A comissão de utentes endereçou um email aos grupos parlamentares na Assembleia da República, esta quarta-feira. Na missiva, recordam-se os avanços e recuos desde que, «em 2009, o Estado assinou um acordo com a Câmara Municipal do Seixal para a construção do Hospital neste concelho».
As expectativas ganharam forma com a introdução no OE2017 de uma verba de 10 milhões de euros para o lançamento do concurso público referente ao projecto de arquitectura e especialidades técnicas, para a construção desta unidade.
«Em 10 de fevereiro de 2017, o Governo comprometia-se com a abertura do referido concurso público no 1º semestre de 2017» e, lê-se no texto, no passado mês de Maio, o «secretário de Estado da Saúde afirmou publicamente que o Hospital do Seixal estaria ao serviço da população até ao final de 2019».
Os compromissos não foram, entretanto, assumidos pelo Executivo e os utentes denunciam que «a verba de 10 milhões de euros orçamentada para o projecto de arquitectura e especialidades técnicas do Hospital do Seixal se encontra cativa no Ministério das Finanças».
Não bastasse, na proposta do OE2018 também não se inclui essa verba, o que leva os utentes a concluir que «o Governo não pretende iniciar a execução da obra em 2018, comprometendo as promessas feitas à população».
Perante este «defraudar de expectativas», a comissão promete intensificar a luta e apela aos grupos parlamentares para que esclareçam a situação junto do Governo e exijam que «a verba para o lançamento do concurso público de construção do Hospital do Seixal seja efectivamente contemplada no Orçamento do Estado para 2018, ainda em discussão.»
Uma reivindicação cada vez mais justificada
A necessidade de construir o Hospital do Seixal já tem perto de 20 anos. O Garcia de Orta, em Almada, é o hospital que serve a região, designadamente os concelhos de Sesimbra, Seixal e Almada. Os utentes denunciam que são cerca de 450 mil pessoas abrangidas, embora a unidade esteja preparada para apenas 150 mil.
Deste sub-dimensionamento, admitem, resultam elevados tempos de espera no serviço de urgência, bem como um número insuficiente número de camas para internamento e «escandalosos» tempos de espera para consultas de especialidade e exames complementares de diagnóstico.
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