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Venezuela homenageia figuras destacadas na independência de países africanos

O presidente da Venezuela condecorou esta quarta-feira dirigentes políticos e líderes da independência de vários países de África com a Ordem Francisco de Miranda, no seu grau mais alto.

O presidente da República Bolivariana da Venezuela durante a cerimónia de homenagem a várias figuras que se destacaram nas lutas de independência em África
Créditos / @jaarreaza

Numa cerimónia que decorreu por videoconferência, designada «Sonhos de Liberdade», o chefe de Estado venezuelano, Nicolás Maduro, homenageou figuras históricas do continente africano, entre eles o fundador da República da Namíbia, Samuel Daniel Shafiishuna Nujoma, e o ex-presidente de Moçambique Joaquim Chissano.

O governo bolivariano distinguiu também a vice-primeira-ministra da Namíbia, Netumbo Nandi-Ndaitwah; a titular da Defesa do Zimbabwe, Oppah Chamu Zvipange Muchinguri Kashiri; e Luzia Inglês Van-Dúnem, presidente da Organização da Mulher Angolana e general das Forças Armadas Angolanas, informa a TeleSur.

Na ocasião, Maduro destacou que a Venezuela «partilha com a Mãe África a luta pela independência para alcançar a felicidade dos nossos povos» e «quebrar as correntes do colonialismo e do vergonhoso regime do apartheid».

Ao atribuir-lhes a Ordem Francisco de Miranda, «na sua primeira classe», o presidente da Venezuela classificou os dirigentes políticos africanos como «exemplo de resistência, coragem, constância e lealdade», e fez uma breve resenha das lutas pela independência de Angola, Moçambique, Namíbia, África do Sul e Zimbabwe.

Unidade contra o imperialismo e o neocolonialismo

Além disso, destacou que os processos de libertação na África Austral evidenciaram a «importância do internacionalismo e da unidade dos revolucionários face às agressões externas».

Sublinhando que a Venezuela levanta, juntamente com a Mãe África, «as bandeiras da liberdade, da independência e da justiça», Nicolás Maduro vincou a necessidade de «unir as nossas lutas [contra] o imperialismo e o neocolonialismo do século XXI, que busca minar as bases dos nossos estados independentes e soberanos por meio de guerras convencionais e não convencionais», indica a mesma fonte.

Agradeceu ainda a solidariedade manifestada pelos povos e governos africanos para com o país sul-americano face aos sistemáticos ataques e medidas coercivas implementadas no âmbito de uma estratégia que visa forçar uma mudança de regime.

Por seu lado, o ministro venezuelano dos Negócios Estrangeiros, Jorge Arreaza, destacou que a condecoração é atribuída a dirigentes políticos e líderes independentistas africanos pelos «serviços prestados às suas pátrias e à humanidade, ao progresso, e ao mérito destacado em cada uma das suas nações, sendo luz nas batalhas que se travam no século XXI pela dignidade dos nossos povos».

A Ordem Francisco de Miranda na sua Primeira Classe é atribuída pelo governo da Venezuela a cidadãos nacionais e estrangeiros, para premiar os contributos de relevo para a ciência e o progresso, e por méritos notáveis.

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