O Litoral Alentejano é das zonas do país com maior número de utentes sem médico de família atribuído. Dos cem mil utentes da região, cerca de 30 mil não terão médico de família.
A situação vem-se arrastando no tempo e gerou, na última quinta-feira, a constituição de uma Plataforma em defesa do Serviço Nacional de Saúde, com o papel de coordenar as comissões de utentes que já existiam.
O facto de haver especialidades no Hospital do Litoral Alentejano com apenas um médico, como são o caso da cardiologia, gastroenterologia e ginecologia, gera elevados tempos de espera para cirurgias e consultas. Só para oftalmologia existem mais de três mil utentes em lista de espera. Simultaneamente, a plataforma denuncia que as utentes grávidas do concelho de Alcácer do Sal têm que fazer mais de cem quilómetros para realizar o exame de cardiotocografia (CTG).
Estima-se que sejam necessários mais de 180 profissionais na Unidade Local de Saúde para responder adequadamente às necessidades da população. Neste valor estão considerados 15 médicos de família e 15 enfermeiros para os cuidados de saúde primários; cerca de 80 médicos e entre 70 e 80 enfermeiros para o Hospital do Litoral Alentejano. Perante a falta de profissionais, a receita aplicada até agora passa pela contratação de profissionais através de empresas de trabalho temporário.
A plataforma alerta ainda para a necessidade de se ampliar o serviço de urgência, de modo a possibilitar a criação de mais gabinetes para médicos, tanto para urgência geral como para pediatria.
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