A falta de bilhetes «Lisboa Viva» provoca consequências em todas as empresas do sistema intermodal na Área Metropolitana de Lisboa (AML), uma vez que bilhetes como o «zapping», o bilhete de dia e os pré-comprados passam a estar inacessíveis para os utentes.
Esta crise tem levado ao encerramento sucessivo de máquinas de venda e agudiza-se em meios de transporte que dependem destes bilhetes para a abertura de portas, particularmente no Metropolitano, Transtejo e Soflusa.
Considerada pelos utentes como «inaceitável», a situação não é nova. Recorde-se que também no final do ano passado os bilhetes esgotaram por atraso do fornecedor. A circunstância põe a descoberto a política económica prosseguida nos últimos anos, e em diversos sectores de actividade públicos, assente na dependência externa.
«Lisboa Viva» é um bilhete que incorpora um chip e a utilização de tecnologia patenteada. Depois do Estado português encerrar a Fergráfica, em 2011, empresa do grupo da CP – Comboios de Portugal criada com o objectivo de assegurar a produção de bilhetes, atribui-se a uma empresa francesa (que não está a cumprir) a emissão dos bilhetes. No campo do software, e apesar da capacidade instalada no País na área das novas tecnologias, o fornecedor é espanhol.
Este bilhete tem um custo de 50 cêntimos e é uma das fontes de financiamento da OTLIS - Agrupamento Complementar de Empresas públicas e privadas que, tal como as administrações da CP, Metro de Lisboa, Carris e Transtejo, não tomou medidas para impedir nova ruptura.
Os utentes denunciam a situação e acrescentam que este é só mais um exemplo da degradação imposta pelo anterior governo aos transportes públicos.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui