A declaração emitida no final do encontro a quatro partes, visando a reconciliação entre os governos da Síria e da Turquia, sublinha o compromisso dos participantes com a necessidade de preservar a soberania e a integridade territorial da Síria, bem como com a de prosseguir a luta contra todas as formas de terrorismo, separatismo e extremismo no país levantino.
O texto, divulgado pela agência Sana, também destaca a importância de aumentar a ajuda humanitária internacional à Síria, com o propósito de reconstruir o país e garantir um regresso digno dos refugiados à sua pátria.
De acordo com o comunicado final, os participantes deram instruções aos seus adjuntos para que preparem um roteiro para fazer avançar as relações entre Ancara e Damasco, de forma coordenada com os ministros da Defesa e os responsáveis dos serviços secretos.
Numa reunião à porta fechada, este domingo, os ministros dos Negócios Estrangeiros da Liga Árabe decidiram que a Síria volta a ocupar o assento numa organização de que é membro fundador. Reagindo à resolução 8914, ontem aprovada no Cairo e que confirma, com efeito imediato, a participação de delegações sírias em todas as organizações e reuniões do Conselho da Liga Árabe, o governo de Damasco afirmou que «acolheu a decisão com interesse». «As tendências e movimentos que estão a ter lugar actualmente beneficiam a região e todos os países árabes, e favorecem a estabilidade, segurança e bem-estar dos seus povos», afirmou o Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros num comunicado divulgado pela Sana. Lembrando que a Síria é membro fundador da Liga Árabe, o texto sublinha a «importância do diálogo e da acção conjunta para fazer frente aos actuais desafios» no mundo árabe, acrescentando que «a próxima etapa requer um enfoque árabe eficaz a nível bilateral e plural, assente no diálogo e no respeito mútuo». O canal libanês Al Mayadeen destaca a oposição dos países ocidentais a este regresso e o portal The Cradle aponta a dos Estados Unidos – assim como a de alguns países árabes que continuam a recusar a normalização das relações diplomáticas com a Síria, sobretudo o Catar. Numa declaração emitida em Amã, os ministros dos Negócios Estrangeiros de Síria, Arábia Saudita, Jordânia, Egipto e Iraque sublinharam o apoio à segurança de Damasco e à sua luta antiterrorista. Após a conclusão da cimeira que teve lugar, esta segunda-feira, na capital da Jordânia, os ministros dos cinco países árabes declararam a importância da cooperação entre as autoridades sírias, os demais países envolvidos e as Nações Unidas com vista à formulação de uma estratégia integral capaz de lidar com os desafios da segurança nas fronteiras e de combate ao terrorismo em todas as suas formas. Os cinco ministros dos Negócios Estrangeiros decidiram ainda trabalhar no sentido de pôr fim à presença de organizações terroristas e grupos armados em território sírio, neutralizando a sua capacidade de ameaça à segurança regional e internacional. Do mesmo modo, expressaram o seu apoio à Síria e às suas instituições para que assumam o controlo de todo o país e imponham o Estado de direito, lê-se na declaração, divulgada pela agência Sana. O texto destaca também a necessidade de se pôr fim à ingerência nos assuntos internos da Síria, de acordo com os princípios do direito internacional e a Carta das Nações Unidas. O regresso voluntário e seguro dos refugiados ao país foi classificado como «prioridade máxima» e, nesse sentido, a declaração final de Amã instou à tomada de medidas que permitam materializar esta realidade. Os ministros da Agricultura dos quatro países árabes vizinhos assinaram em Damasco, esta segunda-feira, um documento para a cooperação e troca comercial, visando alcançar a «integração agrícola». O texto estipula a promoção e o desenvolvimento da colaboração agropecuária, bem como a troca de conhecimentos, informação e experiências, além da gestão conjunta de áreas protegidas e parques nos quatro países, indica a agência Sana. Inclui ainda a cooperação em matéria de luta contra os incêndios, as alterações climáticas, o desenvolvimento rural e agrícola, a produção, a saúde animal e medicamentos veterinários. O ministro sírio da Agricultura, Mohammed Hassan Qatana, revelou que, em virtude do convénio firmado, serão apresentados projectos de investimento conjunto, como a construção de instalações para gado e forragem, tendo esclarecido que o objectivo final de todos estes esforços é assegurar a segurança alimentar. Na mesma conferência de imprensa, em Damasco, o titular iraquiano da pasta da Agricultura, Abbas al-Alawi, disse que este acordo é um ponto de partida para o trabalho conjunto e a cooperação no sector agrícola, no qual trabalha e do qual depende a maioria dos povos árabes. Por seu lado, o ministro jordano do sector, Khaled Hanifat, declarou que o memorando reflecte «os sinceros sentimentos fraternais entre os quatros países e ajuda a alcançar a integração para benefício dos povos». No mesmo sentido, o ministro libanês da Agricultura, Abbas Hajj Hassan, disse que o acordo «é um passo essencial para uma acção árabe pioneira conjunta, que começa a partir de Damasco», esperando que «inclua todos os países árabes num futuro próximo». O acordo ontem assinado pelos ministros da Agricultura dos quatro países vizinhos culminou a reunião por eles promovida na capital síria sob o lema «Por uma integração agroeconómica regional». Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Em simultâneo, apela ao reforço da cooperação entre instituições militares e de segurança sírias e as suas homólogas dos países vizinhos, de modo a garantir a segurança nas fronteiras e a combater o tráfico e o contrabando de drogas. Os países participantes na Cimeira de Amã decidiram ainda formar uma equipa técnica de especialistas para dar continuidade aos resultados no encontro desta segunda-feira, bem como para determinar os próximos passos a dar num contexto que pretende trazer uma solução para «a crise na Síria». De acordo com um porta-voz do Ministério jordano dos Negócios Estrangeiros, a reunião de ontem ocorreu na sequência de encontros que tiveram lugar em Abril, na Arábia Saudita, entre países do Golfo, o Iraque, o Egipto e a Jordânia, tendo como propósito aprofundar os laços com o governo de Bashar al-Assad e discutir uma «iniciativa da Jordânia para alcançar uma solução política para a crise síria», refere o portal The Cradle. Recorde-se que, durante a guerra terrorista imposta à Síria, a Arábia Saudita foi, como outros países do Golfo, um dos grandes apoiantes e financiadores dos grupos que combatiam o governo de Damasco e seus aliados. Recentemente, mudou de atitude em relação ao executivo de al-Assad e, no passado dia 18 de Abril, o ministro saudita dos Negócios Estrangeiros, Faisal bin Farhan, deslocou-se oficialmente a Damasco, tendo-se reunido com o presidente sírio. Tratou-se da primeira visita oficial saudita desde que o reino árabe cortou relações com a Síria, em 2012. Durante mais de uma década, a Arábia Saudita promoveu o isolamento político do país levantino, apostou de forma declarada na queda de Bashar al-Assad e apoiou grupos terroristas. Outros países árabes, que fizeram o mesmo, estão a regressar ao convívio com o executivo de Damasco. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. A reunião de emergência no Cairo precede a Cimeira da Liga Árabe na Arábia Saudita, a 19 de Maio, onde a Síria já poderá participar, depois de ter sido expulsa do organismo multilateral em Novembro de 2011. Por seu lado, a reunião celebrada em Amã no passado dia 1 de Maio, em que participaram os ministros dos Negócios Estrangeiros de Síria, Arábia Saudita, Jordânia, Egipto e Iraque, é encarada como um passo prévio à actual reintegração de Damasco na Liga Árabe. Numa declaração emitida no final da reunião desde domingo, afirma-se o compromisso de preservar a soberania, integridade territorial e estabilidade da Síria, bem como o de manter e intensificar os esforços árabes para ajudar o país levantino a sair da sua crise. Também se destaca a necessidade de estabelecer um diálogo directo com o governo sírio para se alcançar uma solução integral para a crise e o sofrimento do povo, que se prolonga há 12 anos. Anuncia-se ainda que Jordânia, Arábia Saudita, Iraque, Líbano, Egipto e o secretário-geral da Liga Árabe irão formar uma comissão de contacto ministerial, que terá como função dar continuidade à Declaração de Amã e manter o diálogo directo com o governo sírio. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
Síria regressa à Liga Árabe
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Reunidos em Amã, representantes de países árabes declaram apoio à Síria
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Síria, Líbano, Jordânia e Iraque assinam acordo de cooperação na área agrícola
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Mudança de posição da Arábia Saudita
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A nota, que se refere às discussões construtivas e objectivas sobre a resolução do Conselho de Segurança da ONU 2254 e às declarações oficiais do formato de Astana, alude igualmente ao «ambiente positivo e construtivo» que prevaleceu durante a troca de pontos de vista entre as partes.
Indica ainda que os ministros dos Negócios Estrangeiros da Síria, Faisal Mekdad, da Turquia, Mevlüt Çavuşoğlu, do Irão, Hossein Amir Abdollahian, e da Rússia, Sergei Lavrov, estão de acordo quanto à importância de dar continuidade aos contactos de alto nível e às negociações no formato quadripartido.
