Diversas cadeias de televisão norte-americanas dão como certa a divisão do Congresso norte-americano, apesar de ainda não haver resultados totais: o Partido Democrata arrebata a Câmara dos Representantes ao Partido Republicano, confirmando-se que obtém, pelo menos, os 23 assentos que lhe faltavam para tal; por seu lado, os republicanos mantêm a maioria no Senado, sendo expectável, inclusive, que a reforcem.
Nas eleições desta terça-feira, para além de elegerem os 435 membros da Câmara dos Representantes dos EUA e 35 dos cem senadores, os votantes escolhiam ainda os governadores em 36 estados, bem como centenas de cargos políticos a nível estatal e local.
Apesar de ser certo que o Partido Democrata assumiu o controlo da Câmara Baixa do Congresso dos EUA – pela primeira vez em oito anos –, o presidente norte-americano preferiu realçar no Twitter que a noite eleitoral foi um «tremendo sucesso».
Seguramente, não foi a «derrota» que alguns órgãos de comunicação e políticos democratas auguravam, tanto mais que o empenho pessoal de Trump na campanha parece ter dado frutos, com vitórias importantes para o Senado em estados como Indiana, Missouri, Dacota do Norte e Texas.
Pelos democratas, a antiga presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, também reclamou «vitória», tendo anunciado «um novo dia para a América» e sublinhado que a nova maioria vai trabalhar para reconquistar a Casa Branca, nas eleições de 2020, e para melhorar as condições de vida dos norte-americanos.
Lembrou também que, com a nova maioria na Câmara dos Representantes, os democratas vão reforçar o papel de fiscalizadores da Constituição e da administração de Donald Trump.
A grande maioria dos órgãos de comunicação sublinha, precisamente, que a actuação de Donald Trump será sujeita a escrutínios e a restrições mais intensas do que até aqui. Com o domínio da Câmara dos Representantes, os democratas vão promover a criação de comissões para investigar temas como as declarações de impostos do presidente ou as alegadas ligações da sua campanha eleitoral, em 2016, à Rússia.
A CNN sublinha a «mensagem contraditória» que os votantes norte-americanos passaram nesta jornada eleitoral intercalar.
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