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«CTT decidiram que os seus lucros estão acima dos direitos das populações»

Tendo em conta a «nova vaga de encerramento de estações dos CTT no Alentejo», o PCP acusa o Governo de «passividade» e de nada fazer para a travar, nomeadamente no caso de Viana do Alentejo.

Os comunistas exigem ao Governo que assuma as suas responsabilidades e trave o caminho de degradação do serviço postal
Créditos / União dos Sindicatos de Évora (CGTP-IN)

Numa nota de imprensa, os comunistas afirmam que a administração dos CTT decidiu encerrar a estação de Viana do Alentejo «fazendo cálculos exclusivamente quanto aos lucros da sua actividade» – seguindo uma lógica que, denunciam, coloca «os lucros acima dos direitos das populações».

A nota destaca a «passividade do Governo PS» face ao «anúncio de uma nova vaga de encerramento de estações dos CTT no Alentejo», que abrange os municípios de Viana do Alentejo, no distrito de Évora, e os de Alvito e Cuba, no distrito de Beja, deixando «as populações dos três concelhos limítrofes» sem serviço postal e sem alternativa.

Esta realidade decorre da privatização dos CTT, de acordo com o memorando da troika, assinado e colocado em prática pelo PS, o PSD e o CDS-PP, «e continua a revelar-se como já se adivinhava: trágica para o país, que perdeu o serviço púbico postal, e trágica para as populações – em particular do Interior –, que ficaram entregues à sua própria sorte perante uma empresa privada que atende apenas aos seus lucros, sem preocupação com as consequências das decisões que toma», frisa o PCP.

Não é admissível que o Governo proclame a defesa do desenvolvimento do Interior e do mundo rural, «e depois assista impávido e sereno à destruição do serviço postal», criticam os comunistas, que questionaram o Governo na Assembleia da República sobre o processo de encerramento da estação em Viana do Alentejo.

Neste sentido, exigem ao Governo que «trave este processo, inverta o caminho de encerramento de estações dos CTT e a diminuição do serviço prestado às populações», assegurando o investimento no serviço público postal «como alavanca de desenvolvimento, designadamente retomando o controlo público dos CTT».

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