Aproximação em vários quadrantes
Este encontro e acordo prévio ocorrem cerca de uma semana depois de a Síria e vários países árabes terem decidido, em Amã, lançar um roteiro conjunto com vista à resolução do conflito na Síria e a melhorar as relações.
Num processo que culmina o restabelecimento de relações diplomáticas com vários vizinhos árabes, a Síria foi ainda reintegrada na Liga Árabe, no domingo passado, depois de 12 anos de ausência.
A Turquia cortou os laços diplomáticos com a Síria em 2012, na sequência da guerra terrorista imposta ao país árabe – também com a ajuda de Ancara – e, partir de 2016, lançou várias operações militares no Norte e Noroeste da Síria.
Iniciada esta quarta-feira, a ofensiva aérea e terrestre da Turquia no Norte da Síria provocou dezena e meia de mortos civis e grande destruição ao nível das infra-estruturas. As tropas turcas e do chamado Exército Nacional Sírio, apoiado por Ancara, retomaram esta quinta-feira a ofensiva contra o Norte da Síria, atacando várias aldeias a leste de Ras al-Ain, na província de Hasaka. Um jornalista da agência SANA revelou que, em resultado da ofensiva turca, cinco civis foram mortos e nove ficaram feridos em Ras al-Ain, e acrescentou que tropas do Exército turco começaram a remover o muro fronteiriço perto da aldeia de Tal Halaf. De acordo com a mesma fonte, há informações sobre uma incursão terrestre turca nas aldeias de al-Yabisah, al-Munbateh, al-Haweiyeh e Beir Ashiq, na região de Tal Abyad, no Norte da província de Raqqa. Ontem, primeiro dia da ofensiva, a agência SANA informou que foram mortos oito civis, entre os quais três mulheres e uma criança, e que 20 ficaram feridos, na sequência dos intensos bombardeamentos da artilharia e da aviação turcas contra localidades no Nordeste do país, na província de Hasaka. Registaram-se ainda grandes danos e destruição em barragens, e infra-estruturas de produção de electricidade e captação de água. A este respeito o diário Al-Watan revela que foi bombardeada a barragem de Mansoura, perto da cidade de Malkieh, que garante o abastecimento de água potável a cerca de dois milhões de pessoas na região Nordeste da Síria, refere a Prensa Latina. Depois de, no domingo e na segunda-feira, a Casa Branca ter deixado claro que as chamadas Forças Democráticas Sírias (FDS), maioritariamente curdas e até então apoiadas (utilizadas) por Washington, iam ficar por sua própria conta, esta quarta-feira, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, decretou o início da operação militar «Fonte de Paz» no Norte da Síria. Esta visa alegadamente atingir as Unidades de Protecção Popular (YPG) curdas, que integram as FDS e são vistas por Ancara como um prolongamento (terrorista) em território sírio do braço armado do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), igualmente considerado terrorista pela Turquia. De acordo com a RT, em resposta à ofensiva turca, as milícias curdas lançaram morteiros contra algumas cidades turcas fronteiriças e terão solicitado aos EUA a criação de uma zona de exclusão de áerea. Numa declaração emitida pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, o governo sírio condenou energicamente o «comportamento agressivo do regime de Erdogan», que «mostra claramente as suas ambições expansionistas no território da República Árabe da Síria». A diplomacia síria, que classificou esta conduta como «injustificável», reafirmou a «inviolabilidade, a soberania e a unidade do seu território», bem como «a determinação de enfrentar a agressão turca por todos os meios legítimos». Responsabilizou ainda pela actual situação algumas «organizações curdas», «devido à sua dependência do projecto norte-americano», e pediu-lhes que «deixem de ser instrumentos ao serviço da política hostil dos Estados Unidos na agressão contra a Síria». Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
Agressão turca à Síria provoca grande destruição
«Ambições expansionistas do regime de Erdogan»
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Nos últimos meses, ambos os países têm estado envolvidos num processo de normalização de relações, que arrancou em Dezembro último, também em Moscovo, com uma reunião entre os ministros da Defesa.
No final do mês passado, num encontro que contou também com a participação de representantes do Irão e da Rússia, debateu-se uma eventual retirada das tropas turcas da Síria.
Em Janeiro deste ano, o presidente sírio, Bashar al-Assad, disse que uma aproximação dependeria do fim da ocupação turca e do apoio a grupos militantes que combatem as tropas de Damasco.
Esta quarta-feira, Faisal Mekdad, afirmando que a Síria está aberta ao diálogo e que o considera a melhor forma para solucionar problemas, também deixou claro que qualquer avanço dependerá da retirada da presença militar ilegal turca de território sírio, refere a Sana.
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