|Península de Setúbal

Associção de Municípios da Região de Setúbal pede reunião à Mota-Engil

Municípios de Setúbal querem respostas para os trabalhadores da Amarsul

As autarquias pediram uma reunião de urgência com a Mota-Engil, vencedora da privatização da EGF, a maior accionista da Amarsul. Em comunicado, lembram que se bateram pelo investimento dos lucros da empresa e pedem soluções para os trabalhadores.

A maior accionista da EGF é a Mota-Engil
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A Associação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS), em comunicado divulgado pela Agência Lusa, tornou público o pedido de reunião, «com carácter de urgência», endereçado à empresa que comanda a Amarsul, onde está agendada uma greve de dois dias na próxima semana (quarta, dia 14, e quinta-feira, dia 16).

Os municípios da região de Setúbal lembram que são, simultaneamente, accionistas da Amarsul (com 49% do capital, no seu conjunto) e os que «suportam a quase totalidade da actividade da empresa». Aquando da discussão sobre a aplicação dos lucros da empresa em 2016, os municípios opuseram-se à distribuição de dividendos imposta pela Mota-Engil, por considerarem que deviam ser aplicados no investimento na empresa – nomeadamente pela valorização dos seus trabalhadores.

Entre as principais reivindicações para a greve da próxima semana estão o aumento de salários, que a administração vem recusando, e o cumprimento do acordo de empresa, que vem sendo violado pela Mota-Engil. Os trabalhadores exigem ainda a reversão do processo de privatização e opõem-se à política de distribuição de lucros, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul (SITE-Sul).

O grupo a quem o governo do PSD e do CDS-PP entregou a EGF, embolsou mais de 6 milhões de euros de lucros da Amarsul, sob a forma de dividendos. Uma parte desse valor resultou de lucros acumulados no período anterior à privatização – quando a empresa ainda era pública.

A AMRS, de que fazem parte os nove municípios que são accionistas da Amarsul e onde a empresa opera (Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra e Setúbal) e as autarquias de Alcácer do Sal e Santiago do Cacém, pretendem contribuir para «encontrar soluções» para os trabalhadores e assim evitar «transtornos às populações».

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