Um adolescente palestiniano morreu na sexta-feira passada após ter sido atingido a tiro por soldados israelitas, durante um protesto em Qaffin, a norte de Tulkarm, no noroeste da Cisjordânia, anunciou a agência palestiniana Wafa.
Badr Nedal Nafla, de 19 anos, foi atingido no pescoço por fogo real disparado pelo exército ocupante, tendo sofrido corte de uma artéria principal. Transportado para um hospital local, morreu poucos minutos depois de aí ter dado entrada, segundo fontes do Ministério da Saúde da Autoridade Palestiniana.
Trata-se do sexto palestiniano morto pelas forças ocupantes nos últimos três dias, durante os protestos desencadeados na Cisjordânia ocupada contra o chamado «acordo do século» de Donald Trump, dado a conhecer recentemente e que os palestinianos acusam de pretender consumar uma anexação, por Israel, da maioria do território da Palestina, destruindo definitivamente o direito do seu povo à soberania e à independência.
Dois polícias palestinianos entre os mortos
Também na sexta-feira, segundo a mesma agência, milhares de pessoas reuniram-se para prestar uma última homenagem ao sargento Tareq Ahmad Badwan, de 25 anos, morto pelo exército israelita na cidade de Jenin, no dia anterior, quando se encontrava de serviço à esquadra da polícia local.
Badwan encontrava-se no interior da esquadra e, segundo o Times of Israel, «aparentemente não representava qualquer ameaça para os soldados israelitas» – como, aliás, foi documentado por uma câmara de filmar instalada no local.
O funeral reuniu familiares e amigos da vítima mas também camaradas seus das forças policiais da Palestina, que transportaram o corpo e lhe prestaram uma emocionada guarda de honra.
Foi o segundo polícia palestiniano morto em Jenin na quinta-feira. Yazan Abu Tabikh, 19, um jovem cadete da polícia palestiniana, fora abatido a tiro por forças de segurança israelitas durante os confrontos que se seguiram a uma incursão destas para arrasar, pela segunda vez, a casa da família de Ahmed Kunba, um combatente palestiniano acusado por Israel de ter participado na morte do rabi Raziel Shevach, atacado em Janeiro de 2018 quando regressava ao colonato de Havat Gilad, estabelecido ilegalmente em território palestiniano.
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