Uma equipa do Crescente Vermelho Árabe Sírio (CVAS) revelou hoje, em comunicado, que deu início a uma campanha de vacinação para crianças e mulheres no campo de refugiados de Rukban, localizado junto à fronteira com a Jordânia, numa região controlada pelas forças norte-americanas em redor da base ilegal de al-Tanf.
A campanha de vacinação no campo, que coincide com a campanha a nível nacional, visa imunizar os refugiados residentes no acampamento contra doenças como o sarampo, a poliomelite, a hepatite e a tuberculose, segundo revela CVAS, citado pela agência SANA.
Milhares a viver em «condições miseráveis»
A mesma fonte refere que as vacinas se integram nos esforços realizados pelo governo de Damasco, em cooperação com o CVAS, para minorar o sofrimento dos refugiados em Rukban, que fugiram ao terrorismo e ali são mantidos como reféns, impedidos de regressar às suas casas pelas tropas dos EUA.
Além das vacinas, o governo sírio enviou 133 camiões cheios de roupa, medicamentos, alimentos e equipamento educativo para o campo de Rukban, onde, de acordo com a SANA, milhares de refugiados sírios vivem «em condições miseráveis, que podem ser consideradas uma catástrofe humanitária», e ao qual «as tropas de ocupação dos EUA, violando o direito internacional […], impedem a entrega de ajuda humanitária».
O Programa Alimentar Mundial, das Nações Unidas, denuncia que os refugiados vivem em tendas, na maior parte dos casos feitas de plástico ou materiais deteriorados, e que a sua situação é agravada pela presença das tropas norte-americanas, que impedem a chegada da ajuda humanitária do governo sírio.
Como um «campo de concentração»
Em Novembro último, o Ministério russo da Defesa denunciou que, no campo de Rukban, viviam cerca de 50 mil pessoas, 6000 das quais eram membros do grupo terrorista Maghawir al-Thawra, apoiado pelos Estados Unidos.
«A responsabilidade total da situação humanitária escandalosa em Rukban é dos EUA […], que usam os problemas humanitários dos refugiados para legitimar a sua presença militar no Sul da Síria», afirmaram os russos, citados pela PressTV.
O coronel Mikhail Mizintsev disse, então, que o campo de refugiados sírio fazia lembrar os «campos de concentração da Segunda Guerra Mundial» – algo que, na sua perspectiva, torna ainda mais «lamentável» o blackout sobre o assunto por parte da chamada comunidade internacional e dos órgãos de comunicação social.
Russos e sírios acusaram repetidamente os Estados Unidos e seus aliados de não permitirem a membros do Crescente Vermelho a entrada no campo de Rukban, além de facilitarem aos terroristas o controlo do campo, bem como a utilização dos refugiados como escudos humanos.
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