|Câmara Municipal do Seixal

Município do Seixal rejeita a redução dos fundos europeus

O Acordo de Parceria – Portugal 2030, que prevê a aplicação das verbas europeias no futuro quadro comunitário de apoio, representa uma perda de 436 milhões de euros para a região de Lisboa.

À saída da reunião com a ministra da Saúde, Joaquim Santos disse esperar que desta vez o Hospital do Seixal seja efectivamente uma realidade
Joaquim Santos, presidente da Câmara Municipal do Seixal Créditos / CM Seixal

O Plano Operacional Regional de Lisboa, em que o município do Seixal se insere, «apresenta uma dotação muitíssimo reduzida, sendo essa verba de apenas 3,91% da verba total disponível, o que é manifestamente insuficiente» para um concelho que apresenta valores de desenvolvimento económico e social idênticos aos registados nos municípios de «regiões menos desenvolvidas», refere em comunicado Joaquim Santos, presidente da Câmara Municipal do Seixal (CMS).

«O que se verifica é que todas as regiões do país, à excepção da Área Metropolitana de Lisboa, têm mais oportunidades de financiamento, quer em termos de verbas, quer no que respeita a programas e a taxas de financiamento», inviabilizando o desenvolvimento de projectos estruturais para o concelho e a região.

|

Governo volta a falhar prazos para a construção do Hospital do Seixal

A denúncia é da Câmara Municipal do Seixal, que esta quarta-feira aprovou uma tomada de posição a recordar que as reivindicações pela construção do hospital têm 20 anos.

A comissão de utentes de saúde do Seixal, acompanhada do presidente do município, alertou uma vez mais para as consequências dos sucessivos adiamentos na construção de um hospital no Seixal
CréditosTiago Petinga / Agência Lusa

A tomada de posição pelo direito dos munícipes a melhores condições de saúde, aprovada ontem, deve-se ao facto de o Governo ter falhado prazos no concurso de construção do Hospital no Seixal.

Citado numa nota da autarquia, o presidente Joaquim Santos lamenta que, «apesar de todos os estudos que provaram e fundamentaram a necessidade de construção do Hospital no Seixal», e do acordo estratégico assinado em 2009 com o Ministério da Saúde para a construção do Hospital, este ainda não seja uma realidade.

O autarca lembra que através do abaixo-assinado, com mais de oito mil assinaturas, foi possível ver aprovada (Dezembro de 2015) uma resolução da Assembleia da República no sentido da construção urgente deste equipamento, e que no Orçamento do Estado para 2017 foi inscrita uma verba de dez milhões de euros para relançar o projecto e o concurso, tendo sido inclusivamente noticiado o seu arranque em Julho de 2017.

Critica, porém, que só em Junho de 2018, com a assinatura de uma nova adenda ao acordo inicial, onde a Câmara Municipal do Seixal assumiu ainda maior responsabilidade na construção do Hospital, «foi possível lançar novo concurso».


«No entanto, o júri foi obrigado a prorrogar o prazo de manutenção das propostas a concurso por mais 60 dias úteis porque uma das entidades intervenientes, a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), não concluiu em tempo útil a análise das propostas no domínio da arquitectura», lê-se na nota.

Em teoria, e «na melhor das hipóteses», a conclusão da análise das propostas a concurso estará concluída no próximo dia 30 de Abril. Joaquim Santos fala de «desrespeito para com a população do concelho do Seixal» e exorta o Governo a tratar esta matéria de forma «urgente e prioritária», «dando particular atenção ao cumprimento dos prazos por parte das entidades da Administração Central no âmbito do concurso público a decorrer» para que o mesmo seja «o mais célere possível».

O documento aprovado esta quarta-feira refere ainda que têm 20 anos as reivindicações da população e dos autarcas da região de Setúbal pela construção de um hospital que servisse os munícipes do Seixal, Sesimbra e Almada. Já nessa altura, insiste Joaquim Santos, o Hospital Garcia de Orta (infra-estrutura que dá resposta a estes munícipes) servia «um número muito superior de utentes para o qual tinha sido construído». «Actualmente, este equipamento encontra-se em ruptura, sem capacidade de resposta», conclui.

Tipo de Artigo: 
Notícia
Imagem Principal: 
Mostrar / Esconder Lead: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Imagem: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Vídeo: 
Esconder
Mostrar / Esconder Estado do Artigo: 
Mostrar
Mostrar/ Esconder Autor: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Publicação: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Actualização: 
Esconder
Estilo de Artigo: 
Normal

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui

O município lamenta que se venha a perder «mais uma oportunidade para desenvolver os territórios com maiores necessidades, favorecendo-se outros cujos indicadores financeiros, económicos e sociais já estão acima da média europeia». Investimentos estratégicos para a região como o novo aeroporto de Lisboa (no Campo de Tiro de Alcochete) ou a terceira travessia rodoferroviária sobre o Tejo, Chelas-Barreiro, acabam por sofrer um novo revés.

No conjunto de áreas para as quais os fundos europeus seriam fundamentais, resolvendo óbvias lacunas que existem no concelho e na região, a CMS identifica: «o reforço do Serviço Nacional de Saúde (com a construção do Hospital do Seixal, entre outros); a implementação de novas soluções de habitação social; um maior investimento ao nível da inovação, como a construção dos Parques de Actividades Económicas da área da Siderurgia Nacional (Projeto do Arco Ribeirinho Sul/Plataforma Logística Lisboa Sul), de Amora (Silkroad Lisboa) e do Espaço Expositivo Multiusos; a requalificação do parque escolar dos 2.º e 3.º ciclos e do ensino secundário».

Dada a situação, a Câmara Municipal do Seixal propõe «reforçar as verbas destinadas à Área Metropolitana de Lisboa, em linha com as necessidades verificadas, reforçando a taxa de financiamento e discriminando positivamente os concelhos com maiores assimetrias em relação à média europeia (garantindo a verdadeira equidade na distribuição dos fundos comunitários) e permitindo, desta forma, uma convergência positiva de todos os territórios integrantes da região de Lisboa».

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui