Em reunião privada da Câmara de Lisboa, realizada hoje, os vereadores do PCP apresentaram uma moção a apelar à pronúncia da autarquia junto do Governo, da administração do Metro e da população, «no sentido de se opor ao encerramento da estação do Metropolitano de Arroios, quaisquer que sejam os moldes ou termos, e a defender a reintrodução das quatro carruagens por composição, até à realização das necessárias obras de alargamento que permitam a introdução das seis carruagens».
O documento foi chumbado pela maioria PS e a abstenção do PSD e do CDS-PP. Na opinião dos eleitos comunistas, a atitude revela «uma total desresponsabilização da gestão PS na Câmara de Lisboa em relação à defesa dos interesses de quem vive e trabalha na cidade».
Denunciam ainda que por diversas vezes levaram a situação da linha verde do Metro à reunião da Câmara, que nunca tomou uma posição para a introdução das quatro carruagens enquanto não se iniciam as obras.
Web Summit encerra estação de Arroios
Utilizando como argumento a grande afluência à linha verde do Metro de Lisboa por parte dos delegados à Web Summit, a administração do Metro de Lisboa procedeu ao encerramento da estação de Arroios no dia 7, a partir das 21h, de forma a proporcionar a estes utilizadores o transporte em seis carruagens por composição. No dia seguinte, a administração voltou a encerrar esta estação pelas 16h, e a reabertura foi adiada para o final da Web Summit.
Os eleitos do PCP esclarecem que a decisão prejudicou os utilizadores desta estação, que diariamente se vêem obrigados a circular nesta linha em composições de apenas três carruagens. «A população que vive e trabalha em Lisboa, nomeadamente a população residente nas freguesias da Penha de França e Arroios viu-se assim privada de acesso ao Metropolitano a partir desta hora», lê-se no comunicado divulgado esta tarde.
Simultaneamente indagam o porquê desta «inusitada decisão» pelo facto de, no imediato, ser possível o aumento da oferta através da introdução das quatro carruagens, conforme já proposto por diversas vezes pelos utentes daquela linha.
«Aparentemente, a informação prestada a esta Câmara de que estaria a ser avaliada a situação acabou por se traduzir no alargamento do encerramento», denunciam.
O eleito comunista Carlos Moura acrescentou, em declarações à Agência Lusa, que o número de pessoas que utilizou a linha verde do Metro para o evento internacional não justificou o encerramento.
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