Entrevistado pelo AbrilAbril a propósito da efeméride assinalada esta sexta-feira, o presidente da Câmara Municipal de Mora realça que, falar do Fluviário de Mora é falar de «uma obra importantíssima do poder local».
E explica porquê. «Quando falamos de poder local, vemos que a maior parte dos municípios ainda tem hoje preocupações por exemplo com infra-estruturas, estradas e saneamento. No concelho de Mora esse período já foi ultrapassado há algum tempo, fruto de mais 40 anos de poder local democrático e com uma governação que ao longo destes anos conseguiu responder às necessidades mais prementes das populações em cada momento».
Com o fluviário, acrescenta o edil, «foi dado o primeiro passo para que a autarquia pudesse ter uma influência na economia do concelho». Desde 2007 que a média anual de visitas ronda as 70 mil pessoas.
Luís Simão realça, entretanto, que, desde a criação do Museu do Megalitismo – outra obra emblemática da autarquia, em actividade desde Setembro de 2016 –, o público, além de se dividir entre estes equipamentos, passou a permanecer mais tempo no concelho e dinamizando, por exemplo, a hotelaria.
«Não tenho conhecimento de um posto de trabalho criado a nível do turismo que tenha sido extinto. Pelo contrário. Os hotéis que surgem estão cada vez mais ligados à iniciativa cultural que o fluviário oferece», sublinha.
De mão dada com o impulso à economia local, Luís Simão afirma que o Fluviário de Mora «trouxe notoriedade ao concelho», realçando que, das 800 mil pessoas que já visitaram o fluviário, 70% são da Área Metropolitana de Lisboa.
Também fruto dessa notoriedade, reconhece, «houve empresários que criaram cerca de 50 postos de trabalho no concelho». Só o fluviário criou 20 postos de trabalho directos.
650 espécies
Situado junto ao Parque Ecológico do Gameiro, na Vila de Cabeção, o Fluviário de Mora tem como objectivo apresentar as várias espécies existentes nos nossos rios, desde a nascente até à foz.
«Porque as espécies animais e vegetais que vivem em determinados pontos do rio não são as mesmas, a que está na nascente não é exactamente a que está na foz», esclarece Luís Simão.
Além destas, o fluviário dá a conhecer também espécies exóticas e outras em vias de extinção, como o saramugo e a boga de Lisboa. Noutro tanque, instalado já depois do nascimento do fluviário, é possível ver espécies de grandes dimensões como as carpas, com 12 quilos, e um esturjão com mais de um metro de comprimento.
No total, o Fluviário de Mora reúne cerca de 650 espécies.
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