Após a realização de uma reunião, na passada quinta-feira, os estudantes da FDUC concluíram que a instituição se confronta com diversos problemas, «como a falta de condições das salas para acolher os alunos em exames presenciais e a falta de professores e funcionários para correcção atempada dos exames», explicam em nota enviada à imprensa.
Para a resolução destes problemas, decidiram realizar uma «petição por melhores condições na FDUC» e enviar um email ao Ministério do Ensino Superior, à reitoria da Universidade de Coimbra (UC), ao Conselho Geral da UC e à direcção da FDUC.
Ghyovana Carvalho, uma das estudantes envolvidas no processo de luta, revelou ao AbrilAbril que a petição tem tido «muita adesão» e o envolvimento de muitos estudantes, para quem os problemas identificados «são transversais».
A estudante de Direito diz que é grande o descontentamento com os «horários dos exames», que criam muitas dificuldades aos estudantes que têm de se deslocar e aos estudantes que realizam os seus exames a partir do estrangeiro, afectando particularmente estudantes brasileiros, que terão de realizar os exames de madrugada.
Segundo a aluna, a fixação de apenas uma hora entre exames pode não garantir tempo suficiente para uma «desinfecção adequada» das salas. Além disso, todos os estudantes têm de se deslocar às instalações da Faculdade de Letras, e «esperar ao frio e à chuva, para a medição de temperatura», o que cria concentrações de pessoas e atrasos para os exames.
No texto da petição, os estudantes exigem «uma época de exames onde estejam asseguradas as condições de segurança sanitária, equidade, organização, imparcialidade, justeza de avaliações e métodos avaliativos alcançáveis a todos os alunos da FDUC».
Por um lado, para a realização dos exames presenciais, a FDUC tem de considerar «os poucos lugares distribuídos por turno pelas salas da faculdade, salas estas sem condições» e que carecem de obras imediatas.
Por outro, no que respeita aos exames online, os estudantes alertam que é «um método de avaliação eminentemente injusto», porque «não tem em conta diferenças de cariz socioeconómico que se reflectem na capacidade dos estudantes de aceder à internet ou a computadores».
Assim, a exigência é a de que «os exames se realizem com condições de higiene e segurança e sem prejuízo financeiro de nenhum estudante», estando agendada a entrega da petição para o próximo dia 17 de Dezembro, com uma concentração na porta-férrea da FDUC.
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