Desde o passado dia 1 de Dezembro que a Área Metropolitana do Porto tem uma nova rede de transportes públicos rodoviários, a Unir. O objectivo era garantir um serviço de transporte público uniformizado, com mais ligações e mais horários, mas aquilo que poderia ser uma oportunidade para reforçar o serviço prestado aos utentes do distrito, «lamentavelmente constitui-se como motivo de decepção e de revolta», revela o Movimento de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) num comunicado. A estrutura salienta que, sendo expectável alguma instabilidade no início de uma nova operação desta natureza, «não é possível esconder o desastre que ocorreu e o caos que se instalou», graças a horários incumpridos, desconhecimento das rotas das carreiras, falta de informação e incapacidade de dar informações.
«Depois de tantos meses de preparação e após o início da operação», acrescenta o MUSP, «não é aceitável que os responsáveis por esta alteração não tenham tomado medidas para conhecer o terreno, os circuitos, a operação de forma detalhada e articulada e preparar uma resposta capaz para os milhares de utentes do distrito», que desde o início da Unir não conseguem chegar a tempo aos seus compromissos, encontrando-se «sem alternativa de transporte de segura e de confiança».
O MUSP denuncia a «operância» das câmaras municipais envolvidas, bem como da Área Metropolitana do Porto (AMP) e dos seus responsáveis políticos, que «tendo todas as ferramentas para garantir um serviço de qualidade, optaram por se desresponsabilizar do seu papel neste processo», e apela a que sejam tomadas medidas urgentes para responder aos problemas instalados, designadamente «na reposição das linhas retiradas dos horários suprimidos».
Desde a implementação do Programa de Redução Tarifária (PART), pelo qual os utentes se bateram durante décadas, que se registou um incremento na procura dos transportes colectivos, exigindo a melhoria dos serviços prestados. Neste sentido, para o MUSP «não é aceitável o retrocesso claro que está implementando com a Unir», frisando que são necessárias «acções concretas e medidas imediatas» de modo a cumprir «as prometidas melhorias para os utentes». Por outro lado, vinca, «não chegam as promessas de que tudo se resolverá com o tempo e de que todos erram».
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