfica do país e ao importante papel regional que desempenha.

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De acordo com o periódico, al-Assad e Xi deverão debater questões sobre a cooperação prática entre ambos os países, em particular a participação da China na reconstrução da Síria.

No entender de Yin Gang, investigador do Instituto de Estudos da Ásia Ocidental e África da Academia Chinesa de Ciências Sociais, a visita de Assad aponta para a possibilidade de restabelecer as relações bilaterais ao nível anterior ao da guerra imposta em 2011, caracterizadas por uma vasta gama de cooperação e pela amizade estável entre os dois povos.

Entre outros temas de cooperação prática a retomar, Yin referiu-se à exploração de campos petrolíferos, construção de reservatórios e outros projectos de infra-estruturas, bem como ao potencial de novas áreas.

«A visita de Assad ocorre num momento em que a Síria procura uma nova diplomacia, equilibrada e abrangente, numa nova fase histórica, e a China é, sem dúvida, uma parte muito importante», disse Yin ao Global Times esta quarta-feira, sublinhando que «a Síria deposita grandes esperanças no envolvimento da China na reconstrução» do país.

Papel chinês no Médio Oriente em franco contraste com o dos EUA

Por seu lado, Li Weijian, investigador do Instituto de Estudos de Política Externa, destacou o facto de a China apoiar firmemente «o reforço da coordenação e a independência estratégica» dos estados árabes, «para melhorar a estabilidade e o desenvolvimento regional de forma conjunta».

Para Li, esta aposta chinesa no desenvolvimento pacífico, a nível regional e nacional, desempenhou um papel positivo para o avanço da reconciliação no Médio Oriente.

Já o professor associado do Instituto de Estudos do Médio Oriente na Universidade do Noroeste, Wang Jin, destacou o empenho constante do seu país na resolução dos conflitos através da via diplomática, bem como a sua oposição à ingerência externa nos assuntos internos da Síria.

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Síria junta-se à Iniciativa Cinturão e Rota, promovida pela China

Com a adesão à Iniciativa, o país levantino vê facilitada a cooperação com a China e com outros países, destacaram responsáveis sírios na assinatura do acordo, esta quarta-feira, em Damasco.

Fadi al-Khalil e Feng Biao, na cerimónia de assinatura, em Damasco 
Créditos / Newsweek

A cerimónia de assinatura do memorando de entendimento, que prevê a integração do país árabe na Iniciativa Cinturão e Rota, decorreu nas instalações da Comissão de Planeamento e Cooperação Internacional, em Damasco.

As partes estiveram representadas pelo presidente da comissão, Fadi al-Khalil, e pelo embaixador da China na Síria, Feng Biao, indica a agência Xinhua.

Na ocasião, al-Khalil disse que a integração do país levantino na Iniciativa revive o papel da Síria na antiga Rota da Seda e irá ajudar a dinamizar tanto a cooperação bilateral com a China como a cooperação multilateral com outros países, que desejam cooperar com a Síria.

Referindo o papel de cidades como Alepo ou Palmira, que hoje fazem parte da Síria, na antiga Rota da Seda, fez ainda questão de destacar a longa história de amizade e cooperação com a China, indica a Xinhua.

Em declarações à imprensa, Al-Khalil sublinhou o modo como a integração na Iniciativa Cinturão e Rota abre perspectivas de maior cooperação com a China e com outros países, dinamizando os intercâmbios a diversos níveis.

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Síria e China apostam no reforço da cooperação bilateral

Em encontros mantidos com as autoridades sírias, o ministro Wang Yi deixou clara a oposição do seu país à ingerência nos assuntos internos da Síria, bem como ao bloqueio e sanções que lhe são impostos.

O presidente sírio, Bashar al-Assad (D), e o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi (E), no encontro que mantiveram este sábado em Damasco   
Créditos / CGTN

O ministro dos Negócios Estrangeiros da China reuniu-se este sábado, em Damasco, com o seu homólogo sírio, Faisal Mekdad, e o chefe de Estado, Bashar al-Assad, com o intuito de consolidar as boas relações que ambos os países asiáticos mantêm há 65 anos e de as levar para uma nova fase, em todos os domínios.

No encontro mantido entre Wang e al-Assad, este último destacou «a posição importante da China na arena internacional», acrescentando que «a Síria deseja ampliar as áreas de cooperação com Pequim a todos os níveis, tendo em conta a sua forte presença e as suas políticas morais, que favorecem a maior parte dos países e povos do mundo», informa a agência SANA.

Bashar al-Assad agradeceu à China o apoio dado ao povo sírio em várias áreas, bem como os posicionamentos adoptados em fóruns internacionais em defesa da soberania, da integridade territorial e da livre decisão do país árabe.

O presidente sírio pediu ainda a Wang que transmitisse as suas mais fraternas e calorosas saudações ao presidente Xi Jinping pelo centenário da fundação do Partido Comunista da China, refere a Xinhua.

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Disse ainda que Pequim e Damasco vão intensificar as trocas comerciais, bem como aprofundar a participação de empresas chinesas na reconstrução de infra-estruturas e serviços no país árabe, contribuindo para o seu desenvolvimento económico e social.

Foi ainda avançado, segundo refere a Prensa Latina, um conjunto de propostas para ligar rotas marítimas e terrestres, de modo a facilitar as trocas com países vizinhos e criar zonas comerciais.

Por seu lado, o embaixador Feng Biao afirmou que o acordo aprofunda a cooperação bilateral e garante um maior contributo para a reconstrução económica e o desenvolvimento social da Síria.

De acordo com Feng, a Iniciativa Cinturão e Rota, a que aderiram cerca de 150 países e mais de 30 organizações, é a plataforma mais vasta de cooperação a nível mundial.

A iniciativa foi proposta pela China em 2013 com o objectivo de construir uma rede comercial, de investimento e de infra-estruturas capaz de ligar a Ásia e outras partes do mundo, através da antiga Rota da Seda e para lá disso.

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O investigador notou como isto «está em franco contraste com os EUA, que têm uma imagem de provocadores no Médio Oriente, e de não assumirem as responsabilidades que possuem».

Relações sólidas

Damasco e Pequim têm relações fortes há vários anos. Durante a guerra, a China manteve sempre essas ligações com a Síria, enquanto os países ocidentais apostavam na sua destruição.

Além de se opor ao bloqueio imposto pelo Ocidente, a China recorreu ao direito de veto no Conselho de Segurança da ONU, em 2012 e 2017, contra projectos de resolução apresentados por Washington e seus aliados contra o país árabe.

Mais recentemente, em Julho de 2021, o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, efectuou uma visita a Damasco.

No final desse ano, os presidentes dos dois países reafirmaram, em conversa telefónica, a vontade de promover a cooperação e manter o apoio mútuo nos espaços internacionais.

Em Janeiro do ano passado, Síria e China firmaram um acordo que estipula a integração do país levantino na Iniciativa Cinturão e Rota, lançada pela China em 2013.

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