A CUTMS tem em curso iniciativas de contacto com os utentes do serviço de transporte fluvial no Tejo, suportadas pela distribuição de um documento, onde critica «horários desfasados» das necessidades dos passageiros, principalmente à hora de ponta, «e que mesmo assim não são cumpridos». As «constantes supressões», em Cacilhas e no Seixal, o encerramento do transporte de viaturas na Trafaria e o «caos à hora de ponta» são outras das denúncias vertidas no documento a que o AbrilAbril teve acesso, onde se apontam «sucessivas promessas feitas aos utentes e nunca concretizadas». Mas onde se elencam também reivindicações, como o reforço de pessoal e o aumento da frequência das travessias, a par da ligação Trafaria/Algés e da criação de ligações entre as localidades da Margem Sul, e de uma «gestão clara e participada» da Transtejo/Soflusa.
A requalificação do Cais de Embarque de Cacilhas e os barcos comprados sem baterias, «e agora sem pontos de carregamento», o que parece estar a ameaçar o recebimento de novos barcos, são alguns exemplos do que está por fazer e que condiciona a vida de quem recorre diariamente ao barco para ir trabalhar ou estudar. «Que mal fizemos para ter um serviço destes?», aponta a comissão de utentes num comunicado.
«Na Trafaria, os horários são tão desfasados que os utentes preferem ir de carro pela Ponte do que arriscar perderem um barco por dois minutos e terem de esperar uma a duas horas até ao próximo», refere a CUTMS. No Porto Brandão, acrescenta, «o governo e a Câmara Municipal [de Almada], enchem os discursos com a importância do turismo, mas votam a ligação fluvial ao abandono».
Os utentes criticam o anúncio do Governo, de construção de um túnel entre Algés e a Trafaria, quando «nem o serviço de transporte fluvial conseguem pôr a funcionar», e perguntam: «A quem estiveram a responder os governantes do PS e do PSD/CDS?»
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