Fundada em 1855, o percurso da Academia Recreio Artístico (ARA) está umbilicalmente ligado à transformação da cidade de Lisboa. Fundadora da Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto deu um contributo ao desenvolvimento do movimento associativo popular. Há, no entanto, um problema: a especulação imobiliária terraplana a história a bem dos seus interesses e o senhorio não quer renovar o contrato.
Apesar do monstro com milhões de tentáculos conhecido por«especulação», os «amigos da ARA» – como são apelidados os sócios e simpatizantes da associação – não se ficaram e estão prontos para o combate. Para dar corpo à luta, sob o mote «Não se despeja a Liberdade», foi lançada uma petição pública para evitar o processo de despejo que está em marcha.
«É na Academia (ARA) que jogamos futebol, é na academia que marchamos na marcha da baixa, é na academia que aprendemos xadrez, é na academia que vemos cinema, é na academia que cantamos no festival da canção da ARA, é na academia que desenhamos, é na academia que fazemos teatro, é na academia que fazemos capoeira, é na academia que dançamos tango, é na academia que experimentamos, é na academia que conversamos e sonhamos. Concluindo, é na academia que construímos comunidade!», pode ler-se no texto da Petição Pública.
Após salientar a importância que a ARA carrega, a Petição Pública exige que a Câmara Municipal de Lisboa não permita o encerramento de mais uma colectividade da cidade e encontre uma solução para o seu, que «é o que é por ser também exactamente onde é».
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