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Embaixador da Palestina recebido na Câmara Municipal do Seixal

«É intenção da Câmara Municipal do Seixal (CMS) continuar a desenvolver e a criar pontes do ponto de vista da cooperação cultural e política com a Palestina», anunciou a autarquia.

Joaquim Santos e Paulo Silva, presidente e vice-presidente da Câmara Municipal do Seixal, respectivamente, receberam, no dia 16 de Novembro de 2022, o embaixador da Palestina em Portugal, Nabil Abuznaid. 
Créditos / Câmara Municipal do Seixal

«A situação geo-política na Palestina agudizou-se», não só em consequência da pandemia Covid-19 mas também em função dos «impactos da guerra no leste da Europa», que se reflecte na parca vontade da União Europeia em contribuir para uma «solução de paz duradoura no médio oriente», afirma, em comunicado, a Câmara Municipal do Seixal (CMS).

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ONU reconhece a soberania palestiniana sobre os seus recursos naturais

As Nações Unidas aprovaram por esmagadora maioria uma resolução que afirma a soberania da Palestina sobre os seus recursos naturais. Apenas sete países se posicionaram contra.

 O apartheid israelita plasmado no muro (Margem Ocidental ocupada)
Créditos / english.palinfo.com

A Assembleia Geral das Nações Unidas adoptou, na quinta-feira passada, a resolução intitulada «Soberania Permanente do Povo Palestiniano nos Territórios Palestinianos Ocupados, Incluindo Jerusalém Oriental, e da População Árabe no Golã Sírio Ocupado sobre os seus Recursos Naturais».

Este reconhecimento ocorreu por esmagadora maioria, com 157 votos a favor, sete votos contra (Canadá, Estados Federados da Micronésia, Estados Unidos da América, Ilhas Marshall, Israel, Nauru e Palau) e 14 abstenções.

Quadro com a votação na Assembleia Geral da ONU sobre a soberania da Palestina sobre os seus reursos naturais / MPPM

O texto aprovado exige «que Israel, a potência ocupante, cesse a exploração, os danos, a causa da perda ou do esgotamento, e a ameaça de extinção dos recursos naturais nos Territórios Palestinianos Ocupados, incluindo Jerusalém Oriental, e no Golã sírio ocupado», noticiou a agência WAFA e o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM), este sábado.

A resolução insta ainda o ocupante israelita a cessar o despejo de todo o tipo de resíduos, incluindo os dos colonos extremistas, nos Territórios Palestinianos Ocupados e nos Montes Golã sírios ocupados, «que ameaçam gravemente os seus recursos hídricos e terrestres, representando uma ameaça ambiental, de saneamento e sanitária para as populações».

«Obrigar a ocupação a implementar as resoluções internacionais»

Comentando a decisão, Riyad al-Maliki, ministro palestiniano dos Negócios Estrangeiros, afirmou que «votar a favor desta resolução afirma os direitos do povo palestiniano e a sua soberania sobre os seus recursos naturais, incluindo a terra, a água e os recursos energéticos».

Al-Maliki instou Israel a «deixar de explorar os recursos naturais dos territórios palestinianos ocupados» e pediu à comunidade internacional que «trabalhe para obrigar a ocupação a implementar as resoluções internacionais e para garantir que o povo palestiniano tem a liberdade de beneficiar dos seus recursos naturais», indicam as fontes.

Por seu lado, o Observador Permanente da Palestina junto das Nações Unidas, Riyad Mansour, congratulou-se com a aprovação da resolução e disse que tal confirma uma vez mais o claro compromisso da comunidade internacional com os direitos dos palestinianos e do povo árabe nos Montes Golã sírios.

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Em visita ao concelho da margem sul, na passada sexta-feira, Nabil Abuznaid, embaixador da Palestina em Portugal, foi receptor das mensagens de solidariedade da CMS, que «abraça», nas suas diversas vertentes, a causa da Palestina. Um dos objectivos desta e de outras iniciativas é dirigir um apelo, ao Governo português, para que reconheça oficialmente o Estado palestiniano.

«É intenção da Câmara Municipal do Seixal continuar a desenvolver e a criar pontes do ponto de vista da cooperação cultural e política com a Palestina, concretamente através de ações no Dia Internacional de Solidariedade com a Palestina, 29 de Novembro, data instituída pelas Nações Unidas».

A CMS não abdica, e reafirma, a defesa da «paz na Palestina, o seu reconhecimento enquanto estado e o seu direito à autodeterminação».

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