A Câmara Municipal de Alcácer do Sal solicitou à Sonae Indústria a retirada imediata de «mais de 16 mil toneladas de madeira» de uma instalação da empresa naquela cidade alentejana, informa em comunicado a autarquia.
A instalação comporta, «um risco considerável» devido à sua elevada carga térmica, na «proximidade de áreas de pinhal denso» e de uma zona «de habitações e comércio, com os Bairros de São João e Olival Queimado a distarem menos de 200 metros do referido local, refere o comunicado.
A piorar a situação, não só não entrou nos serviços municipais da autarquia, segundo o comunicado, «qualquer pedido de licenciamento/autorização» do parque de madeiras como se verificou, no local, a inexistência de «qualquer tipo de equipamentos de intervenção de combate a incêndios».
A exigência da autarquia foi formulada na sequência de uma visita realizada às instalações, na semana passada, pelo presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, Vítor Proença.
Perigo de incêndio e paisagem em risco
Durante a mesma, informa o município, o presidente da Câmara reuniu com um responsável da Sonae, a quem expressou a sua «grande preocupação» pela presença de uma «gigantesca carga combustível» pela «praga trazida por uma das cargas feitas pela empresa, que já alastrou inclusive às árvores dos terrenos adjacentes» e que pode «modificar irremediavelmente a paisagem na entrada norte de Alcácer».
Estiveram também presentes no local o comandante dos Bombeiros Mistos de Alcácer do Sal, um engenheiro do Município da área da Protecção Civil e os proprietários de terrenos limítrofes afectados pela praga, que afecta sobretudo a casca e a copa das árvores, levando à sua morte passados poucos dias.
Devido à pressão do Município a Sonae iniciou o levantamento da madeira e entrou em contacto com os proprietários, a fim de os ressarcir relativamente aos efeitos da praga.
Previamente à diligência realizada, informa a autarquia, tinham sido encetados por Vítor Proença contactos com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDRA) e com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) com vista à resolução do problema.
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