A propósito da iniciativa dos ministros da Defesa de nove países europeus – Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Estónia, França, Holanda, Portugal e Reino Unido – de assinarem uma carta de intenções sobre a criação da chamada Iniciativa Europeia de Intervenção, a Euromil – Organização Europeia de Associações Militares, pela voz do seu presidente chama a atenção para o facto de os exércitos serem constituídos por pessoas e, nesse sentido, ser necessário olhar para as suas condições de trabalho.
Emmanuel Jacob, lembra o discurso do presidente Macron na Sorbonne quando este afirmou que esta nova força de intervenção «será encarregada de enviar rapidamente tropas para cenários de crise perto das fronteiras da Europa», tendo como principal objectivo garantir que esses contigentes possam ser reunidos num curto prazo, e critica o facto de não haver «nenhuma palavra sobre o factor mais essencial para o sucesso: o pessoal militar!».
O presidente da Euromil sublinha a necessidade de decidir que as tropas participantes nessa força de intervenção ficarão nas mesmas condições, nomeadamente no plano social, criticando a eventualidade de militares que actuam na mesma força e sob o mesmo comando serem tratados de maneira diferente e considerando que «a vida de um soldado no país X não vale menos que a vida de um soldado do país Z».
Entretanto, a actividade da Euromil ganha novo impulso com a decisão do Tribunal Constitucional italiano favorável à associação de militares italianos: «O pessoal militar pode formar associações sindicais sob as condições e dentro dos limites estabelecidos por lei; não podem, contudo, aderir a outros sindicatos.»
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