Num comunicado, a Comissão para a Defesa da Linha do Oeste, que liga a estação de Agualva-Cacém, na Linha de Sintra, à estação de Figueira da Foz, no distrito de Coimbra, alerta para a «constante supressão de comboios», motivada pela «falta de composições que garantam todos os horários ao longo de cada dia». Em resultado, os utentes são obrigados a «ficar em terra» ou a fazer as suas deslocações em autocarros alugados pela CP.
«Só no passado dia 8, a CP suprimiu oito serviços e no dia 9, nove serviços, em 21 que se deveriam realizar em cada um destes dias, situação que com maior ou menor intensidade se vem repetindo desde há um ano a esta parte, porque nem o Governo, nem a empresa, tomaram atempadamente as necessárias medidas para a renovação da frota de composições a diesel, quando era visível a degradação do material a circular, com constantes avarias», lê-se no comunicado.
Os utentes explicam que as supressões se devem ao facto de estarem actualmente disponíveis quatro composições em vez de seis – número que representa o «mínimo necessário para garantir todos os horários diários».
A Comissão para a Defesa da Linha do Oeste reivindica que o Governo faça as diligências necessárias para que «a CP promova com urgência a compra do material circulante que renove a qualidade do serviço prestado presentemente», e que a Infraestruturas de Portugal «acelere a concretização do projecto de modernização da Linha».
Acrescenta que a situação «contribui para a degradação da Linha, fere os mais elementares direitos ao transporte colectivo e põe em causa o futuro deste troço ferroviário, cuja modernização tarda em se iniciar».
Em Março do ano passado, os utentes alertaram o Conselho de Administração da CP para a necessidade de se tomarem «medidas urgentes para a normalização da situação, com o reforço imediato do número de composições e a adopção de medidas para a compra de novos comboios para esta linha ferroviária».
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