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Medina cede aos protestos e deixa cair projecto comercial para o Martim Moniz

O projecto de lojas em contentores, para o Martim Moniz, foi contestado desde a sua apresentação em Novembro do ano passado. Medina anunciou que lançará um novo concurso de ideias, dando razão aos protestos.

Obras na Praça Martim Moniz
Créditos / CDU Lisboa

A Câmara de Lisboa decidiu não avançar com o projecto de requalificação da Praça do Martim Moniz que tinha apresentado em Novembro de 2018 e que, desde essa altura, mereceu muita contestação por parte de associações e moradores.

Logo em Janeiro, os eleitos do PCP na Câmara Municipal de Lisboa apresentaram uma moção com o intuito da suspensão imediata das obras de requalificação em curso.

A moção dos comunistas, intitulada Em defesa da Praça Martim Moniz, exigia que fosse iniciado um «processo de participação pública», que visasse «a definição de um programa preliminar para a Praça do Martim Moniz de acordo com as necessidades de moradores, entidades, colectivos e comunidades locais».

Agora, o anúncio foi feito pelo presidente da autarquia, Fernando Medina (PS), na reunião pública de câmara desta quinta-feira. O autarca adiantou que vai ser lançado um novo concurso de ideias para a renovação do espaço e que esta decisão já tinha sido comunicada ao concessionário - a empresa Moonbrigade Lda - que aceitou a decisão.

Fernando Medina admitiu que este recuo teve em conta os alertas de algumas associações de moradores sobre a pressão, principalmente devido ao turismo, que existe na Baixa de Lisboa.

No início de Fevereiro deste ano, algumas dezenas de pessoas integraram um cordão humano na praça em defesa da construção de um jardim - o que deu origem ao Movimento Jardim Martim Moniz - de forma a transformar aquela área «numa zona verde de referência» na cidade.

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