As Comissões de Utentes de Transportes de Almada, Montijo e Seixal, enviaram uma carta a António Costa perguntando o que pensa o Governo fazer quanto ao transporte fluvial, uma vez que, segundo informação divulgada esta terça-feira, a Transtejo anulou o concurso para compra de barcos movidos a gás natural, que tinha sido anunciado em Fevereiro.
A abertura de novo concurso, agora para navios com propulsão eléctrica, está prevista para o início do próximo ano, mas os utentes alertam num comunicado que tal implicará um atraso de 12 meses na chegada dos primeiros barcos, «agora apontada para 2022».
Os utentes querem saber ainda o que fez o Governo para dotar a Transtejo e a Soflusa de meios para garantir que o serviço público não volta a ser interrompido, nomeadamente quantos trabalhadores foram contratados e que verba foi destinada ao sector da manutenção, tendo em conta que a grande maioria da frota das duas empresas é composta por navios com mais de 20 anos de serviço.
«Estas questões são colocadas num momento em que os dados mais recentes indicam que o volume de passageiros no transporte fluvial subiu, levando os utentes a recear que as interrupções do serviço possam ter graves impactos na vida de todos aqueles que necessitam diariamente de atravessar o rio Tejo», lê-se na nota.
Outra questão a preocupar a Comissão de Utentes do Cais do Seixalinho (Montijo), a Comissão de Utentes de Transportes do Seixal, a Comissão de Utentes de Transportes da Margem Sul (Almada) e o Movimento de Utentes de Serviços Públicos (MUSP) prende-se com as coberturas com amianto nos cais de embarque de Cacilhas, Barreiro, Trafaria e Porto Brandão, exigindo a sua rápida substituição.
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