A repressão das forças de segurança israelitas contra centenas de palestinianos no interior da Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, no início deste mês, insere-se num quadro de escalada da violência por parte do Governo do primeiro-ministro Netanyahu, que entregou o controlo das forças repressivas de ocupação na Margem Ocidental aos seus membros mais extremistas e fascizantes.
Destas acções repressivas do Governo israelita já resultaram cerca de uma centena de mortos, desde o início do ano.
Esta escalada da violência israelita, que não mereceu ainda nenhuma crítica por parte do Governo do PS, nem da União Europeia, para além de prosseguir uma política de negação dos direitos do povo palestiniano, parece servir também a tentativa do Governo de Israel de desviar as atenções da contestação de que é alvo por parte de centenas de milhar de israelitas, que se manifestam há meses contra uma reforma judicial, cujo objectivo é limitar os poderes dos juízes do Supremo Tribunal, transferindo-os para o Governo.
Procurando também tirar partido de os holofotes mediáticos ocidentais estarem sobretudo virados para a guerra na Ucrânia, Israel desenvolve a sua política de violência, cuja consequência poderá ser a generalização do conflito em todo o Médio Oriente.
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